18/02/2021 às 22h46min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Militar Raiz X Militar Nutella

Em 1870 o letrado veterano da Guerra da Secessão, Capitão Kidd (Tom Hanks), percorre os estados derrotados do sul lendo Relatos do Mundo (na Netflix) para a imensa maioria analfabeta. Kidd personifica o mitológico contador de histórias mesclado ao moderno narrador de notícias de jornal impresso. Isso até o ex-membro da Infantaria Confederada acolher uma criança ariana, filha de alemães que foi raptada e alfabetizada por índios pele vermelha da tribo de Kiowa. A relação complicada entre Johanna Leonberger (Helena Zengel) e Kidd lembra a relação entre a selvagem inteligente, X-23 com o inteligente selvagem, Logan (Wolverine). O novo filme do pai da Trilogia Bourne, Paul Greengrass, baseado no livro homônimo de Paulette Jiles, descreve a barbárie entre pistoleiros rurais e inocentes camponeses ingênuos apegados a terra e a família, amparados por civilizados oficiais ianques da União, tentando restabelecer a ordem em terras ainda sem lei. Uma miscelânea cheia de contrastes é retratada aqui de propósito, a fim de desconstruir diversos estereótipos preconceituosos. A bela fotografia pode ser comparada ao moderno Velho Oeste de Bravura Indômita ou ao road movie - Dívida de Honra. Ambientado em 1990, vivenciamos a jornada do veterano policial militar nato de carreira, Joe Deacon (Denzel Washington) que acaba se envolvendo no caso de um serial killer. Apesar do elenco estelar, composto pelo “Freddie Mercury”: Rami Malek e o “Coringa”, Jared Leto, indicado ao Globo de Ouro 2021, o longa: Pequenos Vestígios (em cartaz nos cinemas), não empolga, devido ao excesso de diálogos e a falta de objetividade ­sonolenta. Em clima de Olimpíadas de Tóquio adiada para este ano em função da pandemia, acompanhamos O Caso Richard Jewell, na HBO GO, baseado no artigo publicado pela revista Vanity Fair em 1997. O verdadeiro Richard (na foto) foi um policial de princípios republicanos ético-morais e disciplinares, que seguia o código militar universal à risca, em uma época onde o policial cumpridor da lei, com excesso de zelo, era tratado como criminoso e o transgressor era vitimizado. Parece que nada mudou e até piorou hoje em dia. Por isso, apenas um diretor republicano como Clint Eastwood para valorizar esses singelos heróis da vida real que substituíram os abrutalhados estranhos sem nome, fictícios do passado. A trama se passa em 1996 durante as Olimpíadas de Atlanta quando esse prestativo guarda de segurança rebaixado encontra uma bomba de fabricação caseira no parque olímpico, salvando milhares de vidas. A exemplo do piloto de avião, Sully - O Herói do Rio Hudson, Richard ignorou o protocolo de praxe prevendo o iminente perigo, a fim executar aquilo que achava certo. Enciumado e aproveitando da inocência e da ingenuidade do momentâneo herói por incidente, o agente mau-caráter do FBI Tom Shaw (Jon Hamm) com apoio da jornalista oportunista Kathy Scruggs (Olivia Wilde), espalha notícias falsas na imprensa, acusando o bom samaritano de ter colocado a bomba de propósito em busca de fama mundial. Após criticar a corrupção policial em Robocop, o diretor Paul Verhoeven satiriza os vietcongues e a Guerra do Vietnã em Tropas Estelares (disponível no Claro Video). Na trama estrelada por Denise Richards, jovens nascidos para matar, interpretados por atores nutella, se alistam para uma guerra interplanetária contra insetos gigantes em troca de cidadania e voto, a partir de um sistema educacional politizado com propaganda ideológica em massa, divulgado amplamente pela mídia manipuladora, controlada pelo governo totalitário do Tio Sam (I Want You). Toda essa doutrinação absurda remete ao discurso enganoso de Kennedy, visto em, Nascido em 4 de Julho: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”. Em 1961, o presidente democrata encheu o Vietnã de tropas militares nutella rumo ao Apocalipse Now. Essa ditadura silenciosa disfarçada de ufanismo patriotico, condenou a maior lenda do boxe: Muhammad Ali a cinco anos de prisão por ter recusado a convocação para a guerra. A cena do banheiro unisex no filme de 1997 lembra a agenda radical para crianças transgênero, imposta por decreto pelo atual presidente, Joe Biden. Já o livro homônimo, escrito em 1958 pelo ex-militar Robert A. Heinlein, criticou o contra-ataque desproporcional aos japoneses em Pearl Harbor, principalmente as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Essas duas ações genocidas foram ordenadas pelo presidente Harry S. Truman. O democrata ainda enviou tropas à Guerra da Coreia contra os "insetóides raquíticos de olhos puxados” que deu início à Guerra Fria.


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