12/07/2019 às 16h56min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h47min

Estreias do Cinema - 12/07/19

Doutora  Dolittle  Mirim, Dumbo e Cruela Habilidade em falar com animais tornou-se uma maldição para Lilli Susewind (Malu Leicher), o que tem comprometido com frequência o emprego de repórter da mãe. Isso até a garotinha ter de resgatar um elefantinho das garras da cruel socialite Vanessa (Aylin Tezel) com a ajuda dos novos colegas de escola. Principalmente o superdotado cientista Jess (Aaron Kissiov), hostilizado por ser diferente. Personagens  diferenciados mal desenvolvidos de forma muito rápida e superficial, como por exemplo o burrico que pensa que é unicórnio. Por conseguinte, a comédia infantil alemã transformou-se numa mistura de Dumbo com 101 Dálmatas e Dr. Dolittle. Desgastados clichês desnecessários que poderiam ser ignorados. Ao invés disso poderia explorar-se melhor os complexos psicológicos dos personagens citados e de muitos outros que passaram despercebidos. A Pequena Travessa. Direção: Joachim Masannek. Infantil.(Liliane Susewind — Ein tierisches Abenteuer, Alemanha, 2018, 96min). Livre. Nota: 2,0 População refém de um governo incompetente e desarmamentista torna-se refém de terroristas    Em 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados de autoria do grupo islâmico Lashkar-e-Taiba atingiram Bombaim, a maior cidade indiana e capital financeira  do país. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas. Dentre eles, o “Atentado ao Hotel Taj Mahal”, um dos mais luxuosos do planeta. Lá, quatro terroristas surgem munidos de metralhadoras, cegos pela fé religiosa, atiram indiscriminadamente nos hóspedes. Os jovens ignorantes são a todo momento manipulados por rádio pelos verdadeiros vilões, que distorcem as mensagens do Alcorão confortáveis em seus aposentos, fazendo uma lavagem cerebral criminosa. Logo após o início do tumulto, o renomado chef Hemant Oberoi e o garçom Arjun (Dev Patel), com muito esmero e dedicação, arriscam suas vidas para proteger as demais vítimas enquanto o casal David (Armie Hammer) e Zahra (Nazanin Boniadi) buscam algum meio de retornar ao quarto onde está seu bebê e Sally (Tilda Cobham-Hervey), sua babá. Outro ponto importante que culminou na tragédia foi a demora de nove intermináveis horas até a chegada dos bombeiros e das forças táticas especiais sediadas em Nova Deli a 800 milhas de distância. Isso é o resultado de uma população de mais de um bilhão de habitantes desarmada, refém do Estado dominado pela religião sem a mínima infraestrutura, responsável por esse trânsito caótico. Atentado ao Hotel Taj Mahal. Direção: Anthony Maras. Thriller. (Hotel Mumbai, EUA/Austrália/Índia, 2018, 123min). 16 anos. Nota: 3,5 Stranger Things 3 -  De volta para o Futuro aos saudosos anos 80 em Uma História sem Fim   A premissa da terceira temporada da série mais famosa da Netflix não difere muito das outras, dessa vez focada na evolução e no amadurecimento dos personagens. Na semana de 4 de julho de 1985 (Dia da Independência dos EUA) tudo gira em torno da inauguração do Shopping Starcourt agitando a  cidadezinha de Hawkins, em Indiana; filmes como De Volta para o Futuro estreiam no único cinema agregado ao complexo. O local está conectado a um laboratório secreto subterrâneo onde soviéticos, em conluio com o prefeito corrupto, tentam reabrir o portal para o Mundo Invertido (Umbral), sem sucesso. Entretanto, uma pequena fenda acaba trazendo O Devorador de Mentes à nossa realidade novamente. Quem não viveu os anos 80 representado pelos filmes americanos vai achar as cenas de ação absurdas ou toscas, sem o pragmatismo da era digital, além do figurino colorido, especialmente os trajes de marinheiro. Diálogos descompromissados, ingênuos e muito divertidos podem soar sem o menor sentido nas horas mais tensas, condizentes com espírito de criança – semelhante às falas do Homem-Aranha durante o embate com os vilões. E na mesma linha de E.T, quando superdotados mirins derrotaram os cientistas perigosos. Na trama, depois das férias, a turminha é reapresentada ao público como adolescentes natos (tanto na vida real quanto na ficção), diferenciando-se pela voz mais grossa em fase de namoricos entre eles. Isso deixa o introspectivo Will (Noah Schnapp) aborrecido, isolando-se dos outros, o mais apegado ao mundo de fantasia – a cara do Bastian de História sem Fim. Outrora rivais, Eleven (Millie Bobby Brown) e Max (Sadie Sink) vão à forra contra os namorados Mike (Finn Wolfhard) e Lucas (Caleb McLaughlin), tomar um banho de loja no shopping a fim de curtir a adolescência, especialmente a garota telecinética que perdeu a infância confinada em um laboratório. Joyce (Winona Ryder) e o detetive Hopper (David Harbour), a mãe neurótica e o policial autoritário nas temporadas anteriores, ao investigarem casualmente a falta de magnetismo na cidade, transformam-se em pais racionais, dispostos a salvar o mundo novamente. Nancy(Natalia Dyer) e o namorado Jonathan (Charlie Heaton) tornam-se dois excelentes repórteres investigativos, superando o ambiente de trabalho repleto de machistas irônicos depreciativos. O melhor núcleo é o dos sorveteiros liderados por Dustin (Gaten Matarazzo), separado da turminha que acaba invadindo por acaso a frequência de rádio dos comunistas ao tentar se comunicar com sua namorada oculta Suzie à lá Pequena Miss Sanshine. Com a ajuda de Steve (Joe Keery), Robin (Maya Hawke – filha de Uma Thurman e Ethan Hawke) e a pequena descolada Érica (Priah Ferguson) eles acabam encontrando a base russa e trazendo os outros grupos para lá. A classificação etária de 16 anos indica um terror Gore e Splatter ao estilo A Bolha Assassina, entretendo inclusive os mais jovens sem causar a eles pesadelos à noite.   Stranger Things 3. Direção: Matt Duffer, Ross Duffer. Fantasia (EUA , 2016, 55min).16 anos.   Nota: 4,5  
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