28/02/2020 às 16h20min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h36min

Estreias no Cinema - 28/02/2020

Superman salva o planeta das atrocidades comunistas para Luthor governá-lo (com spoliers)   Entre a Foice e o Martelo, apesar de muito corrido o melhor longa animado produzido por Bruce Timm até agora (em breve nas plataformas de streaming) inicia e termina bem diferente da Graphic Novel de Mark Millar, mantendo a essência. Logo, na típica entrevista exclusiva entre o Homem de Aço e a mulher de Lex Luthor, Lois Lane, representante de uma imprensa livre, é revelado o ultrassecreto “holocausto comunista” em campos de trabalhos forçados (Gulags) que os russos tentam esconder da humanidade até hoje. Transtornado como um Lorde da Justiça por ter sido enganado pelo genocida Stalin, o ingênuo e mal esclarecido alienígena da fazenda abre à força a Cortina de Ferro, e mais tarde destrói o recém construído Muro de Berlim, exterminando de vez o comunismo. Entretanto, logo passa a ser facilmente manipulado pelo sagaz Lex Luthor e por Brainiac. Batman, um terrorista soviético fundamentalista ajudado pelos “batmens black blocs”, opõe-se ao regime tirânico de Superman, que agora controla a mente dos compatriotas usando lobotomia. Revoltada ao saber disso, a seletiva Mulher-Maravilha isola-se novamente dos problemas e responsabilidades dos homens na utópica Ilha Paraíso. Será que o mundo vai acabar?   Nota: 4,0   Um Homem invisível pode cometer crimes à vontade sem ser punido porque ninguém estará olhando   Esse conceito moral surgiu em “A República” de Platão no capitulo “O Anel de Giges" que inspirou J. R. R. Tolkien a escrever O Senhor dos Anéis. No ramo da ficção científica, complementando a ideia de Platão, o genial precursor foi H.G. Wells, em 1897, baseado no poema “The perils of invisibility” de W. S. Gilbert. Não foi à toa que o personagem desse poema, o velho Peter, dividido entre a saúde, a riqueza ilimitada e a invisibilidade, escolheu o terceiro desejo concedido pela fada Picklekin. No cinema, o longa mais fiel foi O Homem Invisível, de 1933, o mais engraçado foi o estrelado por Chevy Chase, Memórias de um Homem Invisível, e o de enredo mais científico foi O Homem Sem Sombra. No ramo dos quadrinhos, o simplório “O Ninguém” ilustra e aprofunda o clássico em uma nova perspectiva filosófica, inovadora. Já o novo terror psicológico do mesmo diretor de Sobrenatural: A Origem, Leigh Whannell, é honesto e despretensioso, cujo orçamento foi de apenas 9 milhões de dólares. Na trama, ao estilo do thriller Dormindo com o Inimigo, o obcecado marido controlador Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen) passa a perseguir a esposa sufocada (Elisabeth Moss) após ela fugir de casa. Um tema importante sobre abuso sexual feito com muito esmero, graças a grande atuação de Elisabeth Moss que tem tudo para desencalhar o Universo dos Monstros da Universal.   O Homem Invisível. Direção: Leigh Whannell. Terror de Suspense. (The Invisible Man, EUA/Austrália, 2020 - 124min). 14 anos.   Nota: 3,5   Al Pacino transforma-se em um Batman judeu   O decano Al Pacino finalmente aderiu a febre dos seriados interpretando um Bruce Wayne envelhecido, semelhante ao da premiada animação Batman do Futuro. Esse idealista milionário chamado Meyer Offerman formou um grupo de judeus que conviveram em Auschwitz sedentos por vingança há 30 anos, ignorando os avisos dos espíritos de entes queridos que já se foram. A nova série da Amazon Prime foi produzida pelo diretor sarcástico, revolucionário e sem fé na humanidade, Jordan Peele. Entretanto, o didatismo ideológico excessivo e desnecessário deixou a maioria dos vigilantes dessa liga extraordinária de bastardos inglórios, e alguns anti-heróis e vilões à parte, quase sem função nessa arrastada primeira temporada. À exceção de Meyer e seu prodígio aprendiz amante dos super-heróis da cultura pop, ao estilo de Stranger Things, Jonah Heindelbaum (Logan Lerman), felizmente roubam a cena ao lado da incorruptível agente do FBI Millie Morris (Jerrika Hinton) e dos geniais nazistas sociopatas Travis Leich (Greg Austin) e Biff Simpson (Dylan Baker), os dois últimos contratados secretamente para ocupar altos cargos do governo americano antes dos comunistas contratá-los para seu serviço de inteligência.   Nota: 3,0   Contagem regressiva para a sua morte   Um aplicativo ocultista que lembra a figura de Baphomet (mistura de O Chamado e Premonição) amaldiçoa o usuário a partir de uma contagem regressiva mortal que poderá durar vários anos ou apenas algumas horas. Dos últimos filmes de terror sobre chats ou aplicativos demoníacos esse é o mais sensato e melhor fundamentado, justamente por não se levar a sério com sutis e divertidas autocríticas em homenagem à cultura pop. O aplicativo já está disponível para ser baixado, gratuitamente. Quem se candidata a desafiar a morte?   Hora da Sua Morte. Direção: Justin Dec. Terror. (Countdown, EUA - 2019, 90min). 14 anos.   Nota: 3,0


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