01/11/2019 às 13h35min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h39min

Estreia do Cinema - 01/11/2019

Exterminador do Futuro 6 coloca as mulheres no topo da resistência   O dono da franquia James Cameron, insatisfeito com a embaralhada cronologia dos diretores que o sucederam, resolveu começar tudo do zero ou pelo menos a partir do seu “Julgamento Final” em 1991, mas homenageou as boas sacadas dos colegas, a fim de cativar a nova geração, a exemplo do reboot disfarçado de Star Wars - O Despertar da Força. A Skynet foi substituída por uma "Legião" de máquinas “humanizadas” tanto para o bem quanto para o mal, como o Império Galáctico deu lugar a Nova Ordem. Nesse sentido, os líderes brucutus da resistência deram lugar a uma revigorante minoria hispânica e negra "no problema", já em evidência desde 1991, por isso essa mudança se encaixou naturalmente sem parecer piegas ou forçado. O retorno de Linda Hamilton ao papel de Sarah Connor era o gás que “O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio” precisava a fim de ressuscitar a franquia. Já Arnold Schwarzenegger, disfarçado de um pacato exterminador redimido, finalmente tem uma atuação pontual à altura da idade interpretando um pai de família, “próximo” ao amigo do peito (Rambo - Até o Fim) vivendo em uma casa de campo a poucas horas da fronteira. A trama protagonizada, dessa vez, pelas mulheres empoderadas Dani Ramos (Natalia Reyes) e Grace (Mackenzie Davis) que liderarão a resistência daqui a 20 anos, perseguidas atualmente por um exterminador hispânico para lá de simpático, um avançado T1000 modelo REV-9 (Gabriel Luna).   O Exterminador do Futuro. Direção: Tim Miller. Ficção científica (Terminator: Dark Fate, EUA, 2019, 129min). 14 anos.   Nota: 3,0   Reboot da Família Addams sem perder a essência   A exemplo do novo Exterminador do Futuro, muito bem dirigido por Tim Miller, a sátira família gore mais requintada da cultura pop ganha um reboot animado em homenagem ao longa de 1991 protagonizado pelo saudoso Raul Julia e Anjelica Houston. Aqui os mórbidos  pombinhos imortais recém casados tentam absurdamente se adaptar aos vizinhos do condomínio de casas ao lado. Ocorre que a filha da síndica chata torna-se a melhor amiga de Wandinha (Chloë Grace Moretz) se vestindo como grunge macabra, enquanto Wandinha  quer virar patricinha como ela enlouquecendo a mãe Mortícia (Charlize Theron), ao mesmo tempo em que o pai Gomez (Oscar Isaac)  tenta compreender o filho adolescente Feioso (Finn Wolfhard).   A Família Addams. Direção: Greg Tiernan, Conrad Vernon. Animação. (Addams family, EUA, 2019, 87min). Livre.     Nota: 3,0               O inferno astral dos transexuais análogo ao Labirinto do Minotauro   Dois dos mais famosos transexuais de sua época expõem suas polêmicas autobiografias nas telonas: a famosa jurada do programa do Chacrinha, falecida em 2017 aos 76 anos, “Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto” e o quadrinista, criador dos escrachados Piratas do Tietê, Laerte. A principal simbologia do documentário animado A Cidade dos Piratas, com participação do próprio diretor Otto Guerra divagando sobre o melhor roteiro, é o mitológico Labirinto do Minotauro representando a árdua trajetória dos transexuais nos anos 60 até os dias de hoje. De acordo com premiada tirinha em quadrinhos, Manual do Minotauro, a única forma de matar o habitante da Ilha de Creta com cabeça de touro e corpo de gente no centro do labirinto é dominando nossos próprios instintos animais (equilíbrio) munido do Machado de Duplo Fio que corta dos dois lados, o interno e o externo, através da vontade em primeiro lugar, da razão e do sentimento (arquétipo masculino e feminino).  E a partir daí, a exemplo de Ícaro , elevar nosso pensamento a fim de fugir de lá, por cima, pelas asas do pensamento ao invés de usar uma simples escada material. Isso porque a partícula divina habita dentro de nós, todo o tempo.   A Cidade dos Piratas. Direção: Otto Guerra. Documentário de animação. (Brasil, 2018 ,83 min).16 anos.   Nota: 4,0   Dois filmes nacionais: Maria do Caritó e Intruso   “Maria do Caritó”, personagem ideal à Lília Cabral (Divã), uma virgem prometida a São Djalminha, santo de quem ninguém nunca ouviu falar, motivo de festança na pacata cidadezinha onde ela mora. Em “Intruso”, uma família do subúrbio (Danton Mello, Juliana Knust) é obrigada a receber um visitante  misterioso que logo impõe suas regras bizarras.   Maria do Caritó. Direção de João Paulo Jabur. Comédia. (Brasil, 2019, 90min). 10 anos.     Oscar, Mulher-Maravilha e Ricardo Darin.   Nedjma (Lyna Khoudri) tenta a todo custo promover um desfile de moda em oposição a grupos terroristas do Estado Islâmico que querem proibir mulheres de exibirem seus corpos em locais públicos. Papicha é o representante da Argélia no Oscar. Já em "Segredos Oficiais", a espiã britânica Katharine Gun (Keira Knightley) vaza informações sigilosas a dois jornalistas sobre a operação ilegal da Agência de Segurança Nacional numa invasão ao Iraque. Baseado em fatos reais. Ricardo Darin protagoniza "A Odisseia dos Tontos", sobre um grupo decidido a roubar de volta os silos abandonados que eles investiram para se darem bem com a crise econômica argentina em 2001. Em 2014, muito antes de ser cogitada ao papel de Mulher-Maravilha, Gal Gadot fazia par romântico com um jogador de futebol que virou herói da comunidade gay obrigado a fingir que é homossexual no filme: "Amor em Jogo".   A Odisseia dos Tontos. Direção: Sebastián Borensztein. Comédia dramática. (La Odisea de los Giles, Argentina/Espanha, 2019, 116min). 14 anos.


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