13/06/2024 às 23h57min - Atualizada em 13/06/2024 às 23h57min

Mais de 300 pessoas participam do "Ocupa Raposo", manifestação realizada contra projeto "Nova Raposo Tavares"

Movimentos populares, associações de moradores, sindicatos, lideranças e parlamentares do PT, PSOL, PSB, PCdoB, PCB de São Paulo, Cotia, Vargem Grande Paulista, Embu, Osasco e Carapicuíba reuniram mais de 300 pessoas para protestar contra o projeto de privatização da rodovia Raposo Tavares.

Mais de 10 pedágios
O projeto prevê a implantação de mais de uma dezena de pedágios entre São Paulo e Vargem Grande Paulista. Só no perímetro urbano do Butantã, são seis . Trabalhadores que vivem em Vargem Grande Paulista e trabalham em São Paulo vão gastar mais de R$ 760,00 por mês.
O projeto prevê ainda a destruição de quase 2.000 lotes nas margens da via, atingindo comunidades, condomínios, escolas, comércios e empresas, com milhares de famílias. Apenas na comunidade 'Piemontese' são mais de 998 famílias que podem ser desapropriadas. 
Toda área verde do entorno, que integra o corredor ecológico da zona oeste, será destruída.

Governo não pode ser autoritário
E o projeto não prevê nenhuma estrutura de mobilidade para população e o Governo Estadual não pode "empurrar goela abaixo" projeto tão prejudicial para a população. Para Ernesto Maeda, do 'Conselho Participativo Municipal Butantã', da coordenação do movimento 'Nova Raposo, não!', esse foi o primeiro grande evento público e a tendência é o crescimento do movimento,  que forçará o governo a rever o projeto. 
.“A maioria da população desconhece o impacto em suas vidas, seja por risco de desapropriações de seus imóveis residenciais ou comerciais, o impacto ambiental e climático com a supressão de milhares de árvores e principalmente, financeiro, com a cobrança de pedágios” disse a liderança.

Transporte público
Uma grande parcela de moradores trouxe cartazes pedindo metrô e transporte público em contraposição à cobrança de pedágios. O projeto proposto pelo Governo do Estado não contempla nenhum modal de transporte de massa, contrariando todas as tendências de urbanismo para o combate à crise climática.

Nova audiência pública
No dia 19 de junho, acontecerá uma nova audiência pública, convocada pela Comissão de Transportes e Comunicações da ALESP, às 13h, no auditório Paulo Kobayashi

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