12/09/2024 às 21h15min - Atualizada em 12/09/2024 às 21h15min

​Mudança climática: aquecimento global, poluição e o risco de eventos cardiovasculares

Nos últimos anos, estamos sendo alertados por inúmeros canais de comunicação  e organizações institucionais sobre o perigo da emissão de gases tóxicos no meio ambiente. Quando pairam no ar, impedem a troca de calor no planeta, levando ao aumento do efeito estufa, aquecimento global e poluição. Estas alterações estão causando destruição em massa de animais, florestas e seres humanos. Para se ter uma ideia, temos que ter menos que 5 microgramas por metros cúbicos de material particulado (PM) ou partículas finas no ar, para termos uma qualidade de ar “aceitável“. Estar partículas são compostas de material tóxico, mais finos que um fio de cabelo e podem entrar em nossos pulmões e atingirem a corrente sanguínea.

Cidade mais poluída 
Desde o dia 9 de setembro, São Paulo foi considerada a cidade mais poluída do planeta, segundo o monitoramento da empresa suiça IQAir. Estamos atingindo mais de 60 ug /m3 em 3 dias seguidos. A doença cardiovascular é a que mais mata no mundo e no Brasil. O aumento e estagnação de poluentes no ar aumentam em 10 a 12% esta mortalidade. Só a poluição é responsável por mais de 7 milhões de mortes anualmente.

Aumento de temperatura
Quanto às alterações de temperatura,  é este aumento de forma global que está  ocasionando a maior parte de tempestades, poeira, furacões, inundações, derretimento de geleiras, as secas e incêndios florestais. As ondas de calor chegam a aumentar em 11.7% a mortalidade cardiovascular . 

E o que temos que fazer? 
Primeiramente termos a consciência de que o homem é o grande responsável por tudo isto. A queima de combustíveis fósseis é responsável por 25 % da produção de gases que causam o aquecimento global, seguido da agricultura e pastagem (24%), indústria (21%) e transporte (14%). 
A sociedade como um todo deve estar atenta às propostas de nossos governantes e o que de fato, está sendo realizado. Temos que exigir incentivos fiscais para empresas menos poluentes, indústrias e estímulo ao uso de energia renovável. Precisamos nos unir , profissionais da saúde , engenheiros, pesquisadores ,empresários, governantes e toda a população, para que possamos achar soluções a curto médio e longo prazo, para que tenhamos um planeta habitável e saudável para as próximas décadas . 
*Danielli Haddad Syllos é médica cardiologista e Gilberto Natalini, médico e ambientalista

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