12/08/2021 às 22h35min - Atualizada em 12/08/2021 às 22h35min

Sexta-Feira 13 com um frio de matar

Megan Fox no melhor papel da carreira interpreta uma jovem esposa que viaja de carro até sua cabana isolada e coberta de neve, a fim de comemorar o aniversário de casamento ao lado do marido. O clima romântico ao estilo Cinquenta Tons De Cinza se transforma num pesadelo mortal após a invasão de assaltantes profissionais. Till Death é um longa tenso, cheio de surpresas e alternativas até o final. Apesar do tema batido nos moldes de Jogo Perigoso de Stephen King, na Netflix, a atmosfera de terror e suspense se mantém devido à criatividade do roteiro e a atuação convincente da bela protagonista, engrandecida pelo cenário nevado e o sadomasoquismo que foi por água abaixo, numa época em que o Brasil bateu vários recordes de temperatura negativa com muitos flocos de neve, encantando os céus da região sul. O Chamado da Floresta, disponível no Telecine, é semelhante ao chamado espiritual do herói que se desloca da zona de conforto até a aventura da sua vida. Durante a Corrida do Ouro em 1897, Buck, uma mistura de Collie Escocês com São Bernardo, é capturado a força em sua confortável mansão na Califórnia para ser levado de trem até o Alaska em condições inferiores a de um escravo, de acordo com a obra-prima de Jack London, escrita em 1903, três anos antes de Caninos Brancos. O segundo terço do filme é idêntico ao pesadelo natalino do Snoopy, no qual o nosso querido beagle se junta aos cães mestiços de lobo, provocando uma hilária disputa pela liderança da matilha à frente do trenó. O diretor acerta ao destacar a nobre tarefa de entregador de cartas aos huskies que viajavam por milhares de quilômetros sobre um vasto e tenebroso gelo fino até o limite das forças. Na parte final, Omar Sy passa o comando a Harrison Ford que foi originalmente de Clark Gable e depois de Charlton Heston nas versões anteriores, de modo a transformar Buck numa lenda indígena ao lado dos seus ancestrais conectados aos espíritos misteriosos da floresta. A versão homônima do romance, dirigida por Chris Sanders, é leve, moderna e sucinta, outro clássico da Sessão da Tarde. O novo trabalho de Liam Neeson  aborda uma temática extremamente técnica, lembrando Ford vs Ferrari, Mestre dos Mares e até Mad Max. Dessa vez adentramos ao surpreendente universo dos caminhoneiros que arriscam suas vidas diariamente sobre um oceano congelado em velocidade cronometrada onde qualquer descuido pode ser fatal. Em The Ice Road, Mike (Neeson) e o irmão Gurty (Marcus Thomas) que sofre afasia, são recrutados por Goldenrod (Laurence Fishburne) para levar o equipamento de resgate à trabalhadores presos numa mina canadense de diamantes, antes que o gelo se quebre. É uma pena que a primeira parte do eletrizante suspense de ação, em outubro nos cinemas brasileiros, tenha sido substituída pela típica conspiração política manjada. Um americano solitário administra um bar na Sibéria, visitado por russos e nativos de lá. Nesse thriller psicológico de 90 minutos, Clint relembra a infância traumatizada pelas ordens do pai. Sibéria, dirigido por Abel Ferreira, é uma mistura de Anticristo com O Farol, protagonizados também por Willem Dafoe. A viagem ao subconsciente, inicia-se dentro de uma caverna, relembrando o mito platônico. Ártico, o primeiro longa da carreira do paulistano Joe Penna, foi exibido no Festival de Cannes e está atualmente no Prime Vídeo, enquanto o segundo, Passageiro Acidental, está disponível na Netflix. Na trama de Ártico, Overgård (Mads Mikkelsen) sobrevive por vários dias dentro da fuselagem do seu avião enquanto espera pacientemente pelo resgate. Um piloto de disciplina metódica, a exemplo do Náufrago, no mar, e o personagem protagonizado por Anthony Hopkins, vivendo “No Limite” da selva. Ocorre que ao invés de ser resgatado o engenhoso piloto acaba resgatando uma jovem passageira (Maria Thelma Smáradóttir) dos escombros de um helicóptero. A vasta quietude branca, transforma-se num clima angustiante com pouquíssimos diálogos até o destino final.


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