Rambo psycho killer toca o terror trash John Rambo (Sylvester Stallone), o soldado traumatizado vítima do preconceito da sociedade americana, protestou emocionado no primeiro longa: na guerra dirigia tanque e aqui no meu país não consigo trabalhar em um estacionamento. Cada episódio da franquia inspirou-se em um momento conflitante do planeta como o pós-guerra do Vietnã, sobretudo a rivalidade entre URSS e EUA. Após um hiato de 20 anos marcado pela Guerra do Iraque, e o 11 de Setembro, temos Rambo 4 no meio da guerra civil para inglês ver na fronteira com a Birmânia. Rambo Até o Fim aproveita o sucesso de Narcos, Sicário e o muro de Donald Trump e resgata suas raízes esquecidas em 1982, apresentando finalmente diálogos bem desenvolvidos sobre o super-herói fruto da Guerra Fria substituído por um traumatizado psicopata travestido de caipira tentando viver uma vida normal a algumas horas da fronteira com o México, no rancho da família, no Arizona, ao lado da senhora que cuidou do pai. Lá, a teimosa neta dela, Gabrielle (Yvette Monreal) é capturada por traficantes que agenciam uma rede de prostituição. Enlouquecido, o veterano de guerra sai decepando todos em seu caminho em uma “Busca Implacável” atrás da única pessoa importante na vida. Apesar do combate físico visceral, seu passado obscuro é revelado em um dos papeis mais dramáticos da extensa carreira de “Sly.” Rambo Até o Fim. Direção: Adrian Grunberg. Ação dramática (Rambo: Last Blood, EUA, 2019, 89min). 18 anos. Nota: 4,0 Dafne - A garota com Síndrome de Down que levanta o astral Análogo ao belga O Oitavo Dia e o brasileiro Colegas, Dafne (Carolina Raspanti) é uma garota italiana com Síndrome de Down que levanta o ânimo da casa diariamente ainda sob o impacto da morte da mãe. Adolescente feita para casar que lava, passa ,cozinha, malha na academia antes de ir trabalhar em um supermercado e ainda cuida do insosso pai idoso Luigi (Antonio Piovanelli) que apresenta os primeiros sinais de demência. Daphne é hiperativa como a Maísa do SBT, estrela do longa Ela Disse, Ele Disse, 3 de outubro nos cinemas. Magnífica atuação expressiva que merece indicação ao Oscar. Dafne .Direção: Federico Bondi. Drama. (Itália, 2019, 94min). 10 anos. Nota: 3,0 Família por acidente Vez por outra Hollywood americaniza um grande sucesso “estrangeiro” a exemplo de Intocáveis, Glória e Não Aceitamos Devoluções. A bola da vez é o remake homônimo do comovente longa dinamarquês Depois do Casamento (Efter Brylluppet de 2006, aqui protagonizado por mulheres em vez de homens e sem os rápidos e tensos closes no rosto das pessoas e dos objetos. Na trama, Isabel (Michelle Williams) gerencia um orfanato em Calcutá, na Índia, desesperada por patrocínio para mantê-lo funcionando. Isso até uma nova iorquina multimilionária oferecer ajuda financeira. Chegando ao local no intuito de fechar negócio descobre ter inusitados laços indiretos com a hiperativa Theresa (Julianne Moore). Vale a pena conferir quem não viu ou não se lembra do original. Depois do Casamento. Direção: Bart Freundlich .Drama.(After the Wedding, EUA, 2019, 112min). 12 anos. Nota: 3,0 Seita pagã de dogmas e rituais bizarros Ao completar 70 anos o clássico literário de George Orwell 1984, ambientado na famosa realidade totalitária perestroika, é homenageado mais uma vez ao lado do setentista Homem de Palha. Após vivenciar uma tragédia pessoal, Dani (Florence Pugh, de Lady Macbeth) vai com o namorado Christian (Jack Reynor) e um grupo de amigos até a Suécia para participar de um festival de verão. Lá são surpreendidos por rituais bizarros de adoração pagã que restringem a liberdade em prol da igualdade manipulando religiosamente a mente dos fieis em uma perigosa lavagem cerebral. A novidade em O Mal Não Espera a Noite – Midssomar é sua ansiosa atmosfera sinistra bem trabalhada, a exemplo de Hereditário, do mesmo diretor-roteirista Ari Aster. Apesar do desfecho forçado no terceiro ato, vale pela tensão inicial de mais de 2 horas. O Mal Não Espera a Noite – Midssomar. Direção: Ari Aster. Terror dramático (Midsommar, EUA/Suécia/Hungria, 2019, 147min). 18 anos. Nota: 3,0 Dividido entre o tradicional pai e o astro liberal Bruce Springsteen A Música da Minha Vida (Blinded By The Light) se passa no conturbado período oitentista de Ronald Reagan e Margaret Thatcher durante a invasão da União Soviética ao Afeganistão por um ano, tema recorrente de Watchmen e Rambo 3. Na trama, o jovem britânico Javed (Viveik Kalra) natural da cidade de Luton, tenta se adaptar à cultura inglesa ainda preso às tradições paquistanesas da religião muçulmana influenciado pelo rigoroso pai trabalhador Malik ( Kulvinder Ghir) que se esforça em sustentar a casa. Baseado na vida do jornalista Sarfraz Manzoor que sonhava em ser poeta e conhecer a terra prometida do astro judeu Bruce Springsteen. Apaixonado por suas músicas, no entanto, Javed começa a criar uma perigosa dependência imediata ao ídolo, distanciando-se da família e dos amigos. O tema singelo de Sessão da Tarde é quase um musical de colégio composto pelo patriota Bruce Springsteen a exemplo de Mamma Mia! A Música da Minha Vida. Direção: Gurinder Chadha. Comédia Dramática. (Blinded By The Light, Reino Unido, 2018, 118 min).12 anos. Nota: 3,0 Meu Mundial - Para Vencer Não Basta Jogar Tito (Facundo Campelo) é um garoto de 13 anos que sonha em ser jogador de futebol. Logo,um olheiro resolve investir nele. Tito tira a sua família da pobreza e começa a assumir as responsabilidades do mundo adulto. Meu Mundial – Para Vencer Não Basta Jogar. Direção: Carlos Andrés Morelli. Drama. (Mi Mundial, Uruguai/Argentina/Brasil, 2017, 102min). 12 anos.