17/01/2020 às 15h31min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Estreias do Cinema 17/01/2020

Jumanji 2 - os veteranos Danny DeVito e Danny Glover entram no jogo    Jumanji — Próxima Fase, sustenta-se em razão da mesma fórmula de sucesso do anterior somado a novos Avatares, cenários antagônicos que variam entre um deserto escaldante e o frio alpino insuportável, mantendo o mesmo espírito aventureiro da selva. Novamente o carisma e as habilidades físicas de Dwayne Johnson e da “Nebulosa” Karen Gillan, que esteve em São Paulo nesta semana para divulgar o filme em uma entrevista coletiva bastante agradável, confirmando todo esse carisma e simpatia ao vivo. Na trama, os heróis ganham novas habilidades, sobretudo, o poder de transmutar em outros corpos, engrandecendo o talento do insuperável Jack Black e da rapper Awkwafina, que reprisa seu ótimo tempo de comédia de "Podres de Ricos" imitando muito bem o trejeitos de Danny DeVito. Contudo, quem rouba a cena mais uma vez é o hilário comediante Kevin Hart imitando a mansuetude de Danny Glover, comportamento insuportável nos estressantes "Tempos Modernos" que vivemos fugazmente sem desfrutar “nem um i ou um til”, como disse Jesus. Ótimas reflexões sobre as sábias e românticas experiências de vida dos idosos que desconhecem os frenéticos videogames de hoje.   Jumanji — Próxima Fase. Direção: Jake Kasdan. Comédia. (Jumanji: The Next Level, EUA, 2019, 123min). 12 anos. Nota: 3,5   As duas faces de Eva perante o imperativo masculino   Em 2016, durante a corrida presidencial que elegeria Donald Trump presidente, adentramos nos bastidores da Fox News, repleto de belas mulheres exibindo pernas torneadas, símbolos da emissora, na época dirigida pelo voyeur canastrão Roger Ailes (John Lithgow). Natural jogo de poder e ambição do CEO que soube explorar muito bem os atributos femininos a fim de conquistar altos níveis de audiência e satisfação pessoal. Enquanto do outro lado da pirâmide as ardilosas subalternas, conscientes do próprio poder de sedução, aspiram chegar ao topo pisando ou não nas colegas. Ambiente tóxico degenerativo comum em qualquer grande empresa, aqui associado, principalmente, à simpatia da emissora pelo Partido Republicano. Vício inerente hollywoodiano que, em contrapartida, blinda o Partido Democrata, o mesmo criador das Leis segregacionistas Jim Crow. A trama retrata a ascensão de Megyn Kelly (Charlize Theron) e Gretchen Carlson (Nicole Kidman), duas lindas e competentes âncoras do telejornalismo, cortejadas a todo momento por Roger, decidem processá-lo ao serem ameaçadas de perder o cargo que sustenta a família. A irreconhecível Charlize foi Indicada a Melhor Atriz e contribuiu para o longa do mesmo diretor de Virada no Jogo, Jay Roach, a indicação de Melhor Cabelo e Maquiagem. “O Escândalo”, tem momentos dúbios e complexos, evidenciando, sobretudo, a grandiosa interpretação expansiva da ambiciosa personagem ficcional interpretada por Margot Robbie, favorita a Melhor Atriz Coadjuvante.   O Escândalo. Direção: Jay Roach. Drama. (Bombshell, EUA/Canadá, 2019, 119min). 14 anos.   Nota: 3,5.   O Papa careta e o Papa moderninho vão à festa do Oscar   A competente direção de Fernando Meirelles (Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira) somado a contundente interpretação dos dois aclamados protagonistas (Jonathan Pryce e Anthony Hopkins - indicados ao Oscar de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, respectivamente) irá comover, sobretudo, àqueles que vivenciaram a conturbada transição papal entre a morte do médium anticomunista João Paulo ll em 2005 até a posse do humanista Jorge Mario Bergoglio em 2013. O Papa