01/02/2019 às 17h32min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h53min

Estreias da semana - 01/02/19

O incompreendido Vice-Presidente à sombra de um poste   Dick Cheney (Christian Bale, que engordou 18 kg) a começar pelo nome, entrou na política por se sentir um fracassado na vida. No entanto, graças à pressão da mulher Lynne Cheney (Amy Adams) e a ajuda do notório Donald Rumsfeld (Steve Carell), tornou-se chefe de gabinete do presidente Richard Nixon nos anos 70. Com a saúde debilitada devido ao excesso de peso, vez por outra era substituído prontamente por Lynne, sua melhor amiga, mulher de garra e determinação, alicerce fundamental para ele vir a ser o braço direito do apático boneco de cera George W. Bush (Sam Rockwell). Dick Cheney era tímido, antipático, mas eficiente, agindo sempre pelas beiradas por trás das câmeras com muita ousadia. Destaque para os desdobramentos pós 11 de setembro. Existe uma cena hilária na formação e estruturação de seu gabinete antes da posse, referência ao jogo Combate, dos anos 80. Apesar do enredo mostrar os mesmos passos para se chegar ao poder ao estilo “House of Cards”, o roteiro compensa devido às magníficas atuações. São oito indicações ao Oscar. Isso misturado às imagens de arquivo e narrativa em off dando uma dinâmica agradável e divertida com um toque sarcástico pontual, característica de Adam McKay, o mesmo diretor de “A Grande Aposta”.   Vice. Drama. Direção: Adam McKay. (Vice, EUA 2018, 132 min.). 14 anos.   Nota: 4,0   A volta de JLo à sessão da tarde (com spolier)   Há  mais de duas décadas a cinquentona Jennifer Lopez protagoniza, em sua grande maioria, filmes ao estilo de “Sessão da Tarde”, mantendo seu público cativo. Aqui, com algumas sacadas criativas e engraçadas (vale ficar atento), continua linda interpretando Maya, uma insatisfeita vendedora de meia idade que troca de emprego por um salário melhor e novos desafios. Tarefa árdua até ser admitida em uma multinacional, impressionando os colegas, sobretudo o patrão, logo de início. A  exceção de sua principal competidora Zoe (Vanessa Hudgens), a filha adotiva do chefe, que na verdade é sua filha biológica deixada para adoção.   Uma Nova Chance. Comédia romântica. Direção: Peter Segal (Second Act, EUA, 2018, 103 min). 12 anos.   Nota: 2,5   Da euforia ao caos   Gaspar Noé, o mesmo diretor do visceral e nauseante “Irreversível”, esteve em São Paulo para uma entrevista coletiva. Noé revelou ser um sujeito calmo e sereno que apenas se diverte naquilo que faz de melhor, mostrando a realidade e o valor da vida, em vez das milhares de mortes fúteis contida em filmes de ação, contrariando o apelido de misógino que ganhou da imprensa. Baseado em uma história real filmada em menos de 12 horas, “Climax” acompanha a comemoração transformada em tragédia de um grupo de jovens dançarinos em uma remota escola vazia. A característica câmera vertiginosa de movimentos circulares em longos planos sequência está de volta, a fim de valorizar a psicose coletiva dos pândegos. Transtorno desenfreado que aflorou os instintos animais latente nos artistas, típicos de torcida organizada de futebol, suprimindo o possível efeito de LSD misturado à sangria, dito pelo próprio diretor.   Climax. Drama. Direção: Gaspar Noé (França/Bélgica/EUA, 2018, 95min). 18 anos. Nota: 4,0   Sereia e parasita espiritual   Sereia russa mistura mitologia homérica, seduzindo pretendentes ao fundo de um lago, em ritual genérico e pouco elaborado. O claustrofóbico cenário aquático é ponto positivo, em vez da irritante mansão rústica e mal assombrada. No entanto, seu aspecto demoníaco, devido a um passado traumático, tampouco a falta de barbatanas, lembram Samara, a estrela de “O Chamado”. A edição escura, corrida e despreocupada (quase sem nexo) de apenas 88 min diverte, mantendo o espectador ligado até o fim, característica marcante do diretor Svyatoslav Podgayevskiy, de “A Noiva”.   A Sereia - Lago dos Mortos. Terror. Direção: Svyatoslav Podgaevskiy (The Mermaid - Lake of the Dead, Rússia, 2018, 88 min).12 anos.   Nota: 2,5   O Menino Que Queria Ser Rei   A vida do jovem Alex (Louis Serkis) acaba de mudar completamente. Após encontrar a mítica espada Excalibur, todos os seus problemas cotidianos desapareceram: agora ele se tornou o estudante mais imponente de toda a Grã-Bretanha. Mas como grandes poderem sempre chegam com grandes responsabilidades, ele terá que lutar ao lado de seus amigos para derrotar Morgana (Rebecca Ferguson), que ameaça destruir o mundo.   O Menino Que Queria Ser Rei. Aventura. Direção: Joe Cornish (The Kid Who Would Be King, EUA/Inglaterra, 2019, 120min). Livre.
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