17/07/2020 às 16h25min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h27min

Dicas de Séries e Filmes - 17/07/2020

Tom Hanks comandando batalhas na terra e no mar Em virtude da pandemia, a Sony optou por vender os direitos de produção à Apple TV+ por 70 milhões de dólares nos próximos 15 anos, ao invés da Netflix, para exibir seu novo longa apenas nos cinemas da China. Baseado no livro: The Good Shepherd, Tom Hanks, após combater modernos piratas da Somália como o Capitão Phillips e resgatar o soldado Ryan, interpreta agora o responsável Capitão Ernest Krause, a bordo do destróier Greyhound, liderando um comboio de 37 navios mercantes protegidos por três navios de guerra, incumbidos do transporte de soldados e suprimentos da América para as forças aliadas na Europa contra os U-Boats alemães, conhecida como a Batalha do Atlântico. Apesar do clímax ser as excelentes batalhas navais contra submarinos nazistas, mesclado às nuvens pesadas de clima frio insuportável, confundido com o mar cinzento, a obra cinematográfica do diretor Aaron Schneider: Greyhound - Na Mira do Inimigo, foca no agitado ambiente interno, centralizado nos olhos tensos e melancólicos do comandante competente que mal consegue dormir e comer entre as 48 horas cruciais da primeira e mais importante missão da carreira, durante o mortal trajeto chamado de “Buraco Negro”, sem escolta aérea. Ocorre que a trama ignora completamente o resto da frota, retratada apenas por rádio, em diálogos apressados e técnicos demais para o público comum, interessado basicamente nas belíssimas imagens cinzentas em ângulo mais aberto da guerra em si. Greyhound - Na Mira do Inimigo. Direção: Aaron Schneider. Guerra. (Greyhound, EUA - 2020, 91 min). 14 anos. Nota: 3,0   O Dia D de Tom Hanks Baseado na obra literária de Stephen E. Ambrose, O Dia D: 6 de junho de 1944, o mesmo autor de Band of Brothers, série homônima da HBO GO, também dirigida por Steven Spielberg e Tom Hanks. "O Resgate do Soldado Ryan", disponível no Telecine, Prime Video, Globoplay e Netflix, considerado um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos, principalmente nos viscerais primeiros 27 minutos, durante a batalha mais sangrenta da invasão à Normandia. Lá, na Praia de Omaha, aliados desnorteados, surpreendidos pela traiçoeira artilharia alemã vinda de protegidas casamatas cercadas de relevo escarpado, mancham o mar celeste do vermelho infernal, repleto de ouriços tchecos, dilacerantes. Inspirada na Carta Bixby, escrita pelo presidente republicano Abraham Lincoln, a trama envolve sete militares, liderados pelo Capitão John H. Miller (Tom Hanks) à procura do paraquedista James Francis Ryan (Matt Damon), o último sobrevivente de quatro irmãos militares, mortos em combate. Uma das cenas mais dramáticas, ambientada na cidade de Neuville, foi protagonizada no segundo arco pelo jovem estreante Vin Diesel, a primeira e única grande atuação da sórdida carreira. Por fim, a catarse final na vila francesa de Ramelle, homenageia o filme de 1959, A Ponte da Desilusão. O Resgate do Soldado Ryan. Direção: Steven Spielberg. Guerra. (Saving Private Ryan, EUA - 1998, 170 min). 16 anos. Nota: 5,0   Charlize Theron e os Highlanders Baseado na linda HQ homônima ilustrada por Leandro Fernandez e escrita pelo roteirista do longa, Greg Rucka, uma equipe de heróis imortais protege a humanidade agindo nas sombras para esconder seu DNA sagrado de tiranos oportunistas, atravessando dinastias orientais milenares, monarquias absolutistas ligadas à Santa Inquisição medieval contra bruxas, passando por ditaduras para o proletariado, guerras mundiais, até chegarmos ao republicano tempo presente. “The Old Guard”, original da Netflix, dirigido por Gina Prince-Bythewood, produzido e protagonizado por Charlize Theron, perde a oportunidade de se tornar um épico de batalhas fantásticas ao escolher uma trama mentalmente preguiçosa, atual e lúdica, se rendendo a repetitivos clichês com vilões fracos, sem dar a devida importância ao passado instrutivo. Apesar de tudo, é sempre bom ver a “Atômica” Charlize interpretando a líder secular Andrômaca em deliciosos planos-sequência, inconfundíveis, a fim de ensinar a novata Nile (KiKi Layne - Se a rua Beale falasse). Apesar do excesso de dramaticidade nos momentos-chave é um bom episódio piloto de uma possível franquia cinematográfica de acordo com as cenas pós-créditos. The Old Guard. Direção: Gina Prince-Bythewood. Ação. (EUA - 2020, 124 min) 16 anos. Nota: 3,0 O crepúsculo da Terra do Sol Nascente “Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar; porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.” (Livro dos Espíritos). Os inevitáveis ciclos naturais de destruição e renovação, a exemplo de Terremoto - A Falha de San Andreas e o novo anime-catástrofe, baseado na obra homônima: Japão Submerso, do escritor Nihon Chinbotsu (1973), análogo ao longa: Maremoto e Naufrágio do Japão. A série original da Netflix com 10 episódios, dirigida por Masaaki Yuasa (Devilman: Crybaby; Hora de Aventura), surpreende pelo realismo dramático, cheio de alternativas e contextos sociais atuais, focado na odisseia da família Ayumu que luta para sobreviver após o mortal terremoto que atingiu em cheio o arquipélago japonês pouco antes do início das Olimpíadas de Tokyo, que iria acontecer em 2020. Uma aventura de autoconhecimento e aprendizagem à força, mistura otimismo e traumas impactantes, proibido para menores, incapazes de compreender as fragilidades da vida humana que sucumbem abruptamente de forma nobre ou egoísta. Japão Submerso. Criação e direção: Masaaki Yuasa. Anime. (Nihon Chinbotsu, Japão - 2020, 1 temporada, 25 min). 18 anos. Nota: 4,0  
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