26/05/2022 às 23h15min - Atualizada em 26/05/2022 às 23h15min

Casos de Dengue aumentam em toda a região

A cidade de São Paulo tem tido recorrentes exemplos de baixas e altas temperaturas com poucas chuvas, também a combinação ideal para o surgimento de criadouros do mosquito ‘Aedes Aegypti’, transmissor da dengue e de outras doenças conhecidas como arboviroses (zika, chikungunya e febre amarela). De acordo com entidades da região, a Vigilância Ambiental Lapa Pinheiros confirmou casos de dengue, embora não especifique quantos são – afirma apenas que há notificações em cinco subáreas do distrito administrativo de Alto dos Pinheiros. A SAAP recebeu de moradores, até agora, informações sobre 13 casos. Há casos também no Butantã e Santo Amaro.
Na cidade, o número de ocorrências vinha crescendo até março, em comparação com os anos anteriores. Em abril, os números aumentaram, como é típico do mês, mas haviam crescido mais em 2021. Até o início de maio, foram 4.146 casos. A julgar pela tendência dos últimos anos, estamos no auge da transmissão. Embora seja frequentemente relacionada a chuvas e tempo quente, a dengue se espalha com mais intensidade no outono, em especial em abril e maio. O combate requer ações tanto da Prefeitura quanto dos moradores.
Não podemos deixar de lado os cuidados para evitar a reprodução do mosquito: coloque um pouco de areia nos pratinhos embaixo dos vasos, verifique se a caixa d’água está bem fechada, se não há ralos entupidos ou calhas com água parada.

Confira nove dicas para combater o Aedes aegypti e não contrair a doença:
1. Mantenha a caixa d’água sempre tampada, sem nenhum tipo de abertura. Verifique se há acúmulo de água sobre a tampa; 2. Cuidado com o armazenamento de água em baldes, galões, bacias, tanques, cisternas e outros. Mantenha os recipientes totalmente fechados ou com tela; 3. Elimine os pratos dos vasos de plantas. Substitua a água por terra ou troque a água uma vez por semana, esfregando a superfície do vaso;  4. Cuidado com os cacos de vidros em muros, não tenha pontos com acúmulo de água. Quebre os gargalos e fundos de garrafas e/ou coloque massa de cimento nos locais que acumulem água; 5. Guarde garrafas e pneus virados com a boca para baixo ou tampadas, de preferência em locais secos e com cobertura; 6. Nos bebedouros de animais é importante trocar a água diariamente, lavar e esfregar o recipiente, no mínimo, duas vezes por semana; 7. Ralos e canaletas que não têm uso diário devem ser cobertos com telas que impeçam a entrada de mosquitos ou adicione água sanitária (1/2 copo) ou qualquer desinfetante semanalmente. Na hora da escolha, dê preferência para ralos com tampa abre e fecha; 8.Não acumule entulho de obras, ferragens ou materiais inservíveis, principalmente em áreas abertas, expostos à água da chuva. Mesmo quando cobertos com lonas, verificar se não formaram bolsões que possam acumular água; 9. Mantenha as calhas e lajes sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água. Sempre desentupa as calhas e as mantenha bem niveladas para não acumularem água. É importante criar pontos de saída de água da laje.

Transmissão e sintomas
A transmissão da dengue acontece exclusivamente pela picada do mosquito Aedes aegypti. A fêmea pica o doente e se infecta com o vírus. Depois, pica uma pessoa saudável e inocula o vírus junto com a saliva. Uma vez infectado, o mosquito transmitirá o vírus até o final de sua vida, que dura de 6 a 8 semanas. Existem quatro tipos de vírus da dengue. Isso significa que uma pessoa pode pegar a doença até quatro vezes. O paciente precisa ser monitorado, pois pode apresentar agravamento do quadro clínico. Se apresentar um dos sintomas abaixo, deve procurar atendimento médico imediatamente, pois indicam risco de agravamento: dor abdominal intensa e contínua; Vômitos persistentes; Tontura, principalmente quando está em pé; Sangramentos de mucosa; Sonolência ou muita irritabilidade.

Governo de SP libera R$ 10,7 milhões
O Governo do Estado de SP está investindo R$ 10,7 milhões para ajudar prefeituras no controle da dengue, zika e chikungunya. Os 291 municípios beneficiados foram selecionados com base nos indicadores epidemiológicos e entomológicos. Os recursos serão utilizados em ações de combate à disseminação do mosquito transmissor e monitoramento dos casos notificados.
A iniciativa faz parte do Plano de Contingência para a prevenção e controle da disseminação da Dengue, Zika e Chikungunya. O Estado de São Paulo registrou, em 2022, 153 mil casos de dengue e 119 óbitos. Em 2021, no mesmo período, foram contabilizados 117 mil casos de dengue e 44 óbitos. Até o momento, os municípios paulistas contabilizam 174 casos confirmados de chikungunya e dois casos de zika, sem nenhum óbito.

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