25/02/2021 às 23h19min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Como sobreviver ao inimigo indestrutível

Gerard Butler, o eterno espartano Leônidas que derrotou um exército inteiro, dessa vez no papel mais dramático da carreira, vive um frágil pai de família divorciado e com um filho diabético para criar (Roger Dale Floyd, de Doutor Sono), contra um inimigo indestrutível. Na verdade, o adversário a ser combatido, são os fragmentos de um cometa prestes a cair na Terra, um deles, superior ao meteoro que provocou a extinção dos dinossauros. Destruição Final - O Último Refúgio, o filme-catástrofe de baixo orçamento, dirigido por Ric Roman Waugh (Invasão ao Serviço Secreto), foca na homérica maratona angustiante de uma família comum de classe média alta até o abrigo anti-nuclear na Groenlândia, ao invés de focar numa descompromissada ação frenética sem conteúdo. A brasileira Morena Baccarin, que divide a tela com o grandalhão, dá um show de interpretação dramática, roubando a cena em muitos momentos. A trama do longa, disponível no Prime Video, equipara-se ao drama familiar vivido por Tom Cruise em “A Guerra dos Mundos”. Em uma missão de resgate, um batalhão do exército americano é transportado a outro mundo repleto de monstros gigantes à prova de armas militares terrestres. Apenas a fuzileira naval, Artemis (Milla Jovovich) é salva por um nativo caçador de monstros (Tony Jaa), que a partir daí, a capitã, tenta retornar à sua Terra-Natal através do mesmo portal. Com o fim de Resident Evil o diretor Paul WS Anderson, ao lado novamente da esposa-protagonista, promete outra franquia bilionária baseada nos games. A trama de apenas 60 milhões de dólares, com participação relâmpago da brasileira Nanda Costa, foca na relação curiosa e divertida entre a musa da nova Lagoa Azul e o habilidoso bom selvagem. Monster Hunter estreou dia 25 de Fevereiro nos cinemas brasileiros. Nesse sentido, acompanhamos a história verídica do resgate ao piloto de um caça, abatido por tropas sérvias perto da cidade de Mrkonjić Grad, no Natal de 1995, logo após o Acordo de Dayton que encerrou a Guerra da Bósnia entre croatas, sérvios e bósnios após o fim da União Soviética. Atrás das Linhas Inimigas, é um dos melhores filmes de guerra deste século, graças à impecável e inconfundível retórica militarizada, interpretada pelo nonagenário Gene Hackman, ao rebater com frequência os argumentos políticos e diplomáticos do seu superior da OTAN em um dos últimos papéis do ator antes da aposentadoria. As cenas de ação perfeitas expõem perigos inimagináveis durante a solitária jornada do Tenente Burnett (Owen Wilson), enquanto o piloto é perseguido pelo exército sérvio, liderado por um implacável sniper. The Liberator, a nova minissérie homogênea da Netflix, mistura live-action e CGI. A técnica inovadora de rotoscopia, confunde, mas revela uma fotografia linda, impressionante. A trama verídica baseada no livro de Alex Kershaw é sobre a missão do comandante: Félix Sparks (Bradley James), que liderou o batalhão dos "Thunderbirds" por mais de 500 dias da Itália à França antes e depois do Dia D, até o fim da Segunda Guerra de fato, em agosto de 1945. Quem já assistiu a minissérie clássica da HBO, Band of Brothers e o longa: O Resgate do Soldado Ryan, não terá muitas surpresas. Porém, com a guerra já definida, o inimigo dos pobres soldados nacionalistas de baixa hierarquia de ambos os lados, passa a ser o frio intenso nas florestas nevadas e nos campos gelados embranquecidos, enquanto orgulhosos generais de dez estrelas corrompidos pelo poder, ficam atrás da mesa ditando o caos. A melhor reflexão dessa fase burocrática da guerra acontece no diálogo entre dois snipers alemães vestidos de branco: Porque não matamos os inimigos que estão na nossa mira? Porque nós temos ­opções.


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