06/05/2021 às 22h47min - Atualizada em 06/05/2021 às 22h47min

Amor de mãe para o bem e para o mal

O Maior Amor do Mundo (2016) ou Mother's Day no original é uma comédia romântica sem sal para ver com a família logo após o farto almoço do domingo. São várias histórias associadas à maternidade que se cruzam. Na trama, Sandy (Jennifer Aniston) ficou possessa ao saber que o ex-marido Henry namora uma jovem vinte anos mais nova, a fim de disputar a preferência dos filhos com ela. Na mesma hora a enciumada vai fofocar com a bela amiga e vizinha, Jesse (Kate Hudson). Jesse irá conversar por Skype com os pais que moram em outro estado no segundo domingo de maio. Durante os preparativos para a celebração do Dia das Mães, Sandy conhece o recente viúvo Bradley (Jason Sudeikis) no supermercado, um ex-fuzileiro naval que após a morte da esposa, cuida das duas filhas sozinho. Mais tarde, a marombeira ainda entrevista Miranda (Julia Roberts), uma escritora famosa que abre mão de ver a filha para se dedicar à carreira. Na mesma linha do filme estrelado por Jim Carrey (Sim Senhor), cujo personagem foi doutrinado por uma seita a dizer sim para tudo, incondicionalmente, temos a autoritária mãe de família Allison (Jennifer Garner), que após ter sido comparada ao ditador comunista Stalin pelos filhos, decide adotar o Dia do Sim, disponível na Netflix. Ocorre que a liberdade no sonhado dia, transformou-se em libertinagem, gerando divertidas brincadeiras pastelões que lembram o clássico estrelado por Peter Sellers, Um Convidado Bem Trapalhão, ou o clássico da Sessão da Tarde, Curtindo a Vida Adoidado. Jasmim, é um curta-metragem surpreendente sobre o drama da jovem mãe, Sofia (Anna Flávia Camargo), dividida entre as sessões de psicoterapia e a companhia do marido, após a morte precoce do filho pequeno, Felipe (Zion Marchiore). Qual será a escolha de Sofia? Dia das Mães Macabro (Mother's Day) é um clássico do terror trash bagaceiro que estreou em 1980, o mesmo ano do slasher Sexta-Feira 13 original, aquele da mãe do Jason, “homenageando” o filho dela na cena final. Na trama, três amigas da época de escola vão acampar numa floresta isolada, o cenário ideal para jovens sádicos estuprá-las à base de brincadeiras sadomasoquistas a pedido da mãe, ainda mais insana do que eles. Enquanto o remake trinta anos mais tarde, na HBO GO, substitui o sarcasmo gore daquela época por um tom realista ainda mais violento, sem perder a qualidade. Dessa vez, em Dominados Pelo Ódio (Mother's Day), ladrões suburbanos filhos de uma mãe líder e controladora (Rebecca De Mornay, a madrasta de Jessica Jones na série da Marvel na Netflix e também a psicopata em A Mão que Balança o Berço), entram numa casa particular reivindicando a propriedade, mas acabam fazendo os jovens moradores de lá, reféns. O motivo da tortura ultraviolenta, como queimar o cabelo das vitimas, é a fortuna secreta escondida dentro da casa. Baseado na história de amor mortal entre mãe (Dee Dee Blanchard) e filha (Gypsy Rose), desenvolvida na série The Act e no documentário da HBO Mamãe Morta e Querida, o diretor do excelente “Buscando”, Aneesh Chaganty, produziu o novo longa da Netflix, Fuja, equiparado aos recentes clássicos do terror psicológico: Louca Obsessão, O Homem Invisível e Boa Noite, Mamãe!, sem perder a identidade. A exemplo de Dee Dee, a mãe controladora Diane Sherman, vivida por Sarah Paulson (Rached, Vidro e American Horror Story) sofre da Síndrome de Munchausen por procuração, um distúrbio psíquico em homenagem ao Barão de Münchhausen, descrito em 1977 pelo pediatra Sir Roy Meadow. O transtorno mental é causado pelo “excesso de amor incondicional” da mãe para chamar a atenção da única filha, Chloe (Kiera Allen), por medo doentio de perdê-la para sempre. Em razão disso, Diane forja na cadeirante doenças inexistentes como: arritmia cardíaca, asma, hemocromatose (excesso de ferro no sangue), diabetes e paralisia à base de fortes medicamentos. A excelente atriz Kiera Allen, que tem deficiência física na vida real, em seu primeiro longa-metragem, interpreta uma jovem especializada em tecnologia e robótica, enclausurada nas asas da mãe-coruja carente por 17 anos. Uma Rapunzel moderna presa na torre de marfim da Bruxa que conseguiu descobrir a farsa, mesmo sem ter acesso à internet, conquistando finalmente a independência. As mães não são eternas, apenas a hilária personagem interpretada por Paulo Gustavo (*1978 † 2021) em Minha Mãe é Uma Peça.
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