27/01/2022 às 20h30min - Atualizada em 27/01/2022 às 20h30min

​O Coronavírus e a pressão evolutiva

A grande descoberta de Charles Darwin foi a de que a evolução dos seres humanos ocorreu por meio de um processo chamado seleção natural. Nossa espécie está constantemente sob essa pressão, mas geralmente ela é tão sutil que não nos damos conta. Com o novo coronavírus e suas inúmeras variantes, como a “Omicron”, isso mudou, pois estamos sentindo na pele, ou melhor, no pulmão, quão forte é essa força.
A pressão seletiva propicia uma espécie de adaptação, que sucede quando o ambiente se modifica, segundo o biólogo Fernando Reinach. Essa alteração faz com que alguns membros da espécie tenham maior dificuldade de se adaptar a essas novas condições. Essa dificuldade se reflete na capacidade desses indivíduos, que têm genes e características mais adequadas a esse novo ambiente, e que vão aos poucos aumentando sua participação na população, o que se dá após diversas gerações, propiciando, assim, a modificação nas características da espécie.
Desde dezembro de 2019, o ambiente em que vivemos se modificou. Um ser vivo que antes vivia no pulmão de morcegos, passou a ser capaz de infectar o pulmão de seres humanos, outro processo típico da seleção natural. O vírus se propaga rapidamente, colocando pressão sobre nós, que bem de ver, não gera um perigo para a sobrevivência da nossa espécie, mas tem o potencial de reduzir nossa população em 2% ou 4%, se o homo sapiens não reagir rapidamente.
Esse novo predador tem o potencial de alterar a nossa evolução, porque ele não mata de maneira indiscriminada e com a mesma probabilidade todo e qualquer ser humano.
Assim, estamos hoje à mercê do novo coronavírus e suas variantes, até que uma vacina nos proteja plenamente, e medicamentos sejam eficazes no combate deste mal.
O. Donnini, advogado e jornalista

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