17/01/2020 às 14h57min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h37min

Chuvas continuam atormentando região

Repleta de aclives, a Vila Madalena é um dos locais que mais sofrem com os dias chuvosos. Nas regiões mais baixas, a água se acumula e inunda ruas e casas, atrapalhando até mesmo o comércio. A Subprefeitura de Pinheiros informa que vem executando obras para solucionar os problemas. A Subprefeitura do Butantã informa que conta com equipe de noturna pós-chuva. Em 2019, na Subprefeitura Pinheiros, foram reformados 600 metros de galerias e 878 bocas de lobo e poços de vistoria, inclusive com troca de tampas. Foram limpos 98.090 m² de margens dos córregos e retiradas 1.305 toneladas de detritos. Em relação à microdrenagem, foram limpos 42.887 metros de extensão de galerias e ramais e 6.587 bocas de lobo e poços de vistoria. Porém, não são poucos os depoimentos de moradores e comerciantes locais atestando as dificuldades encontradas. Como sempre acontece quando há chuva forte no bairro, as ruas da parte de baixo da Vila Madalena alagaram no fim da tarde desta quarta-feira (08.01). “ E a décadas PSDB governa o Estado,votado majoritariamente na capital.”Douglas A. “ Acredito que deveríamos convocar os moradores do bairro e interessados, para uma manifestação junto a subprefeitura e reinvindicar uma solução.” Fábio FK “ Acredito que deveríamos convocar os moradores do bairro e interessados, para uma manifestação junto a subprefeitura e reinvindicar uma solução.” T.T. O Beco do Batman. Hoje podemos dizer que é  um dos pontos turísticos mais procurados  em São Paulo. Mas, o que falta para achar o equilíbrio, o bom senso e o respeito ? Dilúvio toda vez com chuvas intensas. “Ali havia um córrego que hoje é canalizado que desapareceu aos nossos olhos... mas quando chove ele insiste em voltar a seu leito caudaloso, cimentado, calçado, asfaltado, transbordante.” E. Sanches “O beco é assim desde os anos 90, já afoguei um carro lá. Ali embaixo passa um rio que foi canalizado, mas a força da natureza é indomável”P. Sá “A enxurrada que vem do Sumarezinho e arredores ajuda a alagar , não tem como escoar a água tão rápido!!” Marília A. “Esse córrego foi canalizado. Mas nunca deixou de fazer esses estragos. Que tipo de canalização e essa?”Ana Lúcia I. “Entra ano e sai ano e é sempre a mesma coisa e ninguém faz absolutamente NADA!!!” Vânia T. “Tbm construíram sobre um córrego ....querem o que? Antes Vila Madalena era conhecida como vila madaloca de maloqueiros. Era um bairro marginalizado. Daí vieram alguns pobres artistas na região ...o lugar foi crescendo ..alguns velhos de Moema vieram morar na vila Madalena e querem fazer deste bairro um bairro de velhos como Moema né ..impedindo várias manifestações artísticas de rua .... Aliás parece que quem acha que manda no Beco do Batman é um gringo..fala sério ??? Sugiro desapropriar algumas casas no curso do córrego e deixa lo seguir seu curso ....assim ninguém mais vai poder reclamar de ter água onde sempre teve água ! “ M. Souza “Miriam Souza Eu nasci,cresci e vivi mto tempo na Vila Madalena,era um ótimo bairro para se morar.Nunca eu soube,que era marginalizada e que era conhecida como maloca e maloqueiro.Qto a esse córrego,mesmo antes de ter sido "canalizado",sempre transbordava,me lembro bem qdo criança o horror que era.” Elizabeth C. A Prefeitura de São Paulo, através da Subprefeitura Pinheiros informa que há elevação do nível do Córrego Verde durante o período de chuvas, no entanto, não houve transbordamento. “Vale ressaltar que a Secretaria Municipal das Subprefeituras realiza ações de zeladoria e prevenção para o período de chuva durante o ano todo realizando reformas de galerias, bocas de lobo e postos de visitas, além da limpeza de córregos, piscinões, galerias e bocas de lobo. Também faz a coleta adicional de resíduos sólidos domiciliares, antecipação das coletas de resíduos de varrição e coleta de pontos críticos e pontos viciados”, comentam em nota. A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) elaborou o projeto executivo, realizou o licenciamento ambiental e contratou as obras de drenagem do Córrego Verde, cuja principal intervenção é a construção de um piscinão na rua Abegoária. Em 2010, foram movidas duas ações que embargaram a obra: uma pelo Ministério Público e outra pela Associação dos Amigos do Jardim das Bandeiras. A SIURB já demonstrou que a construção do reservatório é a solução mais viável técnica e financeiramente, além de representar menor impacto  para a região. A SIURB aguarda a decisão judicial. Butantã A Subprefeitura do Butantã passou a contar com uma equipe noturna, que entra em ação para combater os efeitos do pós-chuva. A equipe age nos pontos críticos da região, limpando os bueiros dos locais mais prejudicados pelas chuvas e que possuem grande frequência de enchentes. Esta ação impede que estes locais sejam ainda mais afetados, caso venha a acontecer uma chuva na parte da manhã. Com a vinda da equipe noturna a Subprefeitura do Butantã conta com quase 24h de equipes de limpeza de bueiros, focadas no combate aos efeitos das chuvas. Uma zeladoria cada vez mais constante para esta necessidade importante do paulistano. Foto da equipe noturna da Subprefeitura do Butantã removendo uma tampa de bueiro, para iniciar a limpeza. Dois