24/01/2020 às 16h14min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Estreias do Cinema - 24/01/2020

Com 10 indicações, 1917 é favorito ao Oscar de Melhor Filme   Arte na Primeira Guerra Mundial   O novo capítulo cinematográfico sobre a Primeira Guerra Mundial ocorre especificamente em 06 de abril de 1917. A trama relembra o hercúleo esforço do mensageiro ateniense Fidípidesque que teria percorrido 246 quilômetros em 2 dias por um terreno acidentado entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos conterrâneos a vitória contra os persas, temendo que os derrotados se vingassem contra a cidade desprotegida. Sua morte por exaustão deu origem à ultramaratona esportiva. O mesmo diretor de 007 - Operação Skyfall resolveu fugir dos típicos e vertiginosos combates de um front a outro (apenas) para relatar as histórias vividas pelo avô Alfred Mendes, utilizando belíssimas imagens de natureza bucólica, como cachoeiras deslumbrantes, campos arborizados e ruínas históricas. Em destaque, a missão quase impossível dos cabos: Schofield (George MacKay - Capitão Fantástico) e Blake (Dean-Charles Chapman - Game Of Thrones), encarregados de entregar uma mensagem urgente a fim de cancelar a ofensiva de 1.600 soldados ingleses contra os alemães, que recuaram estrategicamente visando atraí-los para uma emboscada mortal. O longa dirigido por Sam Mendes “1917”conquistou 10 indicações ao Oscar, empatado com Era uma Vez em… Hollywood e O Irlandês, atrás do líder Coringa com 11; devido aos incríveis planos-sequência de até 9 minutos focado nos protagonistas. Isso até expandir o ângulo de visão revelando amplos cenários, surpreendentes. Em virtude dessa grandiosa técnica artística, romantizada, tirou-se o respectivo peso dramático que um filme de guerra merecia, especialmente do meio para o final.  

  1. Direção: Sam Mendes. Guerra. (EUA/Inglaterra, 2019, 119min). 14 anos.
  Nota: 3,5   A casa das cinco adoráveis mulheres   Após assistimos deslumbrados à trindade feminina formada em “O Escândalo” (3 indicações) e à incrível gama de atores competentes "suspeitos" em “Entre Facas e Segredos” (indicado a Melhor Roteiro Original) é a vez de outro galáctico elenco de carinhosas "Mulherzinhas" se reunir. "Adoráveis Mulheres" é a oitava adaptação cinematográfica da escritora Louisa May Alcott, que conquistou 6 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme. Empatado com Jojo Rabbit, História de um Casamento e Parasita. O roteiro adaptado em flashback (indicado também) foi elaborado pela também diretora e atriz Greta Gerwig. Na trama, Jo aspira ser escritora (Saoirse Ronan - Indicada a Melhor Atriz), enquanto as outras irmãs: Beth, pianista (Eliza Scanlen), Amy, pintora (Florence Pugh - Indicada a Melhor Atriz Coadjuvante) e Meg, atriz (Emma Watson). A fotografia alterna cores vibrantes e mórbidas diferenciando o pretérito romântico quando todas ainda se encontravam reunidas ao lado da mãezinha (Laura Dern) ajudando a sustentar a casa em razão da ausência do pai (Bob Odenkirk - Better Call Saul); em contraste com a época atual após seguirem o próprio caminho. Quatro Irmãs independentes e de bem com a vida, tentam ser autênticas numa sociedade pomposa em guerra civil, sem dispensar a companhia masculina, apesar de todas as dificuldades. Meryl Streep interpreta a mal humorada tia rica desnaturada.   Adoráveis Mulheres. Direção: Greta Gerwig. Drama. (Little Women, EUA, 2019, 135min). 10 anos.   Nota: 4,0   Piegas ao invés de comovente   Tom Hanks rouba a cena novamente para conquistar mais uma indicação ao Oscar, dessa vez como Melhor Ator Coadjuvante, graças ao clássico tom cantado, meigo e pausado de falar que amamos. Nosso eterno Forrest Gump imita igualzinho o falecido apresentador Fred Rogers, muito popular na TV americana de 1968 a 2001. Na trama, o simplório astro ajuda o taciturno jornalista investigativo Lloyd Vogel (Matthew Rhys) a fazer as pazes com o pai moribundo (Chris Cooper). Tema familiar objetivo e extremamente didático envolto em um cenário sessentista que se confunde à maquete do seu programa infantil intitulado: Mister Rogers Neighborhood. Em oposição à ficção científica Ad Astra (indicado a Melhor Mixagem de Som) que aborda o mesmo tema com profundidade e simbolismos filosóficos contendo várias camadas interpretativas.   Um Lindo Dia na Vizinhança. Direção: Marielle Heller. Cinebiografia dramática. (A Beautiful Day in the Neighborhood, EUA/China, 109min). 12 anos.   Nota: 2,0   Will Smith é o primeiro James Bond negro?   Após Idris Elba ser cogitado para substituir Daniel Craig, é a vez de Will Smith, usando cavanhaque à lá Tony Stark, encarnar James Bond, ou melhor, “Um Espião Animal”, contra o vilão clássico com dentes de metal (Jaws), auxiliado por um atrapalhado jovem cientista e inventor (muito bem dublado por Tom Holland). Smith dubla o agente secreto esnobe, Lance, que vira um pombo acidentalmente e aprende a ser humilde, enquanto foge da polícia acusado de um crime que não cometeu. Animação pipoca para desligar o cérebro e curtir.   Um Espião Animal. Direção: Nick Bruno e Troy Quane. Animação. (Spies in Disguise, EUA, 2019, 102min). Livre.   Nota: 2,0         Adoniran, meu nome é João Rubinato   Adoniran Barbosa (1910-1982), autor de sucessos como "Trem das Onze" e "Saudosa Maloca", carrega o título de maior sambista paulista de todos os tempos. Tendo a cidade de São Paulo como a personagem principal de suas canções e radionovelas, o documentário traça um paralelo entre a metrópole de hoje e aquela vivida por Adoniran. Numa jornada por seu universo criativo, cheio de controvérsias alimentadas por ele mesmo, revela-se, por trás da figura pitoresca e de fala engraçada, um artista profundamente sensível às mazelas do povo.   Adoniran — Meu Nome É João Rubinato. Direção: Pedro Serrano. Documentário biográfico. (Brasil, 2018, 92min). 12 anos.
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