01/02/2024 às 23h39min - Atualizada em 01/02/2024 às 23h39min

​Água da Sabesp com cheiro insuportável

Moradores locais reclamam do “odor forte (de “pesticidas”ou produtos químicos, tipo antigo 'BHC") com a água servida pela Sabesp”. O processo convencional de tratamento de água é dividido em fases. Em cada uma delas é necessário um rígido controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de qualidade. População também questiona a Usina de Tratamento de Água UR Antonico, com cheiro de esgoto por toda a região do Estádio do Morumbi.

População aponta problemas
"Moradores da região do "Condomínio Paulistano' rua David Ben Gurion 955 e adjacências, Jardim Monte Kemel e Vila Suzana", reclamam do cheiro forte, principalmente dos chuveiros, com a água servida pela Sabesp." W.L.

"Jardim Taboão e bairro vizinhos também estranham o odor da água. Dizem que é tratamento de algas nas poluídas represas que abastecem a capital e não tem o cuidado da Sabesp." I.L.

"Municipios de Taboão e outros com o mesmo problema. Não chega o 'piscinão da Francisco Morato', com o cheiro forte exalando poluição ambiental em toda a área, agora é a água, já que sabemos que o controle e o tratamento de esgoto é minimo pela Sabesp." K.L. 

Questionada, a Sabesp não retornou até o fechamento desta edição. 

As críticas se estenderam ao programa Novo Rio Pinheiros. Em paralelo, também à construção da UR Antonico. 

Alternativas para a UR são possíveis
Em artigo publicado na página do Instituto de Engenharia, o Eng. Jose Eduardo W. de Cavalcanti analisou a concepção dessas Unidades Recuperadoras de qualidade das águas, para colocar suas águas em um nível pelo menos de Classe 4 de qualidade., para poder de fato contribuir para a qualidade das águas do Rio Pinheiros. https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2021/10/27/por-jose-eduardo-w-de-a-cavalcanti-a-concepcao-de-tratamento-das-urs-unidades-recuperadoras-da-qualidade-das-aguas/
Cavalcanti cita ainda que “Como o anteprojeto ofertado pela Sabesp teve caráter apenas orientativo, as empresas contratadas se puseram a desenvolver os projetos definitivos com base nas suas “expertises” desvinculando-se da Sabesp, porém sujeitos à aprovação da Cetesb para emissão das respectivas Licenças de Instalação.”
E na sua conclusão coloca um grande problema não solucionado pelo Programa Novo Rio Pinheiros: “a preocupação que fica é sobre a ausência de tratamento que teria de ser dado ao lodo químico e principalmente aos lodos biológicos excedentes estimados em 60 ton/dia a 20% de Sólidos em Suspensão, uma vez que os projetos previram apenas a desidratação em centrífugas do lodo tal e qual, isto é, sem estabilização, conforme confirmado pela Sabesp em “live” da ABES em setembro último.”
Como já sugerido em outro artigo, uma alternativa seria lançar o lodo excedente e o lodo químico à rede de coleta mais próxima das URs, de modo que, interligadas aos coletores-tronco e aos interceptores do Pinheiros, alcancem a ETE Barueri onde seriam tratados. Procedimento similar já foi feito pela Sabesb com o lodo da ETA ABV.”

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