13/12/2019 às 17h22min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Estreias no Cinema - 13/12/2019

Star Wars: o desfecho surpreendente da Saga Skywalker contra o Imperador Palpatine (sem spoilers)   Star Wars: Episódio IX: A Ascensão Skywalker acompanha o desenrolar dos eventos do polêmico e um tanto atrapalhado “Os Últimos Jedi” revivendo o tom fatalista do excepcional “Rogue One”. Este novo capítulo conseguirá maravilhar o público em razão dos efeitos visuais, veículos e criaturas fantásticas fazendo jus à franquia. O diretor do reciclado “Despertar da Força”, J.J. Abrams, derrama sobre os ombros da nova geração os traumas do passado deixado pela saudosista geração setentista de “Uma Nova Esperança” após destruírem a Estrela da Morte. Retornar a esta relíquia assombrada tendo que enfrentá-la novamente não deixa de ser uma óbvia metáfora, incrivelmente cinematográfica, mesmo que isso aconteça literalmente entre inúmeras explosões e combates de sabres de luz. Poe Dameron (Oscar Isaac), finalmente sai do cockpit aderindo substancialmente ao restante da Resistência Rebelde que sobreviveu após a morte o Líder Supremo Snoke e sua guarda, enquanto Finn (John Boyega) se torna um soldado ainda mais capaz, dando mais sentido ao arco do personagem. A imortal Princesa Leia ganha efeitos de rejuvenescimento digitais através de imagens de arquivo da falecida atriz Carrie Fisher que fazem a técnica utilizada no recente “O Irlandês” parecer de um desenho animado. Já o aguardado duelo final entre Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver) dentro da famigerada espaçonave entrará para os anais do cinema em um momentos mais marcantes de toda a história Star Wars.   Star Wars: Episódio IX: A Ascensão Skywalker. Direção: J.J. Abrams. Ficção científica. (Star Wars: Episode IX: The Rise of Skywalker, EUA, 2019.142 min). 12 anos.   Nota: 4,0   O Natal que acabou com a polarização do "Nós contra Eles"   A primeira animação da Netflix é ambientada em Smeerensburg, acima do Círculo Ártico. Essa “Terra de Ninguém” sempre coberta por um denso nevoeiro é dominada por duas famílias rivais há séculos: os Ellingboes e os Krums, aterrorizando turistas e desunindo os moradores locais. Ódio mesquinho que estagnou o aprendizado dos habitantes, principalmente das crianças, após o fechamento da única escola transformada em uma peixaria por falta de alunos desinteressados em estudar. Isso até o novo carteiro mimado Jesper ( Rodrigo Santoro) encorajá-las a escrever cartinhas visando atingir a meta pessoal de 6.000 cartas por ano. No fundo, ser gentil e fazer o bem focado no progresso cultural, moral e fraternal da população era o que realmente incomodava os dois líderes das duas famílias que acabaram se unindo contra Jasper, ansiosos pela volta do status quo em prol da mediocridade.   Klaus. Direção: Sergio Pablos. Animação. (Espanha, 2019, 96 min). Livre.   Nota: 4,5   Barrabás, apóstolo redimido do Cristo?   O presidente Vladimir Putin trouxe de volta ao seu país a Igreja Ortodoxa (excluída no regime comunista após a execução de 1.200 padres a mando de Stalin), agregado a importantes produções bíblicas de moral cristã como essa. O longa humaniza o ladrão e assassino Barrabás que se redime auxiliando os apóstolos do crucificado Messias na Sexta Feira 13 de Lua cheia. Na trama, o revolucionário é apaixonado pela irmã de Judas, a vaidosa Judith, que já tem o coração prometido a Caifás, o Sumo Sacerdote que prendeu Jesus e influenciou Pôncio Pilatos a não libertá-lo, apesar dos sinceros apelos da santa esposa do governador romano, Cláudia Prócula. De acordo com o livro: Boa Nova do Espírito Humberto de Campos, Judas Iscariotes também foi tapeado por Caifás que lhe havia prometido um cargo especial no Sinédrio. O plano do mercantilista suicida era aliar-se aos romanos rebeldes e às lideranças judaicas que, após a prisão de Jesus, liderariam uma revolução armada a fim de libertar Jerusalém do Império Romano para o Cristo poder reinar soberanamente na Terra.   Barrabás, Direção: Evgeniy Emelin. Drama bíblico. (Varavva, Rússia, 2019, 117min). 14 anos.   Nota: 2,5 Entre Facas e Segredos recebe 3 indicações ao Globo de Ouro   Saíram os indicados ao Globo de Ouro que será apresentado ao vivo no dia 5 de janeiro de 2020; e como era de se esperar, Coringa e O Irlandês foram indicados a melhor filme dramático ao lado dos inéditos: História de um Casamento,1917 e Dois Papas, do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Já este longa de Rian Johnson (Os Últimos Jedi) foi indicado a melhor comédia ou musical ao lado de JoJo Rabbit, Dolemite É Meu Nome, Era Uma Vez em… Hollywood e Rocketman; e ao prêmio de melhor atriz a Ana de Armas e melhor Ator a Daniel Craig. Ambientado em 2019, tempo dos e-mails e Netflix, “Entre Facas e Segredos” poderia se passar em qualquer época. A trama presta uma homenagem aos icônicos casos de Agatha Christie misturados à genialidade excêntrica do detetive Hercule Poirot, Sherlock Homes e Columbo, interpretado pelo enigmático “James Bond”, Daniel Craig. Em uma típica mansão antiga, sagazes familiares (Chris Evans, Jamie Lee Curtis, Michael Shannon, Don Johnson, Toni Collette) se reúnem a fim de herdar a herança do pai, Harlan Thrombey (Christopher Plummer), que se suicidou misteriosamente no dia do seu aniversário de 85 anos. Durante o interrogatório policial, coordenado pelo detetive de sotaque sulista Benoit Blanc (Craig), todos parecem mentir, à exceção da enfermeira, cuidadora e única amiga do defunto, Marta Cabrera (Ana de Armas), que não consegue mentir sem antes vomitar. Essa testemunha pura e honesta no meio de víboras cai nas graças do detetive para auxiliá-lo no caso. O roteiro inteligente e muito bem trabalhado não tenta esconder o assassino, valorizando cada detalhe até o desfecho surpreendente e divertido.   Entre Facas e Segredos. Direção: Rian Johnson. Mistério. (Knives Out, EUA, 2019, 130min). 14 anos.   Nota : 4,5


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