O desmatamento continua livre em nossa região, pelos incorporadores e construtoras, que conseguem o TCA, um laudo ambiental emitido pela Secretaria do Meio Ambiente, com apoio da CETESB ou ainda outro órgão público e cortam todas as árvores na frente, deixando a região cada vez mais desprotegida de áreas verdes. Moradores denunciam corte indiscriminado na rua Lisboa, entre a Av. Rebouças e Arthur Azevedo de árvores frondosas, que em poucas horas estavam no chão, amparados pela antiga e nova Lei de Zoneamento. No Butantã, no bairro do Caxinguí, a Construtora Cyrela deve fazer o mesmo na Rua Quitanduba, 126, com frondosos ‘ficus’ e outras espécies que serão mortas. Ainda em Pinheiros, a Even Construtora derrubou toda as casinhas entre as ruas Harmonia e Rodésia, junto com árvores frutíferas, que serão tomados por prédios e mais prédios. E moradores do Condomínio Edifício Maison Florence, localizado na Rua Capote Valente, 900 em Pinheiros, relatam graves transtornos causados por obra da Construtora Mitre. Além do barulho constante e da poeira, o edifício tem sido afetado por tremores frequentes, gerando preocupações sobre a segurança estrutural do prédio. Tudo em benefício do progresso. A Construtora Tegra comprou parte do terreno pertencente ao Colégio Salesianos, situado a Rua Pio XI e que ocupa um quarteirão, para construção de um empreendimento imobiliário. A parte comprada, foi justamente a área referente a um bosque com dezenas de árvores centenárias e de grande porte que abrigam também uma grande diversidade de pássaros. Vale ressaltar, que o mesmo é protegido pelo Decreto 30.443 de 20/09/1989 no seu art 4o como Patrimônio Ambiental. "Temos a chance de lutar pela preservação deste pulmão verde da nossa cidade. Assine esta petição, espalhe para conhecidos. É urgente. Se você não mora na região, mas se preocupa com a perda de grandes áreas verdes, junte-se a nós! Nossas árvores estão em perigo!"
Obras avançam as 22 horas da construtora Mitre Relatos indicam que, em diversas ocasiões, os trabalhos da obra se estenderam além do horário permitido, ultrapassando as 22h, afetando o descanso dos residentes. A situação tornou-se mais alarmante quando, no dia 10 de agosto, uma moradora do oitavo andar relatou um forte solavanco que fez o sofá em que estava sentada levantar do chão. Ao buscar explicações, essa mesma moradora foi informada por operários que o trabalho de impacto estava ocorrendo sem a supervisão de um engenheiro ou mestre de obras.
Danos à estrutura O episódio levantou preocupações sobre os possíveis danos à estrutura do edifício e a segurança dos moradores, que incluem idosos, crianças e pessoas em home office. Moradores temem que os tremores possam causar danos irreparáveis ao prédio, colocando em risco a habitabilidade do local. Diante da gravidade da situação, os residentes do Maison Florence solicitam que a Mitre adote providências imediatas, incluindo uma reunião com o engenheiro responsável pela obra para esclarecer os impactos e medidas preventivas.
Resposta da empresa Procurada pela redação, a empresa emitiu a seguinte nota: “A Mitre Realty esclarece que todos os empreendimentos executados pela incorporadora, incluindo o Essência Brasileira by Haus Mitre, seguem à risca as normas técnicas vigentes, garantindo a utilização dos melhores procedimentos de engenharia para a execução das contenções, de modo que não existam riscos à vizinhança. Além disso, informa o seu compromisso para que o time de obras atue de segunda a sexta, das 7h às 19h, e aos sábados, das 8h às 14h. A incorporadora tem um canal aberto com toda a vizinhança. Inclusive, realizou uma reunião recentemente com a síndica e duas moradoras do Condomínio Edifício Maison Florence, para esclarecer os itens mencionados. A Mitre reitera o seu comprometimento com a qualidade dos serviços e segue à disposição do Condomínio e vizinhança para quaisquer esclarecimentos.”