21/05/2020 às 18h54min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h32min

Dicas de séries - 22/05/2020

A magia de princesas gordinhas lésbicas unida a das musculosas esbeltas contra o materialismo totalitário do Líder da Horda   Nos anos 80, He-Man e She-Ra destacavam-se pelas importantes lições de moral no final de cada episódio, formado por um elenco de biotipos atléticos idênticos, em razão da tecnologia limitada da época. A nova série She-Ra e as Princesas do Poder, da Netflix, destaca-se pela diversidade física, étnica e sexual de heroínas gordinhas, baixinhas, negras e lésbicas, sempre com algum problema psicológico. Esses conflitos internos de personagens ambíguos e imperfeitos, psicossomaticamente, simbolizam a verdadeira disputa entre bem e mal, espiritual e material. Etéria é um planeta vivo, imponderável, e as princesas elementais foram abençoadas pela magia secreta da Floresta do Sussurro (vento, espírito). O objetivo da showrunner Noelle Stevenson foi demonstrar que a jornada do grande herói começa no equilíbrio interno das emoções. Foi dessa maneira que a entidade She-Ra, sucessora de Mara, pôde ser encarnada e materializada em Adora, e o poder canalizado na Espada da Proteção, símbolo da vontade, aflorar com toda sua essência. O cúmulo das emoções individuais e coletivas daquela sociedade foi muito bem demonstrado na Utopia gerada pela explosão do portal interdimensional do paspalhão Hordak, construído por Entrapta, uma das melhores personagens, e que aprendeu a usar os conhecimentos científicos para o bem, enquanto a regenerada Sombria usou sua poderosa magia a fim de salvar os rebeldes da destruição, caindo a máscara do sacrifício. Até Felina revelou a outra face de Eva, em tempo. Nesta quinta temporada, concluída em 52 episódios, ao todo, o materialista Líder da Horda, representante do socialismo nazifascista, totalitário, através do implante de chips doutrinadores de controle mental, embutidos no cérebro dos habitantes de cada planeta a ser conquistado, impõe igualdade absoluta, ao invés de liberdade individual e pluralidade de ideias, pensamentos e atitudes. A cena da derrota do único real vilão revolucionário da série infantojuvenil, dirigida ao público feminino, homenageia a franquia Star Wars.   She-Ra e as Princesas do Poder. Direção: Noelle Stevenson, Animação (She-Ra and the Princesses of Power, EUA, desde 2018 - 5 temporadas, 24 min). Livre.   Nota: 3,5   Despedida de solteiro com Scarlett Johansson e Demi Moore chega à Netflix   Em 2006, as amigas da faculdade Alice (Jillian Bell), Blair (Zoë Kravitz) e Frankie (Ilana Glazer) resolvem fazer uma quase inocente despedida de solteiro para a “Viúva Negra” recém formada, Jess (Scarlett Johansson), em Miami, o paraíso das solteiras, mas acabam se envolvendo em um assassinato. “A Noite é Delas” é um ótimo programa de sessão da tarde para maiores, em razão da pandemia, ao estilo feminino de “Um Morto Muito Louco”. As colegas alteradas de cocaína fazem piadas ecléticas, adultas e bem diversificadas, algumas bobas, outras nem tanto, a fim de entreter até o fim, devido ao tema extremamente desgastado, numa trama cheia de alternativas. O elenco estrelado conta com a participação especial de Demi Moore e a figurinha carimbada nas comédias românticas Kate McKinnon.   A Noite é Delas. Direção: Lucia Aniello. Comédia dramática. (Rough Night, EUA - 2017,101 min). 16 anos.   Nota: 2,5   O “Hulk” Mark Ruffalo gordo, brigando consigo mesmo   Após Westworld ficar aquém das expectativas, a HBO e HBO GO investiram, desde o dia 10 de maio, na nova minissérie semanal de 6 capítulos, estrelada pelo “Hulk”, Mark Ruffalo, “Eu Conheço a Verdade”. O ator, para interpretar dois irmãos gêmeos idênticos, teve de engordar 13 kg e brigar consigo mesmo. A trama baseada no romance homônimo de Wally Lamb, conta a história do obeso, esquizofrênico, paranoico e fanático religioso Thomas Birdsey, amparado pelo dedicado irmão esbelto, Dominick, ao saber da grave doença da mãe e a idade avançada do padrasto, no  primeiro episódio.   1º Episódio - Eu Conheço a Verdade. Direção: Derek Cianfrance. Drama. (I Know This Much Is True, EUA - 2020, 60 minutos).   Nota: 3,0
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