05/09/2019 às 19h15min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Concurso História dos Bairros seleciona pesquisas na região

A cidade de São Paulo tem uma história rica, como a de seus moradores. Conhecer e levar ao público a história dos bairros paulistanos é muito importante. Até 31 de outubro, o Arquivo Histórico Municipal da Secretaria Municipal de Cultura recebe inscrições para o Concurso História dos Bairros de São Paulo, que chega a sua 25ª edição. Serão selecionadas três pesquisas que receberão, cada uma, R$ 5.000,00. Aberto a pesquisadores e ao público em geral, o edital irá premiar os três melhores textos que versem sobre a história de algum bairro da cidade ainda não contemplado nas edições anteriores. Entre os bairros que poderão ter sua história publicada nesta edição estão Butantã, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Sapopemba, Vila Curuçá, Vila Medeiros, Pari, Jardim Paulista e Brasilândia, entre outros. Mais informações sobre este concurso poderão estão disponíveis na sede do Arquivo Histórico Municipal na Praça Cel. Fernando Prestes nº 152, Bom Retiro, São Paulo, de segunda à sexta-feira no período das 9h às 17h, através dos telefones 3396-6017, 3396-6017, 3396-6064 ou 3396-6070 e também através do e-mail [email protected] Histórico O primeiro concurso sobre a história dos bairros paulistanos foi realizado em 1969 e na ocasião saíram vencedores os textos sobre os bairros do Brás, Pinheiros, Penha e Santo Amaro. Todos os quatro volumes foram publicados pela Prefeitura de São Paulo no ano de 1970 e deram origem à coleção que hoje conta com 33 volumes publicados e mais três que serão lançados em breve. Até o momento, já foram publicados livros dos bairros da Aclimação, Barra Funda, Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Consolação, Higienópolis, Ibirapuera, Ipiranga, Itaim Bibi, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim América, Jardim da Saúde, Lapa, Liberdade, Luz, Moema, Morro dos Ingleses, Nossa Senhora do Ó, Penha, Perdizes, Pinheiros, Pirituba, Santa Cecília, Santa Ifigênia, Santana, Santo Amaro, São Miguel Paulista, Sé, Vila Clementino, Vila Mariana, Vila Nova Savóia e Vila Missionária. O edital pode ser acessado no link https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/concurso_historia_dos_bairros_edital_completo_1567179594.pdf Histórico De acordo com o site da Prefeitura de São Paulo, a região do Butantã era rota de passagem de bandeirantes e jesuítas que se dirigiam ao interior do país. Foi na região do Butantã que Afonso Sardinha montou o primeiro trapiche de açúcar da vila de São Paulo, em sesmaria obtida em 1607. As terras da antiga sesmaria tiveram várias denominações: Ybytatá, Uvatantan, Ubitatá, Butantan e, finalmente, Butantã. Posteriormente, a sesmaria foi doada para a Igreja do Colégio São Paulo. Há duas versões para o significado do nome Butantã: "terra socada e muito dura" e "lugar de vento forte". Após a expulsão dos jesuítas , em 1759, as terras foram confiscadas e vendidas. Um dos últimos proprietários foi a família Vieira de Medeiros que vendeu as terras para a Cia. City Melhoramentos, em 1915, responsável pela urbanização das margens do rio Pinheiros. Datam do século XVII e XVIII duas construções históricas localizadas na região do Butantã, respectivamente a Casa do Sertanista e a Casa do Bandeirante, ambas tombadas. A região do Butantã era constituída por sítios, como o sítio Butantã, sítio Rio Pequeno, sítio Invernada Grande ou Votorantim, sítio Campesina ou Lageado e sítio Morumbi. O desenvolvimento do bairro ocorreu a partir de 1900, sobretudo com a implantação do Instituto Butantã, e Cidade Universitária. O Instituto Butantã foi oficialmente inaugurado em 1901. Sua origem está associada ao combate da peste bubônica, que por volta de 1898 causava uma epidemia em Santos, litoral paulista. Para produzir o soro contra a peste, foi escolhida uma área fora do perímetro urbano da cidade de São Paulo. Assim, foi instalado um laboratório junto ao Instituto Bacteriológico, na fazenda Butantan, que dois anos mais tarde recebeu o nome de Instituto Serumteráphico, passando a atuar na área de pesquisa e produção de soros, sob a coordenação do médico Vital Brazil. Somente em 1925, o nome oficial passou a ser Instituto Butantã, hoje vinculado à Secretaria de Estado da Saúde. O conjunto arquitetônico foi tombado pelo Patrimônio Histórico em 1981. O local onde está instalado o Instituto é apenas uma parte da propriedade que abrangia também o campus da Universidade de São Paulo. A partir dos anos 20, começaram a surgir os primeiros bairros como Vila Butantã, Vila Lageado e Cidade Jardim. Nos anos 30, surgiram os bairros Peri Peri, Vila Clodilte, Vila Gomes, Água Podre e Caxingui. Nas décadas de 40 e 50, foram os bairros Jardim Guedala, Previdência, Vila Progredior, Vila Hípica, Jardim Ademar, Jardim Trussardi, Vila Pirajussara. Nos anos 40 a Companhia Imobiliária Morumby dividiu os últimos lotes da antiga fazenda Morumbi. Até então ocupado por chácaras e pequenas fazendas, o Morumbi se tornaria área residencial a partir de 1948. Seu nome possui duas interpretações: uma corruptela de Meru-obi, que significa mosca verde, ou Marâ-bi, que significa luta oculta. Entre os anos 50 e 60 surgiram os bairros Rolinópolis, Esmeralda, Ferreira, Monte Kemel, Vila Maria Augusta, Jardim Bonfiglioli, Jardim Pinheiros entre outros. Há, ainda, dois conjuntos habitacionais importantes, Cohab Educandário e Cohab Raposo Tavares. Quase a totalidade da área abrangida pela Subprefeitura Butantã está conurbada aos municípios vizinhos de Taboão da Serra e Osasco. O intercâmbio entre esses municípios e o município de São Paulo é intenso em termos de comércio, serviços e lazer.


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