26/07/2019 às 16h41min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h47min

Estreias do cinema 26/07/2019

A era das mulheres chegou ao cinema   A Marvel anunciou na última San Diego comic-con, depois de Capitã Marvel ano passado, o novo filme solo da Viúva Negra, estrelado por Scarlett “Lucy” Johansson, e surpreendentemente uma Thor-Mulher que será interpretada por Natalie Portman, a exemplo dos quadrinhos. Nesse sentido, Melissa McCarthy, que liderou as Caça-Fantasmas em 2016, protagoniza mês que vem o longa Rainhas do Crime .O matriarcado voltou de vez, e esperamos com isso que um dia não haja mais divisão entre os sexos nas diversas categorias do Oscar, além de diminuir pela metade a chata cerimônia. Depois de protagonizar a versão feminina de Onze Homens e um Segredo chamada Oito Mulheres e um Segredo em 2018, a “Mulher-Gato” Anne Hathaway interpreta agora uma trambiqueira inglesa de muita classe usufruindo de seus crimes em sua residência no belíssimo litoral da Riviera Francesa. Isso até outra usurpadora do mesmo nível surgir a fim dividir com ela o mesmo território. A dupla antagônica, nem um pouco dinâmica de início, é a versão feminina do clássico da sessão da tarde com Steve Martin e Michael Caine: Os Safados. O longa de 1988, por sua vez, é a refilmagem de Dois Farristas Irresistíveis de 1964 com Marlon Brando. Para solucionar o problema, “As Trapaceiras” excêntricas Josephine (Anne Hathaway) e Penny (Rebel Wilson) apostam seu domínio na primeira que conquistar o coração do carente playboy altruísta Thomas Westerburg (Alex Sharp), além de roubar de bônus toda a sua fortuna. Para isso, Wilson se disfarça de cega análogo a Steve Martin, que se disfarçou de cadeirante deixando a cargo dos pedantes classistas interpretados por Caine e Hathaway a missão de desmascará-los. Ambos os longas acertaram nesta sequência, a mais engraçada e marcante. No entanto, as demais são muito previsíveis, provocando poucas risadas. Apesar das ótimas interpretações, o atual traz soluções rápidas e fáceis, o que dificulta o envolvimento.   As Trapaceiras. Direção: Chris Addison. Comédia. (The Hustle, EUA, 2019, 93min). 12 anos.     Nota: 2,5   A última sedução   O subtítulo nacional em "letras garrafais” de Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal, faz questão de desmascarar de cara o notório serial killer dos anos 70 complementado no documentário da Netflix - Conversando com um serial killer: Ted Bundy, do mesmo diretor Joe Berlinger. Ao contrário do documentário, o longa  acertadamente ignora toda violência visceral dos assassinatos explorando apenas o lado galanteador do protagonista interpretado pelo típico ator de comédia romântica banal Zac Efron no papel mais dramático de sua carreira. O foco aqui não é julgar o caráter do réu, mas seu "modus operandi" em seduzir as inúmeras amantes, a exceção do “verdadeiro” amor Liz Kendall (Lily Collins). O mentiroso contumaz, convicto de sua inocência, expulsa seu advogado da audiência que irá determinar seu destino e passa a advogar em causa própria, algo proibido no Brasil. A partir daí, acontece um espetacular duelo entre ele, a parte contrária e o juiz da corte interpretado por John Malkovich. A genial retórica jurídica do psicopata acabou convencendo grande parte da opinião pública na época, mesmo diante de inúmeras provas cabais apresentadas ao vivo. Um triste fenômeno que também acontece no Brasil hoje em dia. Inspirado no livro da verdadeira Elizabeth Kendall (The Phantom Prince: My Life With Ted Bundy).   Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal. Direção: Joe Berlinger. Cinebiografia. (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA, 2019, 110min). 16 anos.   Nota: 3,5   Onde a ilusão e a realidade se confundem...   Durante a lendária dinastia Tang o poeta chinês Bai Letian (Huang Xuan) e o monge japonês Kûkai (Shôta Sometani) investigam o meticuloso gato-preto falante, assassino de específicos altos membros da Corte Imperial. Durante o processo, realidade e fantasia se misturam confundindo o espectador de propósito. O Mistério do Gato Chinês foi baseado em um dos contos de “O Conto de Genji”, o romance mais antigo do Japão sobre a vida de Yang Guifei (Kitty Zhang), a mais linda concubina e favorita de um dos imperadores, o que acabou destruindo a dinastia Tang. Ao observar a primeira camada temos um show de pirotecnia proporcionado por mágicos ilusionistas, aparentemente absurdo aos olhos dos pragmáticos de plantão em virtude do visual deslumbrante, incluindo o figurino da época. Já no ramo da psicologia, presente na segunda camada, é possível analisar diversos simbolismos milenares no tocante aos animais, no caso ,a espiritualidade da Garça (Grou), semelhante a da Fênix de origem egípcia, difundida na Arábia e na China, popularizada entre os greco-romanos. Já a notória adoração por gatos e toda sua simbologia se confunde com a história nipônica e, porque não, com a história de todo extremo oriente. Em oposição aos materialistas supersticiosos americanos que ainda fomentam a preconceituosa“celebração” da Sexta-Feira 13, propagando temor e violência aos inofensivos felinos. Não foi à toa a tradução em inglês Legend of the Demon Cat (A Lenda do Gato Demônio). Por fim, a última é mais profunda camada (espiritual) esclarece a bem intencionada metempsicose pitagórica, cujo objetivo era preestabelecer rigorosa punição com o intuito de amedrontar a massa ignorante, prevenindo futuros crimes hediondos de todo gênero. Ao contrário da sábia elite reencarnacionista que acreditava que a alma humana jamais retroagiria ao corpo de um animal. Para o Espiritismo existe verdade oculta nessa mitologia, já que esses transtornos conhecidos como Zoantropia e Licantropia provocados por espíritos obsessores podem induzir encarnados a um comportamento animalesco e transformar desencarnados em grotescas criaturas dignas de um filme de terror, modificando completamente o seu perispírito.   O Mistério do Gato Chinês. Direção: Chen Kaige.Suspense. (Kûkai, China/Japão, 2017, 129min). 14 anos.   Nota: 3,0   O Professor Substituto   Um professor, de um respeitado colégio, se joga da janela sob os olhares assustados de seus alunos. Quando Pierre, o professor substituto percebe que há seis alunos muito inteligentes despreocupados com o ocorrido, ele começa a investigar e descobre que o grupo tem uma grande influência sobre os outros. Da curiosidade à obsessão, Pierre tentará descobrir o segredo destes jovens. Baseado no livro School's Out, publicado em 2002 por Christophe Dufossé.   O Professor Substituto.Direção: Sébastien Marnier. Drama. (L’Heure de la Sortie, França, 2018, 104min). 16 anos.      
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