11/10/2019 às 13h52min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h44min

Estreias do Cinema - 11/10/2019

Will Smith X Will Smith vai muito além do 3D convencional   Parafraseando meu amigo do site Formiga Elétrica, James Salinas: “Alguns filmes existem para entreter, outros para tocar o coração, Projeto Gemini, o mais recente trabalho do diretor Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain), existe para explorar tecnologias novas de 3D”, rodado em 4K, a 120 frames por segundo, ao invés dos tradicionais 24. Na prática, observamos mais textura e profundidade, resultado de um imperceptível 3D, superior ao de Avatar que não incomoda a vista. A trama simples, excessivamente didática e roteiro amarradinho, desenvolve-se a partir da relação entre o ex-matador profissional, Henry Brogan (Will Smith) e seu clone, Júnior, desenvolvido em laboratório; uma cobaia nascida para matar que começa a questionar as mentiras do criador Clay Verris (Clive Owen) após descobrir que é um clone. Particularmente, duas almas distintas criadas e educadas de forma totalmente diferentes, mas com o mesmo DNA com 23 anos de diferença de idade. “Quando a ciência conseguir meios que facultem a reencarnação o Espírito se fará presente” (Divaldo Franco). Fantásticas cenas de ação em função do clone de Will Smith ter sido criado 100% digital, a exemplo das lutas corpo a corpo e da perseguição de moto entre os dois.   Projeto Gemini. Direção: Ang Lee. Ação. (Gemini Man, EUA/China, 2019, 117min). 14 anos.   Nota: 2,5     Amor Assombrado   Inspirado livremente no conto “Pente de Vênus”, de Heloísa Seixas, “Amor Assombrado”, do diretor e roteirista espírita de Nosso Lar e Kardec, Wagner de Assis, conta a história de uma autora de sucesso, casada com um arquiteto e que mora na mesma casa em que seus pais morreram. Em crise, ela está se esforçando para escrever um novo trabalho, até que Carlos (Guilherme Prates), sua paixão da juventude, ressurge com a mesma aparência do passado, confundindo-a. Sem saber se ele está vivo ou morto, Ana Clara (Vannessa Gerbelli) precisará reescrever a história mais difícil de sua vida.   Amor Assombrado. Direção: Wagner de Assis. Drama (Brasil, 2019,91 min). 12 anos.   A maldição do pintassilgo   Theo Decker, (Oakes Fegley) é um garoto polido e bem educado acostumado a andar sempre bem vestido, condizente ao período clássico e renascentista que tanto adora, marcado de boas aparências, gênios da música e da pintura em abundância, contrário à Idade das Trevas do papado católico. Theo foi um dos únicos sobreviventes ao atentado a bomba no Metropolitan Museum tornando-se guardião de valiosa obra de arte do pintor holandês Carel Fabritius (1622-1654) transmitida de geração em geração, tão cobiçada por traficantes. A partir daí, sua vida muda completamente ao ter de mesclar a convivência entre a requintada família da senhora Barbour (Nicole Kidman), em total sintonia com seus hábitos e costumes, e o pai alcoólatra e trambiqueiro adepto à contracultura hippie viciada em sexo, drogas e rock’n’roll, muito bem retratada no filme do Coringa, proporcionando a ele ótimas experiências evolutivas através desse saudável contraste tanto na infância quanto na fase adulta, interpretado pelo “Baby Driver” Ansel Elgort. Choques de cultura retratados naturalmente pelo diretor John Crowley (Brooklyn) sem demonstrar rivalidade entre as classes indicando que mauricinhos e grunges podem ser grandes amigos. Baseado no best-seller homônimo de Donna Tartt, O Pintassilgo, ganhador do prêmio  Pulitzer.   O Pintassilgo. Direção: John Crowley. Drama. (The Goldfinch, EUA, 2019, 149min). 16 anos.   Nota: 4,0           Os mortos que acham que estão vivos   Adaptado do conto homônimo Morto Não Fala, de Marco de Castro, sobre o funcionário turrão do IML, Stênio (Daniel de Oliveira), infeliz no conturbado casamento com a esposa Odete (Fabíula Nascimento); por isso se distrai usando a habilidade em falar com os mortos, recém chegados ao necrotério, antes de desencarnarem, ainda desnorteados, até então presos pelo invisível fio de prata tecido pelas mitológicas videntes Moiras da Grécia Antiga. Esse dom divino acaba se tornando uma maldição após um desses espíritos assombrá-lo ao lado dos dois filhos pequenos e da prestativa filha do padeiro Jaime (Marco Ricca), Lara (Bianca Comparato), que aparece em sua casa por acaso. Não foi à toa que Moisés teve de proibir a comunicação com os mortos ao povo despreparado da época. Em vez do inovador caminho investigativo policial, de início, o diretor Dennison Ramalho optou pelo manjado atalho das repetitivas casas mal-assombradas por espíritos obsessores devido a um projeto não concretizado da Globo em virar série de TV. Apesar dos escorregões na parte final os personagens foram são bem desenvolvidos em criativas e competentes cenas de ação e terror gore somado à ótima fotografia top de linha.   Morto Não Fala. Direção: Dennison Ramalho. Terror. (Brasil, 2018, 110min).16 anos.   Nota: 3,0   As loucuras de Rose   A jovem Rose é uma atrapalhada presidiária em condicional por contrabando de heroína que ganha a vida como diarista e ainda cuida dos filhos pequenos com a ajuda da mãe (Julie Walters). Rose, possui uma incrível vocação para ser uma grande cantora de música country, caso organize os anseios e emoções à flor da pele, aí as dificuldades do seletivo mundo da música, ela tirará de letra.   As Loucuras de Rose. Direção: Tom Harper. Musical. (Wild Rose, 2018, 101min). 14 anos.   Nota: 3,5    


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.