18/06/2021 às 01h44min - Atualizada em 18/06/2021 às 01h44min

A pandemia cega, desperta, endemoniza, deixa zumbi ou mata

Em 1981 os famosos demonólogos de casas mal-assombradas. Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga), tentam exorcizar um demônio ancestral alojado no corpo do nubente Ruairi O'Connor (Arne Cheyenne Johnson) que cometeu o primeiro assassinato em Connecticut em 193 anos. Autodeclarado inocente, o jovem está prestes a ser condenado à pena capital e apenas Ed e Lorraine podem livrá-lo da morte em uma investigação empolgante que mistura terror e suspense policial verídico. Lorraine que faleceu em 18 de abril de 2019, tornou-se fundamental para a conclusão do caso na época, ao convencer a polícia da existência de Espíritos, através dos seus dons mediúnicos ostensivos, todos documentados em fita, enquanto o marido transformou-se num anti-herói, esforçando-se para não ser possuído, a fim de ajudá-la ao máximo. A maldade possessiva que subjugou aquele noivo apaixonado pela futura esposa, Debbie Glatzel (Sarah Catherine Hook), era fruto de uma seita satanista sem motivo aparente, visando apenas provocar o caos e a desordem. O universo de terror de Invocação do Mal, estende-se a Annabelle, A Freira e A Maldição da Chorona. Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, está nos cinemas brasileiros e na HBO Max a partir de 29 de junho. O famoso comediante Chris Rock dá um gás ao nono episódio da franquia em exibição nos cinemas: Espiral - O Legado de Jogos Mortais, comandada dessa vez pelo sucessor de Jigsaw. No longa dirigido por Darren Lynn Bousman, Chris interpreta o detetive incorruptível mal-humorado, Zeke Banks, que seguiu os passos do pai, Marcus (Samuel L. Jackson), sobrevivendo com personalidade e liderança num antro de policiais imorais. A todo momento, o psicopata tenta corrompê-lo, enquanto mata corruptos através das típicas armadilhas viscerais de dar enjoo. No submundo britânico tomado de cores sujas e escuras, a angelical enfermeira de cuidados paliativos, Maud (Morfydd Clark), traumatizada pelo passado obscuro, passa os últimos dias amparando uma famosa ex-bailarina rabugenta (Jennifer Ehle) com câncer terminal. Na verdade, sua luta diária, à base de muita oração cristã, é consigo mesma, de modo a não ceder às tentações naquele pândego pecaminoso. A atmosfera em Saint Maud, no Now, é tensa do começo ao fim sem precisar recorrer a sustos gratuitos ou pirotecnia barata. Um vírus asiático de origem animal criado em laboratório por um governo comunista e financiado pela empresa americana Umbrella Corporation, da franquia Resident Evil, na HBO GO, contamina todo o planeta, expandindo-se em diversas realidades e dimensões paralelas. Em todas elas, as pessoas imunes ao vírus, tornam-se objeto da ganância de ativistas, da cobiça cientificista e do fundamentalismo religioso-ideológico, a fim de se dar bem em função do caos humanitário, socioeconômico. Essa escória hipócrita minoritária, formada de indiferença ou maldade, encontra-se devidamente protegida num abastado oásis isolado, enquanto o resto da população sobrevive em condições análogas à de um escravo. Em Awake, disponível na Netflix, a patologia enlouqueceu parte da população que inexplicavelmente não consegue mais dormir. A messiânica criança imune que surge, é caçada como cobaia para testes. Em Extermínio, o vírus transformou os ingleses em zumbis hiperativos, ágeis e velozes, de olhos vermelhos horripilantes, cujo único som produzido, é o de um cão raivoso pronto para o ataque, em uma espécie de transe psicótico. Filhos da Esperança, dirigido por Alfonso Cuarón, retrata uma das melhores e mais realistas distopias do cinema, onde as mulheres não conseguem engravidar há 18 anos. A crise imigratória lembra a atual crise gerada pelo incompetente governo Biden. A vida sem a ideia de continuidade, acúmulo de capital, relações e atividades sociais, como o casamento, trabalho e artes, desestimula a produção de qualquer legado cultural, cientifico ou religioso que possa vir a contribuir para a história da humanidade, obrigando o governo a distribuir kits-suicídio. Os paulistas sob a câmera do diretor Fernando Meirelles, inspirado na obra homônima de José Saramago: Ensaio sobre a Cegueira, tornam-se cegos de uma hora para outra. Destaque a um grupo mau-caráter que comanda um hospício, barganhando sexo por comida estocada, ao invés reaprenderem a utilizar os outros sentidos com o objetivo de sair de lá, juntos. O pior cego é aquele que não quer ver.
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