25/04/2024 às 22h47min - Atualizada em 25/04/2024 às 22h47min

​O ‘vilão’ da história é a Fundação do Instituto Butantan

Desde agosto de 2022, o Grupo 1 de Jornais-Gazeta de Pinheiros tem divulgado matérias sobre a Fundação e Instituto Butantan, onde a comunidade da região, vem denunciando uma série de gravíssimas irregularidades, que poderiam levar ao desmonte deste importante centro de pesquisas e produção de vacinas, além do corte de mais de duas mil árvores, para a construção de um restaurante, edifício-garagem e outras instalações, projetos com fins turísticos duvidosos, que fogem do objetivo da entidade civil. Ambientalistas afirmam: “A Fundação é o ‘verdadeiro vilão da história’, pois foge da sua finalidade, que é de apoiar pesquisa e produção, mas em vez disso, toma iniciativas de caráter empresarial e tem história de improbidades, como sabemos e assistimos com frequência nos meios políticos. São dezenas de denúncias contra o desrespeito ao patrimônio público...”, afirmam.

Aprovação do Governo para o próprio Governo do corte de 2 mil árvores 
Após questionamentos de autoridades e do Ministério Público, ingerências políticas e desentendimentos dos diretores, o Instituto anunciou na época, que “não deve seguir com as obras...”. O destino da área de 14 mil m2 que foi desmatada, licenciada pela desprestigiada Cetesb, para atender o ‘Governo para o próprio Governo’, está abandonada e não foi recuperada.

Impactos em área de patrimônio histórico, cultural e ambiental
“Achamos importante destacar que um complexo industrial vertical, vai trazer impactos enormes, sem estudos detalhados e contribuir com o aquecimento no território, de trânsito, de veículos de grande porte, dejetos biológicos, barulho de geradores e maquinas e fuga da fauna. O investimento poderia ser feito em local mais adequado, resguardando o ‘pulmãozinho’ que é hoje o Instituto Butantan”, explicam.

“A Fundação é o verdadeiro vilão”
“É importante separar a Fundação do Instituto: a Fundação é privada, o Instituto é público. A Fundação é o ‘verdadeiro vilão da história’, pois foge da sua finalidade, que é de apoiar pesquisa e produção, mas em vez disso, toma iniciativas de caráter empresarial. A Fundação tem história de improbidades, como sabemos e assistimos com frequência nos meios políticos. São dezenas de denúncias contra o desrespeito ao patrimônio público, entre elas, a ‘Alameda’ que foi desfigurada e fechamento da ‘Estrada de Osasco’, em ambos os lados, e uso particular para movimentação de materiais, produtos acabados, resíduos industriais, além do estacionamento de funcionários, desrespeitando o tombamento”, explicam.

Revogação das licitações
Segundo a ‘Rede Butantã’, documentos apontam para a revogação das licitações da garagem, restaurante, ampliação do centro administrativo e prédio do controle. O ‘Grupo de Resistência’ pediu cópia do Plano Diretor a que se referem, mostrando que ele não está claro, e solicitou reuniões com diretores para os devidos esclarecimentos. Daí a necessidade de uma possível reunião com a atual diretoria. Mas sempre se negam a atender a comunidade.”

Troca de direção e política
“A comunidade, depois de muita luta, teve acesso na época, ao novo Plano Diretor, através de processo no CONPRESP, (processo SEI - 6025.2021.0028621.8). Desde 2022 foram destacados na imprensa matérias apontando irregularidades no Instituto/Fundação Butantan. Também houve troca ‘duvidosa’ de diretores: na época Rui Curi foi para a direção do Instituto e Dimas Covas foi para a direção da Fundação”.

Tombamento do Butantan
O Butantan é tombado pelo CONDEPHAAT e COMPRESP e ocupa 730 mil metros quadrados. A mata do perímetro, corresponde a mais de 60% dessa área. “Já foi encaminhado para o M.P. denuncia de que foi protocolada documentação na 795a. Reunião Extraordinária do CONPRESP realizada no dia 4 de abril último, pedindo que a sociedade civil e associações organizadas fossem ouvidos, mas o presidente novamente negou . Nesta reunião o CONPRESP aprovou a revisão do Plano Diretor Estratégico, a despeito do parecer do próprio DPH, do processo em tramitação no MP e mesmo com visita agendada do técnico do CAEX que estava marcada no último dia 10 de abril. No entendimento dos movimentos articulados, a forma como se deu a tramitação da matéria virá a permitir grande dano, assim como destruição ambiental da região. Foi solicitado ao MP medidas URGENTES que possam impedir o início das obras.
A solicitação ao MP é assinada pela Rede Butantã de Entidades e Forças Sociais com apoio dos movimentos ambientalistas da Rede Ambiental do Butantã.

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