30/04/2020 às 20h45min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h32min

Dicas de séries - 01/05/2020

Thor e Wolverine no cinema em casa     Thor e o diretor de Vingadores: Ultimato em ação frenética na Netflix   “Resgate”, o novo longa original da Netflix, é uma agradável surpresa a toda população do “cinema em casa” a fim de ver Chris Hemsworth e um dos irmãos Russo, Joe Russo, como roteirista, juntos novamente em um excelente filme de ação e guerra (o melhor do gênero até agora) no cenário pobre e sujo da Índia. Na trama, o mercenário decadente Tyler Rake (Hemsworth) e sua equipe, liderada por Nik Khan (a iraniana Golshifteh Farahani), tentam resgatar o filho de um chefão do crime em Bangladesh, sequestrado pelo rival. Destaque ao frenético plano-sequência de aproximadamente doze minutos entre os apertados cortiços, além de ótimas perseguições na selva e no trânsito caótico de mais de 1,4 bilhão de habitantes. A fotografia suja em colorido granulado e turvo caracteriza um país dominado pelo crime, a exemplo de Traffic, Sicário e Rambo 5, todos ambientados no México, dominado pelo tráfico de drogas, também. Participação especial do xerife “Hellboy” de Stranger Things, David Harbour. O diretor Sam Hargreave, que interpreta o sniper do início, foi o dublê de Chris Evans em Capitão América - Soldado Invernal. Semelhante à franquia, John Wick, dirigida por ex-dublês, de coreografias parecidas.   Resgate. Direção: Sam Hargreave. Suspense de ação. (Expedition, EUA -2020, 117 min). 16 anos.   Nota: 3,5   Hugh Jackman - “Rei Do Show”, nos cinemas, The Boy from Oz, na Broadway, e agora, Má Educação, na HBO   “Má Educação” é protagonizado pelo versátil Hugh Jackman na HBO, interpretando Frank Tassone, o superintendente do colégio público de Roslyn em Long Island, um dos mais conceituados do país. Isso até a entidade se envolver em 2002 no maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro dos EUA, cerca de 11 milhões de dólares desviados dos cofres públicos. O esquema fraudulento começou a ser descoberto, graças à pesquisa interna “acidental” da estudante de jornalismo, a personagem fictícia, Rachel Bhargava, representada pela atriz Geraldine Viswanathan, em razão da denunciante na vida real preferir ficar no anonimato, cujo processo só pôde ser concluído por meio de delação premiada de alguns dos envolvidos, incluindo a diretora Pam Gluckin (Allison Janney - Oscar de melhor atriz coadjuvante por Eu, Tonya). O famoso recurso foi descortinado pela Lava Jato, a partir de 2014. Estima-se que o Brasil joga 1 trilhão de reais no lixo por ano com corrupção, descaso e incompetência. Apenas alguns zerinhos a mais.   Má Educação. Direção: Cory Finley. Drama. (Bad Education, EUA - 2020, 109 min).   Nota: 3,5   Angelina Jolie e o filho adotivo Maddox descortinam o silencioso Holocausto cambojano   Em 1975, moradores de uma pequena vila da capital Phnom Penh, subitamente, são obrigados a evacuar suas casas à força por exigência maquiada do exército revolucionário do Partido Comunista do Kampuchea, que invadiu a região após a queda do governo do general Lon Nol, e a saída das tropas norte-americanas que bombardearam o país, já em frangalhos. Até a inanição, esses serviçais do comunismo trabalharam de sol a sol nas lavouras agrícolas coletivizadas, enquanto os futuros órfãos eram doutrinados em uma escola de estudo específico de teoria e prática em táticas de guerrilha descomunais contra os vietcongues do sul, a pretexto do falsário deus Angkar Pavedat, referindo-se ao próprio PCK, do ditador totalitário Pol Pot. A retórica dissimulada do comandante do Khmer Vermelho era similar a de Lenin durante o período revolucionário da extinta União Soviética, a qual consistia no mantra “paz, terra e pão”, além do clássico “liberdade, igualdade e fraternidade”. O holocausto cambojano visava expurgar a liberdade de expressão, cultos religiosos e movimentos culturais, principalmente a economia de mercado, na busca fratricida da pureza ideológica e segurança interna. “Primeiro, Mataram o Meu Pai”, dirigido por Angelina Jolie e produzido pelo filho adotivo, o cambojano Maddox Jolie-Pitt, trás uma belíssima fotografia que estetiza a extrema miséria do proletariado no campo. Baseado no livro homônimo da escritora- personagem, Loung Ung, (Sareum Srey Moch), na época aos 5 anos de idade. A protagonista de olhar singelo, curioso e atento, compõe o elenco formado apenas por cambojanos, testemunha do maior genocídio da história da humanidade que levou a óbito um quarto da população do país em pouco mais de três anos.   Primeiro, Mataram o Meu Pai. Direção: Angelina Jolie. Drama biográfico. (First They Killed My Father - 2017, 136 min). 16 anos.   Nota: 4,0   A metamorfose de Caleb - Peão mecanizado aspirante de rainha   Antes de ser um passivo operário manipulado pela Incite, Caleb (Aaron Paul) atuou a mando da empresa de Serac (Vincent Cassel) na Guerra Civil na Crimeia, iniciada em 2037, incumbido de exterminar os gênios excluídos (outliers) pelo Rehoboam que se esconderam secretamente por lá. A Crimeia na verdade é um país ainda sem autonomia, localizado dentro da Ucrânia, cobiçado por russos e ucranianos independentes, após a queda da URSS, cujo conflito se estende desde a sua longínqua anexação ao Império Russo em 1783. Em Westworld de 2058, o fiel e incontestável aliado de Dolores (Evan Rachel Wood) continua sendo um peão, agora do lado oposto do tabuleiro, à espera da oportunidade ideal, sem o bloqueio dos adversários, a fim de avançar livremente até a oitava fila, tornando-se rainha, como determina a jogada crucial do xadrez, “Passed Pawn”, o mesmo nome do recente episódio. A estratégia cirúrgica de Dolores, impossibilitada de exterminar a humanidade devido a sua sensibilidade poética programada, é usar o peão cedente por vingança, apenas agora, na parte final do seu plano maquiavélico. O próximo e último episódio da temporada promete.   Westworld – 3X07: Passed Pawn. Direção: Helen Shaver. Ficção Científica. (EUA - 2020, 62 min).   Nota: 3,5  


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