homens da equipe tiram a tampa do bueiro o outro auxilia com a iluminação. Todos vestem o mesmo tipo de uniforme com a cor laranja. O cronograma das equipes de bueiros é baseado nos pontos mais atingidos pelas chuvas. Caso você presencie um ponto de enchente ou um bueiro que precise de limpeza após uma chuva telefone 156 ou acesse o site SP 156. A Subprefeitura do Butantã afirma que esteve preparando a região por mais de seis meses, para a chegada do período de chuvas de verão. A preparação consistiu em um amplo estudo dos pontos críticos de alagamento e uma zeladoria intensa nos locais identificados. As equipes de limpeza de bueiros, córregos e galerias intensificaram suas atividades, resultando em um aumento significativo da produção diária, dos serviços diretamente ligados a vazão de águas pluviais. Outra medida importante foi a reforma de antigas galerias. As reformas realizadas trouxeram estruturas modernas, que possibilitam um melhor fluxo das águas das chuvas. “As equipes da Subprefeitura do Butantã estão prontas para continuar o bom trabalho desempenhado no combate aos alagamentos. Vamos levar dignidade ao munícipe que há anos sofre com os efeitos das chuvas” disse Paulo Vitor Sapienza, Subprefeito do Butantã.   Cidade Em 2019, a Prefeitura investiu R$ 681,6 milhões em ações que englobam serviços como limpeza de córregos, microdrenagem, limpeza e construção de piscinões e conservação de galerias. Em janeiro de 2017, a cidade contava com 24 piscinões. Até o momento, a atual administração inaugurou oito novos reservatórios. Entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, foram inaugurados três deles: Guamiranga (Zona Leste), Aricanduva R6 (Zona Leste) e Cordeiro R1 (Zona Sul). No ano passado, outros cinco novos piscinões entraram em operação nas regiões Sul, Norte e Oeste, com capacidade para armazenar 234 mil m³ de água, que equivalem a 93,6 piscinas olímpicas. As obras para conclusão dos piscinões Tremembé R1 e R3 (Zona Norte), do piscinão na Avenida Diógenes Ribeiro de Lima (Zona Oeste), e de dois piscinões no Córrego Ipiranga (Zona Sul), região onde as enchentes são recorrentes, também foram concluídas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB). Dessa maneira, sobe para 32 o número de reservatórios em operação para minimizar os problemas causados pelas enchentes na capital paulista. Em 2020 serão mais cinco: Aricanduva R7 e R8 (Zona Leste), piscinão do Córrego Paciência (Zona Norte), Piscinão Lagoa Aliperti (Zona Sul) e Tremembé R5 (Zona Norte), totalizando 13 novos piscinões até o final deste ano. A história do Rio Verde, suas belezas, inundações ativas e o futuro Jardim Linear Sérgio de Castro Rio Verde, patrimônio da região da escolástica, Vila Madalena e  Sumaré, onde nasce no Taludão da Rua Beatriz Galvão. Desde o início marcado sobre o  calçamento com tinta azul, indicando que abaixo encontra-se canalizado. Cruza a Heitor Penteado, ganha a Rua Abegoaria, canalizado no início dos anos 50, alcança a região do Beco do Batman. Nas grandes chuvas, inunda a região, não obstante as placas indicativas, "região sujeita à  enchentes".  Automóveis são arrastados na Rua Girassol e os muros do Cemitério São Paulo são abalados pela correnteza. Outro braço nasce no Alto do Sumaré, junto à Praça Jurema e final da Rua Oscar Freire, água canalizada sob a Rua Amália de Noronha, descendo sempre até encontrar o outro braço na Rua Cardeal Arcoverde com Rua João Moura, após ter passado ao lado da Igreja do Calvário. Faz curva à esquerda e sempre canalizado atinge a Praça Portugal, com Av. Rebouças. Segue em servidão ao lado da Gabriel Monteiro da Silva até a Rua Grécia. Passa sob Faria Lima, entre o Shopping Iguatemi e sob as piscinas da Hebraica (onde há décadas causou um rompimento segundo relato do administrador de segurança do clube, por décadas, meu grande amigo e rotariano Augusto Fernandes Neves). Finalmente atinge a Rua Hungria, Marginal, sob os trilhos do trem espanhol e ganha glorioso as águas do Rio Pinheiros Na Rua Abegoaria, um pouco depois da João Moura, na verdade a rua mais extensa da região,  começa na Rua Atlântica, nadei no Rio Verde, desde 1948, perto onde havia uma pinguela,  precária ponte de madeira que permitia acesso à Vila Madalena e vice-versa. O meu amigo e xará, Sérgio Andreucci, nadou também, segundo este grande profissional e ligado ao Grupo 1 de Jornais, rio mais abaixo. Os moradores da região não podem se descuidar, procurar as entidades  atuantes  da região e o Rotary, para finalmente conseguirem  que seja construído o Jardim Linear do Rio Verde, projeto laureado da arquiteta e urbanista Anna Dietzsch, que está engavetado. Todos podem conhecer este projeto maravilhoso, visitando o Museu da Casa Brasileira na Av. Faria Lima, 2705. O Rio Verde nos faz pensar Fernando Pessoa, o mais  importante vate de Portugal que reverencia o rio de sua aldeia, "O Rio de minha Aldeia não é o Tejo, não faz pensar em nada e para onde ele vai ou vem e por isso porque pertence a menos gente, é mais livre e maior o Rio da minha Aldeia" Rio Verde muito importante na bacia fluvial de nossa amada Cidade de São Paulo   *Sérgio de Castro é historiador, jornalista, decano rotário e colaborador do Grupo 1 de Jornais-Gazeta de Pinheiros


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