17/02/2023 às 00h17min - Atualizada em 17/02/2023 às 00h17min

​Livro Projeto Rios e Ruas é um sucesso

O gigantesco público que lotou o ‘Bar Canto Madalena’, e permaneceu por mais de 5 horas na noite de autógrafos no último dia 8, no tradicional bairro da Vila Madalena, durante o lançamento do livro do ‘Projeto Rios e Ruas’ mostrou o tamanho do interesse que o tema ambiental provoca no paulistano, cada vez mais ávido pelo contato e a preservação da natureza.
O ‘Projeto Rios e Ruas’ foi criado em 2010 pelo arquiteto e urbanista José Bueno e pelo geógrafo Luiz de Campos Júnior, que juntos já realizam um trabalho de pesquisa e sensibilização com rios, riachos e afluentes encapsulados sob a cidade de São Paulo.
O jornalista João Prata, autor da obra, conta que a ideia da publicação começou com uma matéria feita pelo ‘Estadão’ em 2021, durante a pandemia, onde ele contou a história dos dois parceiros com vídeo e arte. Houve uma grande repercussão e a partir daí, nasceu uma amizade entre os três, que foi amadurecendo e crescendo até desembocar no projeto de criação do livro. 
“Mantivemos a ideia de mostrar na publicação impressa, da forma mais fiel o que a dupla faz nas ruas, que é apresentar para as pessoas os rios que estão escondidos em São Paulo” - contou Prata. “Afinal, são 800 rios, quase todos escondidos, se não canalizados, poluídos, sujos ou então, retificados”, comentou o escritor. Enfim, é difícil encontrar na grande metrópole paulistana um rio que esteja no seu formato natural ou original. São mais de 4.000 km de rios.
Durante o processo de criação do livro, eles registraram relatos das experiências que tiveram de ruas e rios, montando o emaranhado dos córregos com fotos e ilustrações para brincar com a imaginação de como poderia ser a cidade se os rios fossem abertos. E partiram justamente de alguns pontos, onde ocorrem as expedições de ruas como o Vale do Anhangabaú... Alí, o córrego do Sapateiro que abastece o Ibirapuera, ganhou uma foto comparativa com um desenho de como é hoje e como seria se o rio fosse aberto.
Além disso, o livro mostra e acompanha casos internacionais que mostram como é possível manter os rios abertos, limpos e ainda utilizá-los para lazer e transporte de pessoas nas grandes cidades, como em Nova York, Tóquio ou algumas províncias da Alemanha.
O prefácio do livro é da Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que ressalta “o que José Bueno e Luiz de Campos fazem é a arte da cartografia hidrológica de São Paulo e a traduzem em palavras para que atravesse os tempos, inunde e faça transbordar de conhecimento os muitos rios que foram soterrados no chão e nas memórias”

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