E finalmente o paulistão vai recomeçar no próximo dia 22 de julho. Os jogos serão sem torcida e apenas em cidades na fase amarela da flexibilização. O paulistão foi paralisado faltando seis rodadas para chegar ao final. A previsão é de que a final aconteça no dia 8 de agosto, um sábado, e no dia seguinte, começa o campeonato brasileiro. Um assunto que será debatido quando os finalistas forem conhecidos. O presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, está em contato direto com a CBF para debater o calendário, dada a distância de apenas um dia entre a final do paulistão e o começo do brasileirão. A ideia é esperar a definição dos finalistas do estadual para decidir o que fazer com os jogos deles no nacional. A logística do torneio será um desafio a mais já que os jogos só poderão ocorrer em cidades que estejam na fase amarela do chamado plano São Paulo, que determina a reabertura das regiões em meio à pandemia do novo coronavírus. Das 13 cidades que são sedes de clubes da série a 1 do estadual, apenas Diadema, São Paulo e Santo André estão na fase amarela. O problema é que cidades como Santos (fase laranja), Campinas (fase vermelha) e Ribeirão preto (fase vermelha) não poderiam receber partidas hoje. Se a situação não mudar até lá, terão que mandar os jogos em outros municípios. As cidades em fase vermelha têm outro problema: o avanço de cor ocorre a cada duas semanas, e a última atualização foi no dia 3. Com isso, elas só poderão chegar à fase amarela no dia 31 de julho, passando antes pela laranja. O centro de contingência da Covid-19 aprovou, em conjunto com a Federação Paulista de Futebol, o novo protocolo da retomada do campeonato paulista. O documento prevê menos de 200 pessoas nas partidas, divisão dos estádios por zonas e confinamento dos 16 clubes da série A1 do paulistão em locais previamente determinados para o controle dos profissionais envolvidos nas partidas. Nos dias que antecedem os jogos, serão conferidas as listas de funcionários enviadas pelos clubes. Antes do jogo, três portões serão liberados, um só para as delegações, outro para os funcionários de transmissão e outras operações, e um terceiro para demais profissionais. Todos devem entrar de máscaras e terão suas temperaturas medidas na porta. Durante o jogo, haverá distanciamento nos bancos de reservas, e as bolas serão constantemente desinfetadas pelos gandulas. Os jogadores vão ter que trocar todo o uniforme no intervalo. Apenas os jogadores em campo, técnicos e trio de arbitragem poderão estar sem máscaras. No final da partida as delegações deverão aguardar o protocolo de saída em ambiente ao ar livre. A equipe visitante deixará o estádio primeiro, seguida pela equipe mandante e pelo trio de arbitragem. E os clubes devem voltar diretamente a seus locais de concentração. Restam apenas seis datas para o encerramento do paulistão: as duas rodadas finais da fase de grupos, os jogos únicos nas quartas de final e nas semifinais, e os dois jogos da grande decisão. Uma estratégia que mais parece “de guerra” será adotada, isso porque não dá mais para adiar a realização do campeonato. Mesmo com as restrições de segurança sendo adotadas, muitas coisas ainda podem mudar. Cada semana é um cenário diferente. Estaremos acompanhando esse recomeço difícil e criterioso do campeonato paulista, de casa, torcendo para que a alegria do futebol nos dê um pouco de alento em tempos tão difíceis.