13/03/2020 às 15h38min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h34min

Estreias do Cinema - 13/03/2020

Esforçada ficção científica oitentista, apesar de Vin Diesel   Ray Garrison (Vin Diesel) é um soldado morto em combate transmutado em um cyborg com poderes sobre-humanos, graças à nanotecnologia da corporação Espíritos Ascendentes, coordenada pelo Dr. Emil Harting (Guy Pearce), a fim de manipular lembranças reais e imaginárias ao estilo Robocop e Soldado Universal. Ray se une ao “ressuscitado” super exército de amputados inglórios, cujas perturbadoras ideias inatas acabam transformando-o em uma metamorfose ambulante em busca de vingança desenfreada. "Bloodshot" conta com o apoio da garota biônica KT (Eiza González) e do hacker Wilfred Wigans (Lamorne Morris). Premissa interessante dirigida por Dave Wilson (Love, Death & Robots: S01E01 - Sonnie's Edge), baseada na HQ homônima, perde força nas preguiçosas cenas de ação em câmera lenta e frases de efeito superficiais do astro brucutu, como se ele já fosse um octogenário esgotado aos 52 anos.   Bloodshot. Direção: Dave Wilson. Ficção científica de ação. (EUA/China -  2020, 109min). 14 anos.   Nota: 2,5     Antissemitismo deliberado visava esconder arma secreta francesa   Um espião militar judeu a serviço dos alemães? Piada pronta virou a maior fraude judiciária da era moderna. De acordo com o livro Un secret bien gardé (Um segredo bem guardado), de Jean Doise (especialista em História Militar), em 1894, militares franceses usaram um bode expiatório judeu, aproveitando a onda de antissemitismo que assolava a Europa, a fim de desviar a atenção dos alemães para a construção de um novo e mais potente canhão. Rui Barbosa, segundo o livro: O Processo do Capitão Dreyfus, foi um dos primeiros a sair em defesa do injustiçado réu que já apodrecia na Ilha do Diabo, a mesma de Papillon. De forma extremamente técnica e artística, sem fazer qualquer juízo de valor político ou moral, o cineasta Roman Polanski relata com maestria todas as fases do processo judicial sob a ótica do coronel Georges Picquart, promovido recentemente a chefe da divisão de inteligência do exército francês. Picquart foi o responsável pela reviravolta no caso, graças ao auxílio do irmão de Dreyfus que descobriu o falsificador do documento que o condenou a prisão perpétua. Sem esquecer da famosa carta intitulada: J’ccuse (Eu acuso), escrita por Émile Zola, o maior escritor vivo da época, que deu origem ao título do longa, mal traduzido livremente para o português como O Oficial e o Espião. Zola morreu asfixiado após exalar fumaça da chaminé de sua casa que foi tampada, misteriosamente. Em 1937, a sua cinebiografia mais famosa, The Life of Emile Zola, ganhou três Oscar.   O Oficial e o Espião. Direção: Roman Polanski. Drama de suspense. (J’Accuse, França/Itália - 2019, 132min). 14 anos.   Nota: 4,0   Difícil relação familiar em meio à catástrofe   “Terremoto” é um filme norueguês  (continuação de A Onda), ambientado em Oslo, região que somada aos Alpes tem o maior número de terremotos da Europa. Ao contrário do blockbuster de ação estrelado por “The Rock”, o diretor John Andreas apresenta muito bem os integrantes da família, protagonistas da catástrofe. Esse clima tenso e melancólico bem trabalhado irá comover o público logo de início em razão do trauma do pai, Kristian (Kristoffer Joner), um geólogo que ainda se recupera do último tsunami (A Onda). Trama barata filmada em locais claustrofóbicos estratégicos, a fim de promover terror e suspense, sem apelar para o sensacionalismo melodramático caça-níquel.   Terremoto. Direção: John Andreas Andersen. Drama. (Skjelvet, Noruega - 2018, 106min). 14 anos.   Nota: 3,5   Filme original da Netflix mira na investigação e acerta no humor   Spenser, é um policial que acabou de cumprir pena, mas resolve investigar a morte de dois colegas de profissão e recebe a ajuda inusitada do proprietário da casa alugada onde mora, Henry (Alan Arkin), do colega de quarto, Falcão (Winston Duke) e da ex-namorada assanhada, Cissy (Iliza Shlesinger), formando uma ótima sintonia. “Troco em Dobro” (original da Netflix), dirigido por Peter Berg (O Dia do Atentado), perde tempo precioso criando mistério investigativo desnecessário e excessivamente didático, cujo resultado fica evidente desde o início. As divertidas e bem boladas cenas de ação do trio desajeitado perdem a eficácia quando levadas muito a sério. Por isso, esqueçam o enredo prolixo e divirtam-se com eles, apenas.   Troco em Dobro. Direção: Peter Berg. Pollicial. (Spenser Confidential, EUA - 2020, 111min).   Nota: 2,5  
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