05/09/2024 às 22h17min - Atualizada em 05/09/2024 às 22h17min

​Parklets incomodam transeuntes, dificultam deficientes e são riscos para motoristas

A expansão dos parklets em São Paulo, especialmente em regiões como Pinheiros, Vila Madalena, Itaim, Butantã e Santo Amaro, tem gerado um debate acirrado entre moradores e comerciantes. Essas estruturas, originalmente concebidas para oferecer espaços de lazer e convívio social, têm sido criticadas por seu impacto na mobilidade urbana e na segurança.

Excesso de parklets
Embora a ideia de transformar vagas de estacionamento em áreas de convivência não seja necessariamente ruim, muitos moradores apontam para o excesso na instalação desses parklets. Conforme apurado pela Gazeta de Pinheiros, alguns parklets ultrapassam as dimensões previstas, ocupando mais espaço do que um carro e sendo frequentemente instalados em esquinas, o que aumenta o risco de acidentes. Além disso, muitos desses parklets acabam se tornando extensões de bares, funcionando como fumódromos que congestionam as calçadas e dificultam a passagem dos pedestres, especialmente de cadeirantes.

Opiniãode moradores
A Gazeta de Pinheiros conversou com Leonardo Barém Leite, morador da região, sobre a situação dos parklets.
Como você vê a questão dos parklets na região de Pinheiros, especialmente em ruas como João Moura e Lisboa?
“Pensando na região de Pinheiros, não se trata apenas do bairro em si, mas também de áreas próximas, como o Largo da Batata, Vila Madalena e até partes mais baixas, perto da Marginal. Nesses locais, os parklets têm gerado algumas preocupações. Um exemplo é a Rua João Moura, na esquina com a Rua Azevedo. Há uma padaria ali, e o parklet instalado acaba com a calçada. Isso é um problema sério, especialmente para cadeirantes, pessoas cegas ou qualquer pessoa com mobilidade reduzida, que não conseguem mais passar, pois o parklet ocupa toda a base da calçada.”
“Além disso, em ruas já estreitas, como essas, os parklets instalados em esquinas dificultam as manobras de veículos, tornando perigoso fazer curvas. Isso também ocorre na Rua Lisboa, em dois pontos específicos: perto da Praça Benedito Calixto, onde há um parklet logo no início da rua, e em frente a um restaurante argentino, na esquina da Lisboa com a Rua Teodoro Sampaio. Nesses casos, o parklet ocupa toda uma faixa, e quem tenta fazer a curva encontra dificuldades.”

Em sua opinião, qual seria a solução para essas questões?
“Acredito que uma solução eficaz seria uma fiscalização mais rigorosa e uma melhor regulamentação dos parklets, especialmente em ruas estreitas e em esquinas. Também é essencial educar a população sobre o respeito às vagas especiais e garantir que haja penalidades para quem não segue as regras. Isso poderia melhorar muito a mobilidade e a acessibilidade na região.”

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