10/05/2019 às 13h25min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h49min

Estreias do cinema - 10/05/2019

Do átomo ao arcanjo, tudo evolui como um Pokémon O famoso anime que conquistou duas gerações de fãs continua em alta e na ativa até hoje. O live-action, mesmo tardio, funciona como uma espécie de derivado da franquia animada em uma realidade onde pokémons e humanos podem conviver em harmonia. Lá na multicolorida Ryme City cada humano tem seu estimado bichinho de pelúcia. Após um terrível acidente, Pikachu (dublado por Philippe Maia) perde a memória e agora precisa reencontrar o parceiro detetive dado como morto. Como a ajuda do desnaturado filho Tim Goodman (Justice Smith) e da repórter investigativa Lucy Stevens (Kathryn Newton), eles terão de escapar dos vilões que organizaram a emboscada fatal. Destaque ao incrível visual gráfico de roteiro simples, mas cheio de alternativas e alguma profundidade, disposto a agradar todas as idades - fãs e marinheiros de primeira viagem. Sem a pretensão de se equiparar a “Uma Cilada para Roger Rabbit”, mas aguçar nossa memoria afetiva, “Pokémon — Detetive Pikachu” acaba sendo divertido e apaixonante. Baseado no jogo de videogame homônimo. Pokémon — Detetive Pikachu. Direção: Rob Letterman. Aventura infantil. (Pokémon Detective Pikachu, EUA/Japão, 2019, 104min). 10 anos. Nota: 3,5   Moderno, atualizado e surpreendente Digno remake adaptado da obra de Stephen King (1983), corrigiu erros que o tempo corroeu da longínqua película de trinta anos atrás ainda com a tecnologia analógica, aprofundando o drama da família Creed em cenas didáticas e efeitos menos caricatos, como na morte de Zelda (Alyssa Levine), irmã da esposa traumatizada Rachel (Amy Seimetz). O roteiro diverso do oitentista original soube brincar com os nervos dos novos e antigos fãs, graças, sobretudo, a performance da filha Ellie (Jeté Laurence), que acabou ofuscando o protagonismo do pai, Dr. Louis (Jason Clarke). A despercebida seita aqui revelou humanos travestidos de animais em procissão ao “Cemitério Maldito”, localizado em uma região rural no estado de Maine, um pouco mais protegida da “rodovia da morte”, onde os felizes moradores de comercial de margarina herdaram por acidente e, sem saber, um antro de espíritos malignos atormentados e sedentos por vingança. Cemitério Maldito. Direção: Kevin Kölsch e Dennis Widmyer. Terror. (Pet Sematary, EUA, 2019, 101min). 16 anos. Nota: 4,0   Melodrama denuncia a caça predatória aos leões Apesar do título indicar de propósito um melodrama infantilizado, denuncia a caça clandestina e criminosa aos leões brancos e comuns, podendo levá-los à extinção em breve. Estima-se haver cinco milhões em cativeiro para serem executados sumariamente e vendidos como troféus no mercado negro. A trama, que certamente trará lembranças do famoso vídeo sobre o leão britânico de estimação Christian, contou com a cooperação e a domesticação do encantador de leões Kevin Richardson, atuante por mais de 20 anos. O zoologista é dono de um centro de ajuda a felinos na África do Sul, onde possui um programa voluntário chamado “The Lion Whisperer”. Lá, uma família inglesa passa a criar o leão branco recém-nascido Charlie dentro de casa, a princípio com intuito de lucrar com a visitação de turistas fascinados ao vê-lo. O irmão autista de Mia (Daniah De Villiers), Mick (Ryan Mac Lennan), amparado sempre pelos pais John (Langley Kirkwood) e Alice (Mélanie Laurent), evolui abruptamente invertendo a situação, a exemplo do ocorrido com a personagem “louca” interpretada por Kirsten Dunst em "Melancolia", após ter que encobrir a fuga da irmã e do leão branco. Os clichês, a lenda folclórica e o vilão maniqueísta são secundários diante da grave e cruel denúncia proposta pelo sensível  road movie disfarçado de documentário. Menina e o Leão. Direção: Gilles de Maistre. Aventura (Mia and the while lion, França, Alemanha, África Do Sul, 2018, 98 min).12 anos. Nota: 3,5   Ciência e espiritualidade - Magnetismo Animal Franz Anton Mesmer (Devid Striesow), médico contemporâneo de Allan Kardec, difusor do magnetismo e do hipnotismo, trouxe uma nova visão à física em efeitos práticos, a fim justificar seu magnetismo animal (pela falta de termos na época, o termo refere-se aos seres vivos, à natureza viva). Foi ele quem criou o termo sexto sentido, o sonambulismo provocado, sobretudo, a ciência do passe, conhecida no Egito antigo e popularizada por Jesus. Em outras palavras, ele transformava o fluido cósmico universal em fluido vital, cujo derivado é o éter. Em 1776 conseguiu restaurar completamente a visão da excelente pianista Maria Theresia Paradis (Maria-Victoria Dragus), que ficou cega entre 2 e 5 anos, um escândalo para a época que abalou a reputação do pai, Joseph Anton Paradis (Lukas Miko), Secretário Imperial de Comércio e Conselheiro da Imperatriz Maria Theresa, por ela nomeado. Com medo de perder a pensão por invalidez assim que o tratamento foi interrompido pelo pai, a cegueira voltou a contragosto da paciente. Os céticos e poderosos, incomodados com as verdades inconvenientes, acusaram Mesmer de charlatão, mesmo diante de provas cabais. A exceção dos humildes e inválidos, gratos a Deus pela vida sem questioná-Lo nas horas mais difíceis como nas piores tragédias. Mademoiselle Paradis. Direção: Barbara Albert. Drama. (Mademoiselle Paradis, Áustria, Alemanha, 2017, 97 min). Nota: 3,5   Amazônia — O Despertar da Florestania Como o Brasil tem lidado com a natureza e seus recursos naturais no início do século XX? Em que estado se encontra a Floresta Amazônica? A partir de entrevistas com especialistas das mais diversas áreas e com o resgate de figuras históricas como Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva, Lucélia Santos, Miriam Leitão e Frans Krajcberg, entre outros, discute-se a noção de florestaria, ou seja, a cidadania da floresta, termo necessário para refletir sobre a identidade brasileira. Amazônia — O Despertar da Florestania. Direção: Christiane Torloni e Miguel Przewodowski . Documentário. (Brasil, 2018, 111min). Livre.
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