23/08/2024 às 02h32min - Atualizada em 23/08/2024 às 02h32min

De volta às origens

Rogério Candotti | [email protected] | blogdorogerinho.wordpress.com

No aniversário de 45 anos de Alien, o 8.º Passageiro (1979) o espectador é brindado com uma espécie de spin-off deste clássico da sétima arte.
Alien: Romulus (2024), em exibição nos cinemas, acontece em 2142 quando uma sonda espacial da mega corporação Weyland-Yutani coleta restos orgânicos daquela criatura alienígena, espalhados pelos corredores claustrofóbicos do cargueiro espacial Nostromo, onde apenas a Tenente Ellen Ripley (Sigourney Weaver) e seu gatinho fofo sobreviveram 20 anos atrás. A trama inicia na colônia Jackson's Star onde a órfã Rain Carradine (Cailee Spaeny) sobrevive em condições sub-humanas, pois a atmosfera tóxica de lá impede a passagem dos raios solares, semelhante à chuva ácida incessante  de Blade Runner — O Caçador de Androides, já que as duas franquias pertencem ao mesmo universo, segundo o próprio diretor Ridley Scott.
Impossibilitada de progredir financeiramente, a jovem ao lado de um grupo de amigos e do humano sintético Andy (David Jonsson) — tido como um irmão dependendo da programação — decidem fugir para um planeta distante, mas acabam  presos numa estação espacial abandonada em homenagem aos gêmeos fundadores da cidade de Roma. Os efeitos práticos do diretor Fede Álvarez, unidos a inúmeros fan services escolhidos a dedo transformou esta nova pérola de terror genuíno num grande sucesso comercial para adultos com um final digno e eletrizante. A fórmula ideal que amamos voltou: corredores sujos e apertados, fios esparramados pelo chão escuro e encharcado, graças à tecnologia precária dos saudosos monitores de tubo com tela verde.
Aliens: O Resgate (1986) se passa 57 anos depois do original, cuja lua dos aliens se transformou no habitat natural de 77 colonos desafortunados. Por isso, Ripley desperta do seu sono criogênico para tentar salvá-los com a ajuda de um batalhão de soldados inspirados naqueles da Guerra do Vietnã, além do Exosuit que deu origem aos Exoesqueletos apresentados no filme Avatar de 2009, dirigido também por James Cameron.
Grande parte da filmografia do cineasta David Fincher foi baseada em psicopatas, portanto a sua estreia no cinema como o diretor de Alien 3 (1992) não poderia ser diferente. Algumas semanas depois da batalha com o xenomorfo-rainha em LV-426 a nave Sulaco comandada por Ripley cai numa colônia penal de segurança máxima, formada apenas de cristãos fundamentalistas que se amparam nesta doutrina rigorosa, de modo a combater a solidão: sem mulheres para distrair ou armas para se defender. Para variar, um Alien se infiltra naquele labirinto vertiginoso com uma guerreira moribunda amparada na doença para derrotá-lo, enquanto aquela corporação do mal não a resgata.
Em Alien — A Ressurreição (1997) Jean-Pierre Jeunet como diretor e Joss Whedon como roteirista transformam Ripley, duzentos anos depois, num clone de habilidades extraordinárias — enquanto o Alien de dentro dela tornou-se uma cobaia de cientistas inescrupulosos: pertencentes à extinta Weyland-Yutani. Isso até mercenários aparecerem naquela nave de pesquisa científica provocando o caos e a soltura acidental do Xenomorfo e dos Facehuggers daquele imenso laboratório.

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