08/03/2024 às 00h03min - Atualizada em 08/03/2024 às 00h03min

​Aumentam as críticas ao Governo Estadual e concessionária ‘Reserva Parques’ do Villa-Lobos

Entidades continuam reclamando desde 2022, da concessionária Reserva Parques e do Conselho do Parque Villa Lobos, que não ouve, discute ou interpela as reivindicações da população. O Governo Estadual por sua parte, que comanda a maioria dos conselheiros, também não atende as demandas dos moradores, aprovando todos os eventos em ‘roldão’ e causando revolta generalizada, sempre informando “que todas as atividades foram em um consenso, com aprovação da maioria...”. A empresa desde o início, tem apostado na realização de grandes atrações simultâneas, o que tem gerado muitas críticas e problemas para todos os setores dos vizinhos locais, que questionam muitos pontos.

Reclamações
A Gazeta de Pinheiros entrevistou os integrantes da Sociedade Amigos Bairro City Boaçava, que faz duras críticas ao Governo e à concessionária, falando em nome de milhares de moradores que estão sendo prejudicados, desde que a concessão foi iniciada.

Evitar grandes eventos
“Continuamos a solicitar a direção do parque e a concessionária que evitem eventos com alto potencial de incomodidade junto a vizinhança. Porém, infelizmente sob a alegação que ele respeitará a legislação vigente, a maioria acaba sendo aprovada. Porém, não existe um relatório técnico de terceiros para garantir o respeito às leis sobre este tema. Só para dar um exemplo, houve a assembleia extraordinária para aprovarmos uma edição da ‘Oktoberfest’ no parque. Imagine uma festa regada a cerveja em um local que foi concebido como parque verde urbano, para prática de exercícios e piqueniques. Como o Governo tem a maioria no Conselho todos os eventos são aprovados... Acreditamos que só uma ação judicial poderá criar regramento para evitar o abuso da concessionária.”

Invasão de carros nas ruas e calçadas
“A questão do estacionamento também continua a ser um problema nevrálgico, pois grande parte do bairro é utilizada pelos frequentadores. A concessionária afirma que possui um número de vagas que nunca foi totalmente utilizado, porém como os valores são caros, boa parte dos usuários simplesmente não usa, para não pagar”.

Investimento só o ano que vem
“Infelizmente como edital de concessão só prevê investimentos no terceiro ano da concessão, na prática após um ano desta nova gestão, nós usuário pouco notamos qualquer melhora. Com relação a zeladoria aparentemente os trabalhos estão sendo feitos a contento”.

Exploração comercial
Questionado sobre o tema, o Governo do Estado, através da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo-Arsesp, afirma que os contratos de concessão de parques, incluindo dos Parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, permitem a exploração comercial da área com a locação de espaços, disponibilização de serviços, atrativos ou atividades especiais em que haja controle de acesso. As receitas geradas na exploração da área concedida têm por objetivo garantir a qualidade dos espaços ofertados com a manutenção dos equipamentos, limpeza e a segurança do local, investimentos obrigatórios definidos em contrato. Mas entidades rebatem as afirmações da Arsesp, de múltiplos grandes eventos sendo feitos simultaneamente, prejudicando os esportistas, frequentadores e principalmente os moradores.

Aprovação sempre de um lado só
“Importante esclarecer, ainda, que os eventos com expectativa de mais de 5 mil pessoas, acima de 10 mil m² ou com prazo acima de 30 dias, são submetidos a aprovação do Conselho de Orientação do Parque, de composição paritária, formado por representantes da sociedade civil, incluindo moradores da região, e Estado. Os eventos, passam ainda por aprovações da Prefeitura de São Paulo, que emite alvarás específicos para liberação, considerando os parâmetros legais. Especificamente sobre o evento Oktoberfest, este foi aprovado no ano de 2020 pelo Conselho do Parque, só não tendo ocorrido por conta da pandemia COVID-19”, escrevem. Novamente os moradores informam que são minoria no Conselho e nunca são ouvidos em suas reivindicações. Propõem alteração no número de participantes, para ter voz ativa da comunidade.

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