05/09/2024 às 22h20min - Atualizada em 05/09/2024 às 22h20min
Onde estão os esclarecimentos sobre a concessão do Aeroporto de Congonhas?
A Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal de São Paulo aprovou um requerimento solicitando a presença de representantes da ‘Aena Brasil’, concessionária do Aeroporto de Congonhas, para esclarecer os impactos da concessão na mobilidade urbana da região. O convite, proposto pelo vereador Adilson Amadeu (MDB), destaca a necessidade de discutir os planos da concessionária para melhorar o fluxo de trânsito, incluindo reorganização de vias, táxis e carros de aplicativos no entorno do aeroporto. No entanto, já se pode dizer que esses esclarecimentos caminham a passos lentos.
Expansão sem infraestrutura
O Aeroporto de Congonhas, o segundo mais movimentado do Brasil, passou por um processo de concessão em 2023, com a Aena assumindo sua gestão. A concessionária tem planos ambiciosos de expansão, incluindo a construção de um novo terminal que dobrará a capacidade de atendimento até 2028. No entanto, essas melhorias levantaram preocupações sobre os impactos no trânsito local, especialmente em uma área já congestionada e densamente povoada.
Problemas de trânsito
O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), que também participou das discussões, expressou ceticismo quanto às soluções propostas pela concessionária, questionando a capacidade de resolver os problemas de trânsito existentes. A Aena Brasil, por sua vez, afirmou que os projetos estão em fase de desenvolvimento e que as obras respeitarão as exigências de licenciamento e compensação urbanística.
Com a expansão, o aeroporto poderá aumentar em 70% o número de embarques, mas os impactos na mobilidade permanecem como uma preocupação central. A integração do terminal aéreo com a futura linha 17-Ouro do Metrô, prevista para 2026, é vista como uma solução parcial, mas o sucesso das obras dependerá de uma coordenação eficaz entre as partes envolvidas e da atenção às necessidades da população local. A Gazeta de Pinheiros continua acompanhando o caso.