Remake e continuação de It — A Coisa, de 2017 Os membros do clube dos perdedores convocados por Mike (Isaiah Mustafa), Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jack Ryan) e Eddie (James Ransone) reencontraram-se 27 anos mais tarde ao saberem que o Palhaço Dançarino retornou à fictícia cidade amaldiçoada de Derry, influenciado pelos primórdios rituais indígenas. Baseado na obra homônima do mestre do terror Stephen King de 1986, It - Capítulo 2, repete as sacadas do capítulo 1, mas sem o mesmo carisma da garotada, que continua roubando a cena em flashbacks, sobressaindo-se ao esforçado elenco de astros, prejudicados pelo roteiro cartesiano e arrastado. As palhaçadas pirotécnicas de quase 3 horas revelam que a melhor maneira de derrotar Pennywise (Bill Skarsgard) é acreditar que ele é apenas fruto dos traumas e remorsos na mente da maioria dos habitantes da cidade. De fato o universo é mental . It — Capítulo Dois. Direção: Andy Muschietti. Thriller. (It — Chapter Two, EUA/Canadá, 2019, 169min). 16 anos. Nota: 2,5 O favorito da rainha aprende a reinar, liderar e governar Divertida sátira animada ao multipremiado longa A Favorita conta com a participação especial do inconveniente presidente Donald Trump e sua esposa extravagante Melania. Comportamento refletido na cadela de estimação do casal. Na trama, o “Corgi — Top Dog” Rex, o favorito da rainha, sofre um atentado provocado pelo colega enciumado e é forçado a fazer um belo tour por Londres até ser preso em um canil do submundo vinculado a um clube da luta canino. Interessante transformação de um cachorro prepotente e mimado criado no Palácio de Buckingham que saiu de sua zona de conforto para conquistar novos amigos inusitados em uma nova perspectiva de vida. Ficar perto do povo é algo que faltou a rainha Elizabeth, já assimilado pelos netos. Corgi — Top Dog. Direção: Vincent Kesteloot e Ben Stassen.Animção. (The Queen’s Corgi, Bélgica, 2019, 85min). Nota: 3,0 No amor e na guerra só Freud explica Após a morte do pai, o jovem Franz (Simon Morzé), de 17 anos, começa a trabalhar como aprendiz em uma tabacaria na cidade natal de Hitler, Viena, onde Sigmund Freud ( falecido Bruno Ganz) é um cliente frequente. Com os feromônios à flor da pele lendo as primeiras revistas pornográficas, o garoto conversa com o pai da psicanalise a fim de resolver as angústias amorosas implícitas em sonhos sexuais a fim de conquistar a dançarina sexy Anezka (Emma Drogunova). “A Tabacaria” traz agradáveis diálogos somados à bela fotografia da época, ofuscando parcialmente a ascensão nazismo sem deixar de lado sua real importância. A Tabacaria. Direção: Nikolaus Leytner. Romance dramático (Der Trafikant, Áustria/Alemanha, 2018, 117min). 16 anos. Nota: 3,5 Chicuarotes Cagalera (Benny Emmanuel) e Moloteco (Gabriel Carbajal), dois amigos adolescentes que vivem na Cidade do México, cansados da difícil situação financeira, decidem mudar de vida se envolvendo no submundo do crime. Chicuarotes. Direção: Gael García Bernal. Drama (México, 2019, 95min). 16 anos. Série Desvendando a mente de psicopatas baseado em fatos em vez de narrativas pedantes (com spoilers) A série inovadora da Netflix em formato diferenciado dirigida por David Fincher (Clube da Luta e House of Cards) e produzida por Charlize Theron preocupa-se apenas em decifrar a mente de serial killers cuja tensão é refletida na vida pessoal dos entrevistadores, os agentes Holden Ford (Jonathan Groff), Dra. Wendy Carr (Anna Torv - Fringe) e Bill Tench (Holt McCallany), tal qual o filho pequeno que sofre aparentemente de transtornos psicológicos característicos dos psicopatas. Metodologia inédita de análise comportamental incluindo o termo serial killer criado na época pela equipe do ex-agente do FBI John Douglas, que escreveu a obra literária inspiradora - Mind Hunter: Inside the FBI’s Elite Serial Crime Unit - auxiliado por Mark Olshaker. Os nomes originais dos presidiários foram mantidos, a maioria vivos e ainda encarcerados. Entre os entrevistados da segunda temporada destaca-se três: Tex Watson (Christopher Backus), comparsa do líder da família Manson Charles Manson (Damon Herriman), interpretado pelo mesmo ator de Era Uma Vez em… Hollywood. Tex culpa suas próprias atrocidades ao dogma católico do pecado original que se propaga eternamente; a típica fuga covarde do "bom selvagem" criado para empoderar instituições politicas e religiosas a fim de isentar o indivíduo de qualquer responsabilidade, a exemplo da canção Mother do Pink Floyd. Em outro caso, Wayne Williams (Christopher Livingston), o principal suspeito de 28 assassinatos, a maioria crianças negras, entre 8 e 15 anos, entre 1979 e 1981, causa revolta à comunidade negra durante a palestra do prefeito em razão do acusado ser da mesma etnia em vez de um membro da Ku klux Klan. “O Monstro de Atlanta“ foi detido às 3 da manhã esquivando-se em um discurso incongruente. Lembrem-se que o facínora do filme Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal, confessou seus crimes apenas para a namorada Liz Kendall minutos antes da execução de sua pena de morte por eletrocussão. Verdades inconvenientes doem muito mais quando baseadas em fatos lógicos probatórios contrários às narrativas convenientes que nos confortam. Nota: 4,0
