16/06/2023 às 00h18min - Atualizada em 16/06/2023 às 00h18min

​Festas juninas: 5 curiosidades que você precisa conhecer

As comemorações que marcam os meses de junho e julho são ricas em referências históricas e culturais

O período das festas juninas e julinas é um dos mais esperados do ano. Em termos de festa popular, perde em tamanho apenas para o Carnaval. Entre os seus destaques, estão as comidas típicas, roupas a caráter, danças e brincadeiras para as crianças.
De acordo com Josué Artigas Machado Junior, Coordenador Pedagógico do Marista Escola Social Curitiba, a data estimula o caráter lúdico e a diversão, entre outros aspectos fundamentais para o desenvolvimento infantil. “As brincadeiras são essenciais para a socialização, é por meio delas que a criança se relaciona com o mundo e estabelece laços afetivos. Além disso, é uma ocasião para o aprendizado das raízes culturais, históricas e geográficas das festividades”, explica.
As celebrações juninas são recheadas de cultura e história, e seus primórdios datam do período da Idade Média. Conheça 5 curiosidades sobre o período junino: 

Por que temos festas juninas e julinas?
As festas juninas são uma adaptação dos rituais pagãos que celebravam o solstício de verão, transformadas pela Igreja Católica em festas dedicadas aos santos São João, Santo Antônio e São Pedro. Em Portugal, a celebração recebia o nome de festa joanina, em referência a São João. Quando foi introduzida no Brasil, foi rebatizada de festa junina, pois acontecia no mês de junho. 
Já a festa julina, além de se chamar assim devido ao mês de ocorrência, julho, é celebrada porque, aqui no Brasil, decidimos que o segundo mês do inverno pede por mais comemorações e quitutes.

As comemorações ocorrem no país todo?
As diferentes regiões do Brasil comemoram o São João de diversas maneiras, com suas próprias comidas juninas. No Nordeste, são realizadas festas enormes, com shows e muito forró. O “arraiá” de Campo Grande, na Paraíba, é considerado a maior festa junina do país. No Norte as celebrações também são intensas: são encenadas histórias folclóricas, como a lenda do Boto e a tradição do Boi-Bumbá, e existe uma dança típica chamada Carimbó, que mistura elementos das culturas indígena, africana e portuguesa.
No Centro-Oeste, há tradições como a lavagem dos santos homenageados nas festas e apresentações de Cururu, com danças e cantigas sobre eles. Na região Sudeste, as quermesses se destacam, e por fim, no Sul, marcado pelo frio dessa época do ano, ouve-se muito sertanejo e vanerão acompanhado de fogueiras e quentão.

As festividades como conhecemos hoje são um apanhado de diferentes culturas
De seu início como festival repleto de fogueiras que marcava o início do verão, na Europa, a festa junina se tornou uma celebração dos santos católicos em agradecimento pela colheita bem sucedida. Depois, incorporou elementos como a quadrilha, que vem da dança francesa quadrille, e, ao ser trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, adicionou aspectos da cultura indígena ao fundir-se com a festa tupi do milho, que ocorria em agosto e marcava o início do ano novo. 
É daí que vieram a maioria dos quitutes juninos, como canjica, ou mungunzá; pamonha; pipoca; bolo de fubá e milho-verde. Até mesmo o quentão é uma influência de uma bebida guarani chamada cauim, feita de milho fermentado. 

Outros países também têm comemorações semelhantes
Principalmente na Europa, muitos países mantêm as tradições juninas. Alguns exemplos são Portugal, Alemanha, Noruega, Dinamarca e Polônia. Entre os elementos em comum com as nossas festas, estão a quadrilha, as fogueiras e a homenagem a São João.

A origem das bandeirinhas
No início, bandeiras com imagens de São João, Santo Antônio e São Pedro eram espalhadas para decorar as festividades. Elas foram gradativamente se transformando nas bandeirinhas pequenas e coloridas que se tornaram tão características do período junino.
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