Francisco sente-se culpado até hoje por não ter impedido a prisão de jesuítas argentinos durante a ditadura militar a partir de 1963. Atitude neutra e universalista que o condenou ao ostracismo devido a volta da esquerda peronista que domina o país há 90 anos após a redemocratização do país em 1973. O Pontífice atualmente tem se esforçado ao máximo a fim de simplificar de uma vez por todas os dogmas e rituais classistas que afastaram a Igreja Católica do povo, principalmente, do cristianismo primitivo iniciado por Jesus. Em oposição às ideias pragmáticas do bem-intencionado Joseph Ratzinger (Bento XVI) ainda enclausurado em seu mundinho medieval. “Dois Papas” de comportamentos antagônicos que, através do contraste, se tornaram grandes amigos. Abordagem brilhante pelo diretor brasileiro em tons discretos de alívio cômico.   Dois Papas. Direção: Fernando Meirelles. Comédia dramática biográfica. (Reino Unido, Itália, Argentina, EUA 2019,126min). 14 anos. Nota: 4,0   O casamento nasce digno de um Oscar até os advogados corrompê-lo     O casal Nicole (Scarlett Johansson - indicada a Melhor Atriz) e Charlie (Adam Driver - indicado a Melhor Ator) mantém sempre o mesmo respeito e admiração mútua, mas em razão da desgastante convivência cotidiana resolvem morar em casas separadas. Ocorre que Nicole irracionalmente sob violenta emoção inicia o conturbado processo de divórcio. Eis que surge então a oportunidade ideal à sua sagaz advogada Nora Fanshaw (Laura Dern - Indicada a Melhor Atriz Coadjuvante) de se locupletar em cima dos maternais pombinhos, explorando no tribunal a guarda compartilhada do filho pequeno Henry (Azhy Robertson) à mãe. Enquanto na prática “apenas” mais pobres, o ex-casal arrependido ignora todo o protocolo judicial agindo por conta própria tendo feito muito barulho por nada. A nova aposta da Netflix (A História de um Casamento) recebeu 6 indicações, incluindo Melhor Filme, Trilha Sonora e Roteiro Original, do diretor e roteirista, Noah Baumbach, o mesmo de “Frances Ha”).   História de um Casamento. Direção: Noah Baumbach. Drama. (Marriage Story, EUA, 2019, 136min).   Nota:4,0     O Farol, Playmobil - O Filme, Minha Mãe é Uma Peça 3, o novo longa de Clint Eastwood e Kursk - A Chernobyl subaquática   Entre as estreias de janeiro temos o dramático:  Kursk - A Última Missão, denunciando a maior tragédia subaquática da história, promovida pelas autoridades russas, incapazes de pedir ajuda estrangeira para resgatar os tripulantes do “inafundável” submarino russo Kursk que afundou a apenas 108 metros de profundidade em razão da precária tecnologia, já que todos os rublos foram gastos a fim de sustentar a mentirosa guerra cultural ideológica marxista. A ótima animação: Playmobil - O Filme, faz uma viagem através do tempo sem máquina do tempo numa realidade de brincadeira. Temos o terror de suspense psicológico em preto e branco, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia, protagonizado pelo "Duende Verde" Willem Dafoe e o "crepuscular" e novo Batman. Robert Pattinson: O Farol foi inspirado no Conto do Velho Marinheiro, popularizado na longa canção da banda Iron Maiden. A divertida comédia nacional politicamente incorreta Minha Mãe é uma Peça 3 ultrapassou a bilheteria de Frozen 2, o grande esnobado do Oscar por não ter sido indicado a Melhor Animação, apenas a Melhor Canção Original: "Into The Unknown". Ao contrário do novo longa de Clint Eastwood - O Caso Richard Jewell, indicado a Melhor Atriz Coadjuvante: Kathy Bathes. O Oscar 2020 acontece domingo, dia 9 de fevereiro. Acompanhe o especial do Oscar também nas próximas edições.
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