21/01/2021 às 21h58min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Aniversário de São Paulo é celebrado com atividades on-line nos espaços culturais

No dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo celebra seu 467º aniversário. A capital paulista, que exerce grande influência cultural, é homenageada com uma programação on-line e gratuita nos museus Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade, Oficina Cultural Maestro Juan Serrano e Fábricas de Cultura, equipamentos da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo que são gerenciados pela Poiesis. Casa das Rosas Uma das principais características da obra do escritor paulistano Haroldo de Campos é seu caráter cosmopolita. Na atividade “De perdizes às galáxias – O cosmopolitismo de Haroldo de Campos”, Júlio Mendonça – coordenador do Centro de Referência Haroldo de Campos da Casa das Rosas – comenta, valendo-se de trechos de entrevistas do poeta, esse cosmopolitismo conjugado ao fato de Haroldo ter residido toda sua vida no mesmo bairro da cidade de São Paulo. O evento acontecerá no dia 25 de janeiro, segunda-feira, das 19h às 21h, pela plataforma Zoom. Casa Guilherme de Almeida A presença africana na música brasileira se manifesta de diversas formas. Se, em 1966, Baden Powell “carioquizava” o candomblé com os afro-sambas que compôs com Vinícius de Moraes, meio século depois vivemos um momento inédito com a chegada de músicos de diferentes países africanos à metrópole paulistana. No filme “Afro-Sampas” observamos o que pode acontecer quando músicos dos dois lados do Atlântico são colocados em contato na cidade onde vivem. Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Fiho (Togo), Lenna Bahule (Moçambique) e os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno del Picchia aceitaram o convite para um primeiro encontro no qual experimentam sonoridades, memórias e criatividades. O encontro será dia 23 de janeiro, sábado, às 15h. Casa Mário de Andrade Com enfoque em sustentabilidade e meio-ambiente, a aula-show “Água do meu Tietê, onde me queres levar?” apresentará ao público composições de Victor Kinjo baseadas no mesmo rio que outrora inspirou Mário de Andrade a escrever seu último poema, A Meditação sobre o Tietê (1945). Esta atividade acontecerá no sábado, 23 de janeiro, das 16h30 às 18h30 pelo Google Meet. História Índios da tribo tupiniquim dos guaianás, também conhecida como "guaianases", eram um agrupamento indígena brasileiro que povoou São Paulo de Piratininga até o final do século XVI. Os primeiros padres da Companhia de Jesus deram início à missão de construir a casa de meninos no planalto de Piratininga em agosto de 1553, quase seis meses antes da data da missa que vai oficializar o nome de São Paulo. Os padres jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próximo aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e pelos índios no Pateo do Collegio. Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Elas tinham como objetivo a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalharem como escravos nas minas e lavouras. Em 1815, a cidade se transformou em capital da Província de São Paulo, mas somente 12 anos depois ganharia sua primeira faculdade, de Direito, no Largo São Francisco. A partir de então, São Paulo se tornou um núcleo intelectual e político do país, mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século 19. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes. Na década de 1940, São Paulo também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário. A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade, e a necessidade de mão de obra para essas duas frentes, trouxe brasileiros de vários estados, principalmente do nordeste do país. Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.