07/08/2020 às 20h36min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h26min

"Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço..." 

"Na teoria é uma coisa, mas na prática é outra". É o que está acontecendo com a administração municipal do prefeito Bruno Covas. Talvez por estar cercado de assessores “politicos”, que concordam com tudo, e não com uma equipe técnica competente, ou ainda por acreditar que seu poder de mando é inquestionável. Vejam nesta edição o caso da avenida Rebouças, onde todas as pesquisas, inclusive a da Prefeitura, mostram que ela tem o pior trânsito da capital e ainda vai “ganhar” uma ciclofaixa lateral minúscula e até perigosa para os ciclistas, tirando o pouco espaço existente do trânsito diário de milhares de motos, veículos, ambulâncias preferenciais e ônibus de sua faixa exclusiva. Sem consultar a comunidade, as entidades, enfim, sem consultar ninguém, a obra prejudicará toda a região com o afunilamento da via. Em diversas matérias no ano passado, a Gazeta de Pinheiros e todos os jornais do Grupo 1 mostraram o descontentamento da população com depoimentos e reportagens que condenavam a obra fantasiosa que só beneficia poucos ciclistas. Faltam estudos, fiscalização e trabalho dedicado e transparente do Executivo, que realiza obras, gastando milhões de reais desnecessariamente, mesmo em tempo de pandemia. E mais, nesta edição vamos mostrar novamente que os pernilongos continuam “atacando” os moradores, pois a Prefeitura "esqueceu" da dedetização nas margens do rio Pinheiros. Também as obras das calçadas intermináveis no bairro, malfeitas e já com problemas, por falta de fiscalização, que é um dos principais pontos negativos da atual administração municipal. Ainda resta a pergunta da comunidade: “Onde foram aplicados os R$ 1,6 bilhão da Operação Faria Lima?”. E continua o descarte contínuo de entulho nas ruas. E quando serão revelados os "segredos' dos R$ 800 mil gastos pelo Executivo com o fechamento da Praça Pôr do Sol? Por fim, voltam as aglomerações nos bares da região, proibidas, mas sem fiscalização eficiente. Mas não adianta a comunidade “gritar”, reivindicar ou colocar a “boca no trombone”, o que vale é a palavra do Prefeito, dos seus Secretários e dos Subprefeitos, que não aceitam críticas e sempre acompanham o jargão “faça o que eu mando ‘sem fiscalização’, mas não faça o que eu faço...”.  *W.Donnini é jornalista e advogado
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