Keanu Reeves e Halle Berry soltam os cachorros contra os mafiosos Franquia que ganhou fama por sua coreografia espetacular em ritmo cadenciado, ideal aos olhos humanos fugindo da moda da câmera tremida e edição picotada, chega ao auge, premiado como melhor filme de ação do ano em oposição ao desfecho da maioria das trilogias ("Parabellum" –
si vis pacem, para bellum, se queres a paz, prepara-te para a guerra). Do ponto exato de onde terminou, o excomungado John Wick (Keanu Reeves), acompanhado de seu fiel cão, é perseguido por toda “máfia maçônica” após matar o antagonista Santino D'Antonio (Riccardo Scamarcio) dentro do Hotel Continental, território proibido para a Alta Cúpula, cuja recompensa será de 14 milhões de dólares por sua cabeça. Acuado, John foge para Casablanca, onde reconquista sua grande aliada Sofia (Halle Berry), “babá” de dois cachorros treinados, proporcionando cenas espetaculares de ação alternando-se em perfeita sintonia com os anjos de quatro patas. A redenção que Berry precisava para se livrar de vez da “Maldição da Mulher-Gato”. Mais tarde, no deserto em Marrocos, o
exclaustrado ratifica um acordo com o chefe supremo da organização criminosa, uma clara referência ao Velho da Montanha Hassan bin Sabbah, considerado o primeiro terrorista islâmico da história, fundador da Ordem dos Assassinos no século XI que inspirou o jogo Assassin's Creed. É obvio que esse acordo é quebrado, margem para um digno combate final que homenageia o longa “O Jogo da Morte” com Bruce Lee. John Wick 3 – Parabellum. Direção: Chad Stahelski. Ação. (John Wick: Chapter 3 — Parabellum, EUA, 2019, 130min). 16 anos. Nota: 4,0
Kardec - O bom senso encarnado Do mesmo diretor de “Nosso Lar”, Wagner de Assis, adaptação homônima da obra do ateu Marcel Souto Maior, autor de “Chico Xavier: O Livro do Filme de Daniel Filho” (também ateu). A biografia de Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec (Leonardo Medeiros) é fiel e emocionante com diálogos objetivos retratando os pontos principais na telona. Destaque à sagaz perseguição da imprensa e do Imperador Napoleão III, totalmente influenciados pelo Papado totalitário dominador, vinculado ao estado francês e a toda Europa ocidental em vigor entre 610 a 1870. Clero indignado após a publicação do “Livro Dos Espíritos”, que afronta a sua doutrina católica impositiva, repleta de dogmas, rituais e ideias pré-concebidas. Conceitos semelhantes aos dos colegas membros da Real Academia de Ciências Naturais que acabaram banindo o professor espírita. “Podem queimar-se livros, mas não se queima ideias: as chamas das fogueiras as superexitam em vez de abafar”. Tal ceticismo medíocre que reina até hoje por pouco não dominou também o codificador da Doutrina Espírita. Católico desde o nascimento Kardec deu uma guinada surpreendente digna de um Paulo de Tarso, após compreender finalmente o universo fantástico das mesas girantes, depois de muita persistência e perseverança utilizando métodos científicos e racionais unindo a fé e a razão. A brilhante fotografia e direção de arte mistura saudosos raios solares em amarelo granulado com a penumbra sombria parisiense noturna, típica de espíritos sofredores em 1857. Ambiente parecido ao da mitológica “A Bela e a Fera” ou de “O Médico e o Monstro”. Kardec foi rigorosíssimo na seleção das 1019 perguntas publicadas no Livro dos Espíritos, cada uma feita dezena de vezes, a diferentes Espíritos, em diversos países. Dentre as frases mais famosas estão: “Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa inteligente é proporcional a grandeza do efeito” e ”Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”. Kardec. Direção: Wagner de Assis. Cinebiografia. (Brasil, 2019, 102min). 12 anos. Nota: 4,0
Guerra nuclear entre russos e ingleses? Judi Dench dá vida a Joan Stanley, uma caloura em Cambridge da turma de 1938 que une-se à sociedade comunista estudantil, onde apaixona-se por Leo Galich, nascido na Rússia para fugir dos pogroms e viver na Alemanha, onde escapou do anti-semitismo nazista para viver na Inglaterra. Logo, Joan é convocada pela KGB (Comitê de Segurança Russo) para atuar como espiã do governo Stalin no Reino Unido, quando a guerra contra a Alemanha é declarada e Leo não pode mais permanecer na Inglaterra. Ao concluir sua graduação em física, Joan (na verdade Melita Norwood) consegue emprego no famoso Laboratório Cavendish, em Cambridge, onde está sendo desenvolvido em segredo uma bomba atômica na América, no Canadá e na Grã-Bretanha. Sua intenção é de compartilhar esse segredo com a nação inimiga a fim de provocar a paz, equiparando os dois lados. No entanto, tal atitude corajosa e ousada pode ter efeito contrário causando a destruição total do planeta. A Espiã Vermelha. Direção: Trevor Nunn. Cinebiografia. (Red Joan, Inglaterra, 2018, 101min). 14 anos. Nota: 3,0
UglyDolls Moxy, Wage, Babo, Ice-Bat, Wedgehead e seus outros amigos Ugly Dolls batalham com seu desejo de serem amados mesmo sendo diferentes. Subvertendo a ideia do feio como um adjetivo negativo, eles descobrem que não é preciso ser perfeito para ser incrível. UglyDolls. Direção: Kelly Asbury. Animação (EUA , 2019,87 min). Livre.
A Grande Dama do Cinema Formando um grupo improvável, uma antiga estrela do cinema mundial (referência a Norma Desmond, de “Crepúsculo dos Deuses”), um ator nos últimos dias de vida, um roteirista frustrado e um diretor peculiar fazem de tudo para preservar o universo lúdico que criaram dentro de uma clássica mansão. Quando dois jovens chegam ao local e ameaçam botar tudo a perder, eles precisam tomar atitudes drásticas. De Juan José Campanella, Oscar de melhor filme estrangeiro, em 2010, por “O Segredo dos Seus Olhos”. A Grande Dama do Cinema. Direção: Juan José Campanella. Comédia dramática (El Cuento de las Comadrejas, Argentina/Espanha, 2019, 129min). 14 anos.
O Sol Também É uma Estrela Natasha é uma jovem pragmática que não acredita em destino, apenas em fatos explicados pela ciência. Em menos de doze horas, sua família será deportada para a Jamaica, mas, antes que isso aconteça, ela conhece Daniel e se apaixona subitamente, colocando todas as suas convicções em cheque. O Sol Também É uma Estrela. Direção: Ry Russo-Young. Romance (The Sun Is Also a Star.EUA,94 min).14 anos.
Antártica por um Ano Por iniciativa da Marinha do Brasil, um grupo de brasileiros - militares ou não - passa um ano inteiro na Antártica, dentro da EACF (Estação Antártica Comandante Ferraz). Eles dividem a sua experiência de passar tanto tempo consecutivo neste local isolado e inóspito. Antártica por um Ano. Direção: Júlia Martins.Documentário. (Brasil, 2015 , 97 min). 10 anos.