26/04/2019 às 11h47min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

Estreias do cinema - 26/04/19

Especial Vingadores - Ultimato: o maior filme de super-heróis de todos os tempos (sem spoilers) Metade das almas viventes do planeta Terra e de todo Universo foram aniquiladas, deixando famílias tradicionais desestruturadas sem pai ou mãe e empresas e ecossistemas desequilibrados. Cinco anos depois, a população de Manhattan, sobretudo, continua vivendo nesse cenário caótico (quase apocalíptico) onde a solidão ainda vigora como o principal vilão da humanidade, unindo deuses e mortais em uma mesma mesa de bar. Um dos corações amargurados mais afetados foi o de Clint Barton, o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), transformado em um impiedoso Ronin após a perda instantânea de todos os seus entes queridos, enquanto os outros Vingadores originais vivem a monótona rotina de tentar colocar o planeta em ordem. Ao contrário da frenética batalha anterior em “Vingadores: Guerra Infinita”, aqui os super-heróis se comportam como cidadãos comuns de novela da Globo, dialogando em ritmo lento futilidades da vida alheia e afazeres do dia a dia. Sem dar spoilers, após recuperarem as Joias do Infinito e tudo voltar ao status quo, inicia-se no terceiro ato a batalha final mais épica que o cinema já viu com todos os personagens do universo expandido, agora de igual para igual. Um filme de coração e alma feito com muito esmero pelos irmãos Joe e Anthony Russo, pastores que conhecem seu próprio rebanho pelo nome. Uma grande homenagem milimetricamente pensada a cada filme feito nesses últimos 10 anos. Carinho e sensibilidade que irá fazer você chorar do começo ao fim, de alegria e de tristeza. Thanos (Josh Brolin) foi um vilão honrado que seguiu seu código moral à risca. Como disse sua filha Nebula (Karen Gillan), ele pode ser tudo, menos mentiroso (trapaceiro falso, sofista, imoral, porém nunca amoral). Diz o ditado: a cada escolha, uma renúncia dolorosa, até no reino da fantasia, porque a vida deve seguir seu rumo para que uma nova página da história possa ser escrita, principalmente após o fim desse sonhado clássico de cinéfilos e leitores assíduos de quadrinhos que mal estreou. Novos heróis substituirão os antigos, marcados para sempre em nosso coração, e outros darão lugar aos “X-Men”, em breve. Afinal, o show deve continuar... Vingadores – Ultimato. Direção: Anthony e Joe Russo. Ação.(Avengers: Endgame, EUA, 2019, 181min). 12 anos. Nota: 5,0.   1985 - O ano que durou até o fim do século O jovem publicitário nova-iorquino Adrian Lester (Cory Michael Smith) decide passar as festas de fim de ano com a família do interior do Texas depois de muito tempo. Deslocado da comunidade onde nasceu, tem que se adaptar à nova rotina pacata. Época do auge do hard rock e do heavy metal (ano da primeira edição do Rock in Rio) reproduzido nas saudosas fitas K7, o presente perfeito ao irmão caçula Andrew (Aidan Langford) para compensar a sentida ausência. Auge da segunda Guerra Fria, do projeto "Guerra nas Estrelas" e da estreia da trilogia “De Volta para o Futuro". No entanto, Andrew traz na bagagem muitos segredos que misturam sentimentos reprimidos de felicidade e de tristeza, além do estranho incômodo ao rever a família. A mãe religiosa (Virginia Madsen) sofre calada, e o reservado pai taciturno (Michael Chiklis), um ex-combatente do Vietnã, não consegue extravasar na presença rara do filho Adrian (Cory Michael Smith). Atualmente eles interpretam, respectivamente, o "Comissário Barnes" e o “Charada” na série “Gotham”. Principais acontecimentos que marcaram o último quarto de século passados a limpo, mostrados em preto e branco de forma sutil e melancólica. O Ano de 1985. Direção: Yen Tan. Drama. (1985, EUA, 2018, 85min). 14 anos. Nota: 3,5. Motim de judeus comunistas contra nazistas Desde a Gênese bíblica, os escolhidos por Jeová, de fé inabalável e campeões de “débitos reencarnatórios”, raramente contestaram os desígnios divinos. A rara revolta no campo de extermínio de Sobibor, em 14 de outubro de 1943, soou como um basta a todo esse sofrimento secular. Nazistas vilanescos dignos de um papel principal do universo de fantasia da Marvel, a exemplo do carrasco Karl Frenzel, interpretado pelo saudoso “Highlander” Christophe Lambert, caso não fosse uma triste realidade. Entretanto, o excesso de coadjuvantes pouco desenvolvidos e os demasiados cortes deixaram o longa confuso. Dirigido e protagonizado por Konstantin Khabenskiy, o representante russo no Oscar 2019, retrata o heroísmo do tenente do Exército Vermelho Alexander Pechersky, líder da fuga em massa. Por isso Khabenskiy interpretou ano passado o também judeu Leon Trótski, o fundador desse exército comunista na série da Netflix perseguido pelos próprios camaradas antissemitas. Sobibor.Direção: Konstantin Khabenskiy. Guerra. (Rússia /Alemanha/ Lituânia /Polônia , 2018, 10min). 16 anos. Nota: 2,5.   Organismo Um homem recém-lesionado que está aprendendo a lidar com a condição de cadeirante entra em crise existencial após o falecimento de sua mãe, evento que o lança em uma espiral de memórias de infância, de relacionamentos passados e principalmente das percepções sobre seu corpo antes e depois do acidente. Organismo. Direção: Jeorge Pereira. Drama. (Brasil, 2017, 97 minutos). 16 anos.   O Último Lance Um negociante de arte está falindo devido ao fato da modernização da indústria artística. No entanto, quando um novo artista aparece, ele enxerga uma oportunidade para recuperar a sua vida financeira e se arriscar em uma bela história. O Último Lance. Direção: Klaus Härö. Drama. (Tuntematon Mestari, Finlândia, 2018, 95min). Livre.   La Cama Os idosos Jorge (Alejo Mango) e Mabel (Sandra Sandrini) decidem se separar após um casamento de trinta anos. Agora precisam dividir entre si os objetos e móveis da casa e lidar com as dores e mágoas deste momento. La Cama. Direção: Mónica Lairana. Drama.(Argentina, Brasil, Holanda, Alemanha, 2018, 95 minutos). 16 anos.  
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