16/08/2024 às 19h03min - Atualizada em 16/08/2024 às 19h03min

​Avançam as obras de construção do complexo viário que vai ligar Pirituba à Lapa

Estrutura é reivindicada pelos moradores há mais de 40 anos e vai beneficiar 78 mil pessoas diariamente; tempo de trajeto entre terminais Pirituba e Lapa será encurtado em até 36 minutos por dia

Com prazo de execução previsto para dezembro de 2026 e investimento de R$ 367 milhões, a construção da Ponte Pirituba, que foi retomada em janeiro deste ano, contempla mais do que apenas a estrutura para transpor o Rio Tietê: ela forma um complexo viário, que inclui o alargamento da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e a implantação de seis faixas de rolamento, três em cada sentido, sob a linha férrea. 

Reivindicado pelos moradores de Pirituba há mais de 40 anos, o empreendimento, que irá interligar os dois lados da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães por uma ponte sobre o Rio Tietê, beneficiará cerca de 78 mil pessoas que utilizarão o acesso diariamente. Além disso, a construção vai desafogar o trânsito nas pontes da Anhanguera e do Piqueri, assim como nas conexões com a Marginal Tietê. 

A obra é fundamental para melhorar a mobilidade entre a Lapa, na Zona Oeste, e Pirituba, na Zona Norte. Além disso, vai beneficiar principalmente quem utiliza transporte público. De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), Marcos Monteiro, haverá um ganho de tempo dos ônibus. 

“Em termos de mobilidade, o ganho é inegável com as faixas exclusivas de ônibus, isso vai dar uma maior velocidade para o transporte público e também terá a ciclovia. Haverá ganhos também para os veículos, principalmente para quem tem a necessidade de cruzar o rio. Agora vai ter um acesso adicional, desafogar as outras pontes”, explicou Monteiro, durante vistoria às obras nesta sexta-feira (16). 

No momento, no lado da Lapa, estão em curso os trabalhos na Alça Sul, com a implantação do sistema de drenagem e pavimentação. No lado de Pirituba, estão sendo implantados o apoio 2 da estrutura da futura ponte sobre o rio Tietê, além da readequação de imóveis lindeiros à Av. Raimundo Pereira de Magalhães. 

“As obras estão andando muito bem. Uma das preocupações era ver justamente se tem algum gargalo de execução. Os projetos estão sendo desenvolvidos a contento. Acho que a população dos dois lados está satisfeita com a retomada da obra.” 

Estudos de Tráfego mostram que, com o remanejamento de linhas de ônibus da região para o novo viário, os usuários do transporte público terão suas viagens encurtadas em até 36 minutos por dia entre os terminais Pirituba e Lapa. Já os usuários do transporte individual ganharão cerca de 15 minutos diários.  

Ações Planejadas 
O projeto prevê a implantação de uma ponte sobre o rio Tietê e seus acessos, totalizando 900 metros de extensão para a interligação entre os bairros de Pirituba e Lapa. A estrutura terá início na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do condomínio Projeto Bandeirante, e seguirá pela Vila Anastácio até a Rua Campos Vergueiro. Ela contará com mão dupla, ciclovia e faixa exclusiva para ônibus. 

Além da construção da ponte, o projeto completo também abrange a implantação de três quilômetros de ligação viária.  

O trecho da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães que percorre a Vila Anastácio, atual gargalo de saída do bairro da Lapa para a Marginal Tietê, será alargado e receberá as seguintes melhorias em toda sua extensão: 

Três faixas de circulação em ambos os sentidos, sendo uma faixa exclusiva para ônibus; 

Canteiro central com ciclovia; 

Obras de 900 metros de galerias de drenagem complementares para garantir a captação adequada das águas pluviais.  

Também estão previstas a construção de um binário de acesso ao Terminal Lapa e de uma nova passagem inferior sob a linha férrea da CPTM (Linha 8 – Diamante), com faixas para veículos, ônibus, passeio para pedestres e ciclovia. 

Histórico 
As obras do complexo viário Pirituba-Lapa foram suspensas em 9 de abril de 2020 por decisão judicial, após liminar obtida pelo Ministério Público pedindo a anulação da licença ambiental e a ordem de serviço da construção. Desde a paralisação, foram gastos de cerca de R$ 3,5 milhões com serviços de manutenção e segurança nos canteiros desativados.

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