30/08/2019 às 14h35min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Estreias Cinema - 30/08/2019

O céu e a terra passarão, mas as canções dos Beatles jamais passarão   Apagão de 12 segundos faz grandes marcas e grandes personalidades mundiais inexistirem, incluindo os Garotos de Liverpool, na mente apenas de um apaixonado músico amador envergonhado de se declarar à amiga de infância Ellie (Lily James). Devido à globalização nas redes sociais Jack Malik (Himesh Patel) começa fazer estrondoso sucesso ao compor imediatamente as inesquecíveis canções da banda inglesa que a gravadora insistiu em alterar algumas letras julgando démodé. Por mais esforçado que o humilde descendente de indianos fosse não teria vocação para suportar a frenética rotina de um popstar, tampouco o oportunismo e a ambição de se locupletar amparado no talento alheio: dai de graça o que de graça recebeste. A verdadeira tarefa divina do bom moço pode ser comparada a de um médico cuja missão é distribuir remédio milagroso a bilhões de pessoas ao redor do mundo que apenas ele conhece a fórmula .O pôster de Yesterday é uma homenagem ao último disco gravado pelos Beatles, Abbey Road.   Yesterday. Direção: Danny Boyle. Romance musicalizado (Inglaterra/Rússia/China, 2019, 116min). 12 anos.   Nota: 4,0   Ser bom é fazer o bem   Malandro e aproveitador, Ancelmo (Leandro Hassum) é um preguiçoso funcionário público de uma repartição pública que ao ser avaliado no Limbo descobre que não realizou nenhuma boa ação em vida. Para não ir ao Inferno terá agora de bancar o cupido reatando um casal (Bruno Garcia e Flávia Alessandra) separado há 12 anos por incompatibilidade de gênios. Destaque à homenagem a Jerry Lewis na cena mais famosa da carreira e ao Paraíso Ecumênico recheado de excelentes humoristas como Hélio de La Peña, Dani Calabresa, Falcão, Paulinho Serra, Maria Clara Gueiros e Felipe Torres. O Amor dá Trabalho expressa criativa metodologia análoga ao clássico Ghost, mas peca pelo extenso monólogo stand up com piadas forçadas sem dar margem a interpretações, ofuscando o brilho dos coadjuvantes.   O Amor Dá Trabalho. Direção: Ale McHaddo. Comédia. (Brasil, 2018, 95min). 12 anos.   Nota: 2,5   Atômica teen Anna – O Perigo Tem Nome   Apesar do desgastado tema sobre espionagem na Guerra Fria, o roteiro em flashback repleto de plot twists comandado pelo "pai" das femmes fatales Lucy, Joana D'Arc e Nikita - Luc Besson, amparado por grande elenco (Helen Mirren, Luke Evans, Cillian Murphy), sobretudo pelas ótimas coreografias de luta da franzina atriz revelação Sasha Lus (Anna) transformada em um brutamontes em cena a exemplo das "irmãs" citadas, compensam muito o ingresso.     Anna – O Perigo Tem Nome. Direção: Luc Besson (Anna, França/EUA, 2019, 119min). 16 anos.   Nota: 3,0   O imperialismo americano contra os heróis terroristas da resistência   “Se alguém tem que morrer, que seja para melhorar” – o refrão da trilha sonora do longa panfletário – retratado pelos chatos discursos pobres "esquerdocratas" em homenagem a Lula, Marielle e à guerrilha armada da qual Dilma ostenta com orgulho ter participado. Essa mesma ideologia “sou da paz” defensora do MST poderia ter sido um competente terror gore semelhante ao concorrente em cartaz Brinquedo Assassino caso não tivesse se rendido à narrativa dogmática irritante que o próprio longa ridiculariza de forma sutil . Bacurau é terra de ninguém do sertão, isenta do mapa sem o amparo do prefeito corrupto tampouco da nação brasileira. Sob efeito de psicotrópicos os moradores comparados a "zumbis ressuscitados" do submundo do filme Nós, liderados pela médica Domingas (Sônia Braga), justificam seus crimes hediondos revolucionários a exemplo de Thanos. Em destaque o combate visceral com um grupo de americanos loucos, armados e perigosos que matam por esporte, incluindo crianças e cachorros.  Essa inversão de valores consequencialista nem um pouco simbólica em vez de uma divertida comédia dramática natural à lá John Carpenter optou pelo viés político-partidário gritante enumerando evidentes oprimidos santos e opressores caricatos.   Bacurau. Direção: Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Suspense dramático. (Brasil, 2019, 131min). 16 anos. Nota: 2,0     Stranger Things sem fantasia, sem graça   “Verão de 84” desenvolve-se durante o boicote da nação do Ursinho Misha à Olimpíada de Los Angeles em resposta ao mesmo boicote do Tio Sam quatro anos atrás. Na pequena cidade costeira de Cape May, Oregon, o voyeur apaixonado pela vizinha mais velha Nikki (Tiera Skovbye -Riverdale), Davey (Graham Verchere) e seus amigos investigam acidentalmente um notório serial killer atuante nas redondezas. Tema cativante atemporal cuja direção insegura proposital é refletida no elenco e na trilha sonora estridente indicando óbvio caminho de excessivo suspense inexistente como se ainda vivêssemos nos anos 80 sem referências futuras.   Verão de 84. Direção: François Simard .Thriller. (Summer of 84, EUA/Canadá, 2018, 105min). 16 anos.   Nota: 2,0   O Filho do Homem   A produção carioca de baixo orçamento sobre a reencarnação de Jesus Cristo na Terra diferencia-se por responsabilizar os judeus comandados pelo supremo sacerdote Caifás, o articulador intencional da condenação desde o início. Ao contrário do arrependido Judas Iscariotes, vítima do golpe, suicidando-se logo em seguida   O Filho do Homem. Direção: Alexandre Machafe. Drama. (Brasil, 2019, 115min). 14 anos.  
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.