12/04/2019 às 13h43min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

Estreias do Cinema - 12/04/2019

Família ou trabalho; sexo virtual ou à moda antiga? Sete anos no ramo de sex shops administrando como louca as novas filiais da empresa “Delícia”, ziguezagueando nas principais capitais do mundo, incluindo Paris; Alice Segretto (Ingrid Guimarães) decide se aposentar a fim de se dedicar ao marido (Bruno Garcia) e aos dois filhos, que não viu crescerem, em tempo integral. A ociosa vida de dona de casa, contrária à sua natureza workaholic, não dura muito, sobretudo após a namorada do filho Paulinho (Eduardo Melo), a empresária Leona (Samya Pascotto), tornar-se sua principal concorrente, lançando no mercado um revolucionário produto de sexo virtual interativo. Nesse meio tempo sua hiperatividade improdutiva acaba prejudicando os contatos pessoais e profissionais do marido e o namoro do filho. Vale como reflexão. Trilogia criativa que soube se renovar e manteve-se em alto nível. Alice é à imagem e semelhança de Ingrid: donas das mesmas qualidades e defeitos, carisma e admiração do público. De Pernas pro Ar 3. Direção: Julia Rezende. Comédia romântica. (Brasil, 2019, 106 min). 14 anos. Nota: 3,5   Dedicação humana unida à ciência e à religião faz milagres Filme voltado ao público evangélico – na mesma linha de “Milagres do Paraíso” com Jennifer Garner –, feito com muito carinho para comover até os ateus mais fanáticos, ao contrário da franquia piegas "Deus Não Está Morto’, repleta de frases de efeito forçadas. O adolescente John (Marcel Ruiz)  sobrevive ao coma após ficar 15 minutos preso embaixo de um lago congelado; um verdadeiro super soldado patriota como o Capitão América. História real muito bem contada adaptada do livro homônimo escrito pela própria mãe adotiva Joyce Smith, flui naturalmente dando o devido valor a cada personagem, sobretudo ao bombeiro Tommy Shine (Mike Colter, o “Luke Cage”) que o resgatou em poucos minutos e ao Dr. Garrett (Dennis Haysbert, o Presidente David Palmer de “24 horas”), coordenador do avançado aparato tecnológico que o manteve vivo por vários dias no hospital. Não há uma propaganda ideológica religiosa, mas um sentimento cívico corriqueiro como o juramento diário à bandeira, obrigatório nas escolas e o reconhecimento ao heroico Corpo de Bombeiros, agregado à fé incondicional por parte da comunidade cristã. Não foi à toa que o Presidente Bolsonaro e a esposa Michelle foram convidados á pré-estreia em Brasília. Superação — O Milagre da Fé. Direção: Roxann Dawson. Drama. (Breakthrough, EUA, 2019, 116 min). Nota: 3,0   "Voodoo é pra jacu" O grande mérito do remake é tentar ser o oposto de um dos maiores clássicos de terror da década de 1970. Thriller dramático, histórico e realista, contém cenas viscerais, critica os campos de concentração nazistas e o Muro de Berlim, optando por uma fotografia escura em cores frias. Aqui as bruxas são cínicas e um pouco mais humanas com diálogos excessivos, explicando a rotina diária da prestigiada escola da dança Markos Tanz Company, em Berlim, e esclarecendo de maneira fulgás sua origem milenar, repleta de símbolos sobre magia negra anterior ao Cristianismo, convenhamos, muito mais interessante. Destaque para a relação amorosa entre a ambiciosa caloura Susie Bannion (Dakota Johnson – treinou 6 meses de balé para o papel), e a exigente professora, a requintada Madame Blanc (Tilda Swinton – excelente); ao contrário do ambiente tenso e agressivo em “Cisne Negro”. O clássico italiano, por outro lado, tem muito mais mistério, suspense e terror, abusa das cores fortes e das formas geométricas para tentar agredir nossa visão. Os discursos irritadiços e prepotentes das doutrinadoras incomodam a todo instante, agregado aos tensos acordes da trilha sonora que lembra a do filme “Halloween”, lançado em 1978, um ano depois. Suspíria — A Dança do Medo .Direção: Luca Guadagnino. Suspense e terror. (Suspiria, EUA/Itália, 2018, 152 min). 16 anos. Nota: 2,5   Nazismo no século 21? A fim de fugir da França após a invasão nazista, Georg (Franz Rogowski) assume a identidade do marido desaparecido da jovem Marie (Paula Beer) por quem se apaixona perdidamente. Baseado no romance da escritora alemã Anna Seghers, retrata de forma discreta e subjetiva uma possível realidade totalitária dominada pelos nazistas nos dias de hoje. Ambiente tenso, burocrático e envolvente que nos remete a uma Europa sitiada. Destaque excessivo a essa injustificável paixão sem graça e pouco cativante, ao invés da verdadeira compaixão que o fugitivo alemão sente pelo garoto que gosta de futebol, amparado pela melancólica mãe muda. Em Trânsito. Direção: Christian Petzold. Drama. (Transit, Alemanha/França, 2018, 101 min). 12 anos Nota: 2,5   Direto das fábulas nórdicas, "duendes" invadem nosso mundo Tina (Eva Melander) é uma policial alfandegária sueca de olfato tão apurado quanto ao de Wolverine, capaz de identificar o caráter do passageiro. Atributo que a promove mais tarde a combatente do tráfico de drogas e da cruel pedofilia. Certo dia conhece Vore (Eero Milonoff),um sujeito enigmático com os mesmos dons. Alento que precisava para ir em busca do seu passado misterioso. Ótima ideia, realidade e fantasia unidas pelo fim do preconceito contra as minorias. Ideia extraordinária do diretor iraniano-sueco Ali Abbasi com um desfecho ordinário. Border. Direção: Ali Abbasi. Drama. (Gräns, Suécia/Dinamarca, 2018, 108 min). 16 anos. Nota: 3,5 After Baseado no livro de Anna Todd, Tessa Young é uma garota estudiosa e cheia de planos para o futuro, que tem sua vida transformada quando conhece o rebelde Hardin Scott, durante seu primeiro semestre na faculdade. Direção: Jenny Gage. Drama(.EUA, 96 min).14 anos Los silencios Amparo (Marleyda Soto) e seus filhos Nuria e Fábio chegam a uma pequena ilha no meio da Amazônia, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, fugindo do conflito armado colombiano, onde o pai (Enrique Diaz) e a filha do casal desapareceram. Certo dia, ele reaparece na nova casa de palafitas. A família é assombrada por esse estranho segredo e descobre que a ilha é povoada por fantasmas. Direção: Beatriz Seigner. Drama ( Brasil, Colômbia, França, 2017. 89 min)   Ayka Ayka (Samal Yeslyamova) é originária do Cazaquistão e vive ilegalmente na Rússia, onde dá à luz no hospital local, mas abandona o bebê por medo de ser deportada. Em seguida, a jovem sofre complicações pós-parto e é encontrada pela máfia russa, que exige que ela volte ao hospital, recupere o bebê e entregue a eles para quitar suas dívidas. Direção: Sergei Dvortsevoy. Drama. (Rússia, Alemanha, Polônia, Cazaquistão, China, 100 min). 14 anos  
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