01/12/2023 às 00h44min - Atualizada em 01/12/2023 às 00h44min

3 de dezembro: ‘Dia Internacional da Pessoa com Deficiência’

Rogério Candotti | [email protected] | blogdorogerinho.wordpress.com

A comédia mais politicamente incorreta da história e com mais diversidade do cinema também foi considerada uma das melhores de todos os tempos. Quem Vai Ficar com Mary? (1998), disponível no Star Plus, ficou em 27.º lugar na lista dos 100 filmes mais engraçados do século XX, de acordo com o American Film Institute, e na lista dos “1001 filmes que você deve ver antes de morrer”, editado por Steven Schneider. No longa dos irreverentes irmãos Bobby e Peter Farrelly (Debi & Lóide e Green Book) o Nerd mais feio do colégio (Ben Stiller) é convidado pela garota mais bela (Cameron Diaz) ao apoteótico baile de formatura após defender o irmão com deficiência, sem saber do parentesco. A família da garota dos sonhos é formada pelo padrasto gozador afrodescendente Charlie (Keith David), casado com a mãe exótica Sheila (Markie Post), e o robusto deficiente intelectual Warren (W. Earl Brown), responsável pelas cenas mais engraçadas do filme ao revidar subitamente em valentões desavisados, a exemplo do detetive fajuto Pat Healy (Matt Dillon). Ted (Ben Stiller) ainda ajuda um cadeirante a carregar alguns móveis até sua casa e um muletante com espasticidade muscular a desmascarar aquele detetive, após Ted sair da prisão, confundido com um assassino de homossexuais. 
Rain Man (1988), no Prime Vídeo, está no mesmo patamar de “Quem Vai Ficar com Mary?”, além de ser um fenômeno de bilheteria e ganhar o Oscar de Melhor Filme ao mesmo tempo. Nesse Road Movie, o empresário Charlie Babbitt (Tom Cruise) está prestes a falir quando descobre um irmão com Síndrome de Savant que herdou sozinho a fortuna do pai. Conforme aumenta a convivência com Raymond (Dustin Hoffman) diminui o egocentrismo do narcisista, graças a ajuda pontual da namorada Susanna (Valeria Golino), de modo a sensibilizar seu coração de pedra materialista até ele aprender a cuidar daquele sábio com transtorno autista por prazer e não por dinheiro. O vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante conviveu com deficientes intelectuais de verdade por um ano em clínicas especializadas, quando conheceu a inspiração para o seu personagem estudado até pela NASA. Kim Peek tinha o cérebro excessivamente grande: desde um ano e meio de idade foi capaz de decorar 9.000 livros, lendo uma página com o olho direito e a outra com o olho esquerdo em apenas 10 segundos, além de executar operações matemáticas complexas em tempo recorde: “Talvez eu seja a estrela, mas você, Kim, é o céu”. — Dustin Hoffman.
Dafne (2019) é uma garotinha italiana com Síndrome de Down que levanta o astral da casa todos os dias, apesar da morte recente da mãe. A jovem hiperativa e espirituosa foi feita para casar: lava, passa, cozinha e malha na academia antes do trabalho num supermercado, além de cuidar do pai idoso (Antonio Piovanelli) com sintomas de demência. Fonte de energia contagiante digna de um Oscar pela atuação expressiva de Carolina Raspanti.

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