02/06/2022 às 22h25min - Atualizada em 02/06/2022 às 22h25min
Eleições à vista: esquerda, centro ou direita?
Atualmente, o discurso de “esquerda” ou de “direita”, com extremidades ou não, de centro ou centro esquerda e centro direita, perdeu completamente o sentido. Nossa denominada “esquerda”, cujos integrantes, salvo exceções, jamais leram Marx ou Engels, absorveu os discursos ditos progressistas, tais como: a) o da “ajuda aos pobres”, como se isso não fosse um dever do Estado e da sociedade (Constituição Federal, art. 3º, III) e do terrível “politicamente correto”; b) o da “proteção” às minorias, como se inexistissem leis para tanto; c) o da criação de mais estatais (há centenas no País) e da intervenção constante e injustificada do Estado na economia, mesma estratégia da ditadura militar brasileira; d) o da tentativa velada de censura à imprensa, nos moldes de qualquer regime totalitário; e e) a corrupção institucionalizada. Uma tragédia anunciada.
O que seria, portanto, um pensamento atualmente dito de direita no Brasil? Consigo vislumbrar algo como:
a) a destruição das instituições e, como consequência, da democracia; b) uma volta aos anos 1960, com a lema tradição, família e propriedade; c) um Estado que se diz liberal ou pouco intervencionista na economia, mas que pouquíssimo ou nada faz nessa direção; d) a promessa nunca atingida da redução da carga tributária e de uma reforma administrativa; e e) truculência e desrespeito a todos que não pactuam desse ideal. Uma verdadeira hecatombe anunciada.
Os representantes desse evidente atraso são Lula e Bolsonaro, ambos sem qualquer qualificação para o exercício da presidência. Contudo, há uma esperança no denominado centro e terceira via: Simone Tebet. Como senadora demostra competência. É mestre em Direito e professora. Nossa única esperança de dias melhores.
Gaston Bonnet, jornalista
