03/07/2020 às 20h43min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h27min

Como a pandemia afetou a Fórmula 1

por Silvia Vinhas A pandemia do novo coronavírus provocou mudanças importantes na temporada da Fórmula 1, que começa essa semana na Áustria. Para garantir a segurança, desde o desenvolvimento dos carros até as cerimônias de pódio foram revistas. Nesse reinício, os pilotos terão dois finais de semana de folga entre o GP da Áustria de 5 de julho e o GP da Itália de 6 de setembro. Uma situação única e histórica que vai exigir uma maior preparação física e mental a todos os envolvidos. A tendência é que o campeonato siga nesse ritmo acelerado até o final. Como o plano é fazer de 15 a 18 provas até dezembro, isso significa realizar até três provas por mês, incluindo longos deslocamentos de uma corrida para outra. O atraso por conta do vírus, gerou outra situação inédita: alguns pilotos vão começar a temporada 2020 sabendo que estarão de casa nova em 2021. É o caso de Carlos Sainz, contratado pela Ferrari e atualmente na McLaren, e Daniel Ricciardo, que já sabe que irá da Renault para a vaga do espanhol na MacLaren. Sebastian Vettel também fará sua última temporada pela Ferrari e, talvez, na F1. Isso pode gerar situações complicadas como a aplicação de ordens de equipe na Scuderia que Vettel não teria tanta preocupação em não aceitar, e uma certa dificuldade para Ricciardo na Renault, já que o time o contratou a peso de ouro em 2018 e o australiano saiu na primeira oportunidade que teve. O desenvolvimento dos carros estará congelado. Cada equipe terá dois tokens, como se fossem fichas, para usar ao longo do ano em mudanças, com parte das homologações começando antes mesmo dos carros irem para a pista na primeira corrida, e a segunda antes da oitava etapa. O regulamento vai se manter estável, a exemplo do que já havia acontecido entre 2019 e 2020. A pré-temporada realizada em fevereiro, inclusive, será a única referência, já que não serão permitidos testes privados na F1 com carros atuais. Por conta das restrições às viagens causadas pela pandemia, esta é a primeira vez em 70 anos de história, que a F1 terá corridas em dois finais de semana seguidos em uma mesma pista. Já está certo que isso vai acontecer nas duas primeiras etapas, na Áustria, e na terceira e quarta, na Inglaterra. E é possível que se repita outras duas vezes (na Rússia e no Bahrein). E pelo menos nas primeiras provas do campeonato e enquanto os países estiverem observando medidas de distanciamento social, todo o cerimonial da F 1 será diferente. A categoria ainda não detalhou quais serão as mudanças, mas os pilotos não ficarão mais perfilados durante a reprodução do hino nacional no grid, não darão entrevista um ao lado do outro depois da classificação e da corrida e a antessala do grid também não será a mesma. As celebridades que sempre prestigiam os eventos ficarão de fora das primeiras etapas, que serão cobertas de cuidados para evitar que a Covid-19 se espalhe no paddock. Os membros das equipes serão continuamente testados e separados em minibolhas para diminuir o número de pessoas com que entrarão em contato. O importante é que finalmente, o ronco dos motores está de volta aos domingos, e a normalidade tão esperada mostra uma luz no fim do túnel. Após a primeira prova, será possível sentir o campeonato e ter uma ideia do quanto o isolamento pode ter prejudicado o desempenho dos pilotos e o entrosamento das equipes. São novos tempos, mas a emoção...está garantida.
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