07/08/2020 às 23h23min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h26min

Dicas de séries e filmes - 07/08/2020

O dia em que Salsicha e Scooby se conheceram Criado por Joe Ruby e Ken Spears em 1969 e denominado pela canção "Strangers in the Night" no trecho em que Frank Sinatra canta "dooby dooby doo", o personagem mais querido da extinta Hanna-Barbera estrela nova animação em 3D, já disponível nas melhores plataformas digitais. Finalmente a Warner Bros. revelou o dia emocionante em que Scooby (Frank Welker) e Salsicha (Will Forte) se conheceram, tornando-se grandes detetives mirins e amigos inseparáveis acima de tudo, ao lado dos companheiros da Mistérios S/A, Fred (Zac Efron), Velma (Gina Rodriguez) e Daphne (Amanda Seyfried), todos esbeltos e inteligentes, sujeitos a falhas como qualquer um, livres dos estereótipos depreciativos do passado. O mais novo mistério a ser solucionado conta com a ajuda inusitada do Falcão Azul (Mark Wahlberg) e Dinamite, o Bionicão (Ken Jeong) contra Dick Vigarista (Jason Isaacs) e seu querido cachorro inseparável Muttley, de inconfundível risada sarcástica, determinados a libertar o mitológico cão de três cabeças, Cérbero, o guardião do mundo dos mortos. Scooby! O Filme. Direção: Tony Cervone. Animação. (Scoob! EUA — 2020, 93 min). 12 anos. Nota: 3,0   O politicamente correto destruiu o humor irreverente universal? Desde o fim da Guerra Fria, a censura implacável do sectarista politicamente correto vem limitando a quase zero a criatividade dos melhores cineastas. O longa dos irreverentes irmãos Bobby e Peter Farrelly (Debi & Lóide e Green Book), disponível no Telecine, foi um dos últimos a conter o clássico humor universal que se perdeu nos antigos desenhos do Pernalonga, que no último dia 27 completou 80 anos, sem vergonha de agradar ou não gregos e troianos. Incluído na lista das 100 melhores comédias de todos os tempos da BBC de Londres e do American Film Institute, justamente por essa quebra de expectativa estereotipada que estamos condicionados. Isso a partir do inusitado convite da loira mais linda do colégio, Mary (Cameron Diaz), ao nerd mais feio, Ted (Ben Stiller), a fim de acompanhá-la ao baile de formatura em razão de toda sua simplicidade altruísta. A família da garota dos sonhos é formada pelo padrasto gozador afrodescendente (Keith David) casado com a mãe loira (Markie Post) e o robusto irmão deficiente intelectual Warren (W. Earl Brown), responsável pelas cenas mais engraçadas, justamente por não ser taxado de vítima quando ridicularizado, revidando naturalmente e de forma inesperada. Treze anos depois, ao se encontrarem em Miami, quando tudo caminhava novamente para um final feliz, aparece o detetive vigarista (Matt Dillon), o jogador de futebol americano, Brett Favre, interpretando a si mesmo, e o deficiente físico com dificuldade de locomoção e espasticidade muscular (Lee Evans) que tira sarro da própria limitação física ao estilo Monty Python. Todos tentando conquistá-la a qualquer custo. Afinal, Quem Vai Ficar Com Mary? Quem Vai Ficar Com Mary? Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly. Comédia. (There's Something About Mary, EUA — 1998, 119 min). 12 anos. Nota: 4,5   Expresso da Meia-Noite — homenagem ao saudoso Alan Parker  A Turquia, desde o Império Romano denominada Constantinopla, encontra-se dividida geograficamente e culturalmente entre o Ocidente e o Oriente. Durante a Guerra Fria foi semicolonizada pelos imperialistas norte-americanos, enquanto a União Soviética, através da aliada guerrilha alevita-xiita infiltrada no país, doutrinava jovens estudantes turcos, semelhante ao Marxismo Cultural aplicado nas escolas e universidades públicas brasileiras até hoje. Essa oposição violentíssima obrigou a severa intervenção militar em 12 de março de 1971, conhecida como "golpe por memorando". Na trama ambientada em 1970, o americano William Billy Hayes (Brad Davis), de apenas de 20 anos, acompanhado da bela namorada Susan (Irene Miracle), é pego no aeroporto de Istambul com 4 kg de haxixe preso ao corpo, condenado a permanecer eternamente em condições subumanas na prisão. Inspirado em Papillon e Robson Crusoé, o persistente presidiário adquire forças tiradas do fundo da alma para fugir daquele inferno sem dar a mão à palmatória, após perceber pacientemente que não podia mais contar com a justiça turca. Adaptado da obra homônima autobiográfica escrita por Billy Hayes e William Hoffer, pelo falecido cineasta no último dia 31, Alan Parker (Mississipi em Chamas, Coração Satânico, Evita, Fama e Pink Floyd - The Wall). Apesar do tema desgastado, Expresso da Meia-Noite (R$ 5,90 no Google Play), vencedor do Oscar de melhor roteiro para Oliver Stone e trilha sonora impactante para Giorgio Moroder, transpôs as barreiras do tempo, graças à grande atuação do protagonista homossexual assumido injustiçado pela Academia, que morreu de AIDS em 1991, aos 41 anos. Davis contracenou com o fantástico John Hart, indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Expresso da Meia-Noite. Direção: Alan Parker. Drama. (Midnight Express, EUA, Reino Unido — 1978, 121 min). Nota: 4,0   Em busca do homem ideal, Amélie Poulain conhece a si mesma Era uma vez uma garotinha solitária, privada de contatos físicos na infância, que nunca frequentou a escola em razão de uma doença no coração. Tudo caminhava para um fim melancólico fugaz até caridosamente ela devolver uma antiga caixinha de lembranças ao dono, já idoso. A partir dessa atitude altruísta, encarando agora a vida de frente, a jovem enclausurada de charme discreto decide ajudar significativamente as pessoas à sua volta, arranjando namoro, trabalho ou apenas quebrando alguns galhos para então poder encontrar o grande amor da sua vida em meio a uma brilhante estratégia. A missão de Amélie (Audrey Tautou), na verdade, é a mesma de cada um de nós, simplesmente amar ao próximo como a si mesmo. A fábula contemporânea do cineasta Jean-Pierre Jeunet, acrescida ao brilhante trabalho do diretor de fotografia, Bruno Delbonnel, resgata uma Paris nostálgica e multicolorida, sem perder o modernismo cosmopolita, combinado a um roteiro dinâmico, sensacional, ótima montagem, edição e mixagem de som. Embora envolto nesse cenário fantástico de cores saturadas, preenchendo espaços como se fossem pinturas, podemos observar detalhadamente o cotidiano de pessoas simples, confundido ao de uma singela cidadezinha do interior de hábitos convencionais, despercebidos. Como catar grãos de açúcar sobre a mesa, estourar bolinhas de plástico, atirar pedras no rio, colecionar fotos rasgadas etc. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, disponível no Telecine, “é um filme sobre o amor, como quase todos os filmes inesquecíveis são. Mas sobre o amor mais puro, mais simples, o amor das almas gêmeas e das semelhanças, o amor sem limites e sem pudores. O amor pelo amor, não por alguma convenção social boba ou pela atração física, que é, afinal de contas, passageira. O amor que vem do fundo mais escondido de nossas almas.” (Caio Coletti - O Anagrama). O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Direção: Jean-Pierre Jeunet. Aventura. (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain). França, Alemanha — 2001, 129 min). 14 anos. Nota: 5,0
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