25/04/2024 às 22h38min - Atualizada em 25/04/2024 às 22h38min

​PM realiza ação contra “pancadão” em Paraisópolis

Polícia age no controle da região e moradores reclamam do fechamento de ruas e comércios

No último dia 19 de abril, a Polícia Militar realizou mais uma grande ação em Paraisópolis, com direito a um grande número de viaturas e efetivo fortemente armado.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública alega que a ação visava a busca por criminosos e traficantes de drogas, e também coibir os “pancadões”, encontros clandestinos realizados em público conhecidos, pela grande aglomeração de pessoas e música em altíssimo volume.
Parte da ação foi criticada pela população local, devido ao fechamento de comércios em determinados horários e ao controle de acesso imposto pela polícia, como o que ocorreu entre as ruas Ernest Renan e Herbert Spence. Alguns moradores chegaram ao ponto de chamar a estratégia de “toque de recolher”.

Reclamações recorrentes
Os “pancadões” em Paraisópolis são um tema de reclamação recorrente de leitores do Morumbi News, Jornal do Butantã, Gazeta de Pinheiros e de moradores da região. Os eventos se tornaram bastante frequentes e cada vez maiores, despertando a fúria dos moradores, que procuram inclusive o jornal com frequência como forma pública de reclamação, já que, segundo eles, as próprias instituições públicas se vêem sobrecarregadas com o volume de denúncias realizadas semanalmente.

Objeções às abordagens policiais
Apesar da ação da polícia vir acompanhada do clamor popular, pela necessidade de conter o incômodo que os “pancadões” provocam, os métodos utilizados pela PM são alvo de questionamentos por parte da população e entidades civis, onde muitos criticam e outros apoiam veementemente.
A ação ocorreu poucos dias depois de uma criança de 7 anos, Kauã Veríssimo Félix, ter sido ferida em uma troca de tiros com criminosos na região, e uma outra ação no dia 6 de abril, que resultou em perseguição e morte de um suspeito. Além disso, moradores locais lembram da tragédia do “Baile da DZ7”, em 2019, onde nove jovens morreram após uma ação policial que causou grande repercussão sobre o uso inadequado de força por parte dos agentes.

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