06/03/2020 às 15h45min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h36min

Plano Cicloviário prevê novas conexões. Av. Rebouças está contemplada apesar de ter o pior trânsito da capital

A Prefeitura anunciou ano passado o novo Plano Cicloviário da cidade. Serão 173 quilômetros de novas conexões e 310 quilômetros de reformas e melhorias em estruturas já existentes. Segundo o Executivo Municipal, a malha cicloviária da cidade se tornará mais segura, de melhor qualidade e focada em mobilidade, além de ter menor custo com sinalização. Estão previstas criação de ciclovias nas avenidas Rebouças e Henrique Schaumann, que já sofrem com o pior trânsito da capital. Avenida Rebouças? Os projetos de implantação de estruturas cicloviárias priorizam as normas de segurança e características de cada uma das vias. A opção para a avenida Rebouças são as ciclofaixas unidirecionais, construídas nas extremidades da via. Vale ressaltar que a avenida possui largura variável, de 10 a 14,55 metros, além de 3 a 4 faixas por sentido, aumentando para cinco faixas na aproximação com a av. Paulista. Mas as justificativas da Prefeitura não são suficientes para justificar esta implantação na Rebouças, que tem péssimo trânsito. Projeto A ciclofaixa projetada para o local será unidirecional, com largura variando entre 1 metro e 1,20 metros. Vale ressaltar que a largura média das faixas para veículos poderá variar entre 2,50 e 2,80 metros e a faixa exclusiva para ônibus de 3,30 a 3,50 metros. O Projeto da ciclovia da av. Rebouças está em elaboração e deverá ser implantada no ano de 2020, atendendo ao Plano de Metas da PMSP que visa implantar 173,3 Km de estruturas cicloviárias no biênio 2019/2020. Vamos esperar os resultados, que podem ser bons ou catastróficos para a região. Pesquisas Vale ressaltar que a CET realizou contagens de ciclistas e identificou a necessidade de implantação desta estrutura cicloviária pelo número de usuários que querem fazer o percurso entre as regiões da Paulista e Brig. Faria Lima (aproximadamente 500 ciclistas/dia). Sistematicamente a CET realiza contagens volumétricas de veículos no eixo Rebouças/Euzébio Matoso disponíveis no Relatório Anual de Desempenho do Sistema Viário - MSVP, disponível para consulta no site da CET (www.cetsp.com.br).   Modal de transporte O Plano Cicloviário da cidade de São Paulo tem como objetivo expandir e requalificar a malha cicloviária, proporcionando segurança para ciclistas, motoristas, motociclistas e pedestres. O Plano foi idealizado para tornar a bicicleta, definitivamente, como um modal de transporte para pequenas distâncias (até 3,5 km) e para as distâncias iniciais e finais das viagens realizadas na cidade. Desde que as ciclovias e ciclofaixas foram implementadas na cidade, houve redução de 61% no número de óbitos envolvendo ciclistas. O investimento no Plano Cicloviário será de R$ 325 milhões e será acompanhado de um projeto de recapeamento orçado em R$ 250 milhões. No total, a cidade passará dos atuais 503 quilômetros para 676 quilômetros de vias para ciclistas em 2020, sendo que 73% dessas estruturas estarão interligadas ao transporte coletivo. O projeto também prevê 12 quilômetros de remanejamentos, considerando as particularidades do viário, a segurança dos usuários e a fluidez no trânsito. Nenhum quilômetro será retirado. “O objetivo do prefeito Bruno Covas é transformar a cidade de São Paulo na capital brasileira do cicloviário. E isso de fato ocorrerá”, explicou o secretário do Governo Municipal, Mauro Ricardo Costa. O plano foi construído por meio de ampla participação da população. Foram realizadas 10 audiências públicas, seguindo o previsto na Lei 16.885/2018, que cria o Sistema Cicloviário do Município de São Paulo, e 10 oficinas participativas organizadas pela CET e pela Câmara Temática de Bicicleta (CTB). Conexões A definição das novas conexões foi feita após uma análise técnica com o objetivo de ligar diferentes modais, permitindo que o início e o fim de um deslocamento sejam realizados por bicicleta. Também foram preservadas a capacidade de fluxo da via e a quantidade de pistas ocupadas por automóveis. As novas conexões vão permitir que a população passe a acessar de forma mais fácil terminais de ônibus, trens, metrô, bibliotecas, escolas, parques e postos de saúde. Reformas Um total de 56,9 km de ciclofaixas e ciclovias já receberam serviços de fresa e recape. Destes, 24,2 km também já receberam sinalização e foram entregues como as ciclofaixas Artur de Azevedo, Corifeu de Azevedo Marques e George Corbisier. Para a escolha desses endereços foram levados em conta itens como riscos ao ciclista, falta de sinalização em cruzamentos, degradação do pavimento e volume de utilização. O modelo antigo contemplava sinalização do solo com tinta comum, aplicação de tachão a cada dois metros e obras apenas em ciclovias. Já o modelo adotado pelo Plano Cicloviário, de acordo com a Prefeitura, traz mais segurança e qualidade para os usuários com sinalização com tinta antiderrapante, aplicação de tachão a cada metro, manutenção de guias e sarjetas, manutenção de drenagem, reconstrução de canteiro, fresa e recapeamento. O valor médio corrigido gasto com sinalização no modelo anterior foi de R$ 222 mil por quilômetro, enquanto no atual será de R$ 140 mil. “Com essas grandes obras e melhor sinalização, as ciclofaixas e ciclovias terão mais durabilidade, além de proporcionar mais segurança e conforto aos ciclistas. Queremos trazer a população cada vez mais para a mobilidade ativa e as novas conexões também foram pensadas nesse sentido, levando os usuários aos pontos de interesse da cidade”, afirma o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram. Remanejamento O Plano Cicloviário prevê o remanejamento de 12 quilômetros de ciclofaixas e ciclovias. Todo quilômetro retirado, no entanto, será compensado. Para as estruturas remanejadas avaliou-se a falta de integração com outros modais de transporte, equipamentos públicos e a própria malha já existente, além do uso indevido pela baixa utilização como carros estacionados e comércio ilegal. Movimento pela Vida Segura no Trânsito A Prefeitura de São Paulo está promovendo um movimento de conscientização sobre segurança viária, com o objetivo de mobilizar e engajar a população nos esforços para a redução do número de mortes e acidentes no trânsito. Ao longo de 2018, a capital paulista registrou 849 vítimas fatais no trânsito. A ação, que envolve a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), a Secretaria do Governo Municipal (SGM) e a Secretaria Especial de Comunicação (Secom), tem como mensagem principal o slogan “Hoje Não. Movimento pela Vida Segura no Trânsito”, baseada no Plano de Segurança Viária – Vida Segura.


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